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Re: [Archport] Resposta a Jacinta Bugalhão. Voluntariado em Tróia.

Subject :   Re: [Archport] Resposta a Jacinta Bugalhão. Voluntariado em Tróia.
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Sun, 13 Sep 2009 23:19:04 +0100

Já agora, é preciso deixar claro que há - na arqueologia, como em outros campos do saber - voluntários que também são arqueólogos e técnicos de arqueologia profissionais. Conheço vários exemplos. 



2009/9/13 Jacinta Bugalhão <jacintabugalhao@gmail.com>
Vou abrir uma excepção e responder:
Mantenho tudo o que disse: voluntariado é voluntariado (e também pode existir em trabalho arqueológico contratado), trabalho é trabalho. Será que alguém pensa que um voluntário substitui um arqueólogo ou um técnico de arqueologia profissionais? Eu acho que não, pois trata-se de trabalho qualificado, especializado que carece de formação académica. Até parece que o trabalho dos profissionais de arqueologia é indiferenciado. Não é!
Quanto à publicação, aguardo como todos. Mas aguardo há mais tempo pelos resultados de décadas de trabalho promovido directamente pelo Estado, supostamente de projecto de investigação/valorização, do qual não há relatórios... e sem esperança.
 
Jacinta Bugalhão

2009/9/13 Vitor Rafael Cordeiro Sousa <vrs_brasil@yahoo.com.br>
Olá Jacinta

Vejo que continua a haver mal entendidos em relação à questão do voluntariado em Tróia.

Pessoalmente realizei muitos trabalhos arqueológicos como voluntário para Associações diversas e Autarquias, ou seja, instituições que, mais ou menos, têm as suas limitações orçamentais no campo do património. Posso acrescentar que é um trabalho louvável principalmente para as novas gerações ainda não profissionais na nossa área.

Mas não estamos a falar de associações de arqueologia nem de autarquias, estamos a falar do "grande" Grupo Sonae, mais propriamente da Imoareia.

Perante tais circunstâncias gostaria de ser esclarecido:
- a nossa colega Inês Vaz Pinto referiu que enviou 30 relatórios dos trabalhos realizados (coisa que todos nós fazemos mensalmente) mas, ao fim de quatro anos o que foi realmente publicado?
- será que a comunidade arqueológica, e o público em geral, não gostaria de saber o que se passa na Tróia?
- meios financeiros não faltam para a realização de grandes trabalhos científicos de carácter interdisciplinar, ou será que não?

Estas e outras questões deveriam ser devidamente esclarecidas para a comunidade arqueológica.

Aquele "resort" está prestes a tornar-se um feudo do Grupo Sonae mas não nos podemos esqueçer que o património histórico-arqueológico é de todos nós.

Quanto às questões se o património está melhor nas mãos de privados ou do Estado só poderei fazer esses comentários após verificar trabalho feito. Ver para crer.

Gostaria de ser esclarecido em relação às questões colocadas.

Boa sorte para Tróia, também são meus desejos.





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