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[Archport] Fwd: Resposta a Jacinta Bugalhão. Voluntariado em Tróia.

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Fwd: Resposta a Jacinta Bugalhão. Voluntariado em Tróia.
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Mon, 14 Sep 2009 07:55:47 +0100

julgo que este email seria para a lista...

---------- Forwarded message ----------
From: Suzana Agante <suzana.agante@gmail.com>
Date: 2009/9/14
Subject: Re: [Archport] Resposta a Jacinta Bugalhão. Voluntariado em Tróia.
To: Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>



Ora Bom dia....
 
Caros Colegas e meus Senhores
 
 
Raramente me pronuncio no archport,no entanto não há uma só mensagem que nao leia.
Uma vez que estamos a falar de Regime de Voluntariado; É COM GRANDE ORGULHO E MUITA CONSIDERAÇAO E RESPEITO  que posso dizer que APRENDI MUITO NA MALAFAIA COM A EQUIPA TECNICA DO PROFESSOR ANTÓNIO SILVA. Posto isto passo a descrever a situaçao,que me perdoem pela descrição extensiva..
Fui aluna dele e sou Recen-licenciada em Arqueologia pela Faculdade de Letras do Porto, onde o Professor supra-citado foi nosso mais que Professor para mim Um MENTOR. Nunca lhe disse isto e com franqueza preferia um dia mais tarde dize-lo pessoalmente e sem audiencia, mas adiante!
Foi uma grande escola TECNICA e os meus grandes amigos que retirei da faculdade foram conhecidos em AROUCA.
O PROFESSOR e a sua Equipa Tecnica constituida salvo erro por + 3 pessoas na Malafaia, O paulo, a Elisa sua esposa e o Joao ( peço desculpa pela familiaridade pois nao estamos ao mesmo nivel mas ja se passaram muitos anos e não me recordo dos ultimos nomes).
Foi seguramente nesse projecto que aprendi muito do que devo a Arqueologia.
Desde a fase que considero a recruta de acartar baldes a peneira-los sempre com um Tecnico a vistoriar a registar tudo e posteriormente a ensinar-nos a fazer senao no proprio acto em si.
Desde tirar cotas, desenhar, preencher fichas e um cem numero de detalhes e bagagem tecnica que a todos nos é familiar pois sao as nossas ferramentas e bases de trabalho.
Posteriormente, foi-nos dada a hipotese de nos fins de semana poder-mos analisar ceramica e cataloga-la no Laboratorio e era imensa.
Notava-se algo em que me revejo inteiramente, muito amor a camisola e orgulho no projecto.
Era tao motivador...
Quero acreditar, chamem-me INGENUA não me importarei e sei que a muitos de vos nada vos importara que a mim não me importe, mas essa sera sempre a minha visao da Arqueologia.Neste momento encontro-me Desempregada na nossa area, embora esteja empregada noutra distinta ; mas recuso-me a compactuar com muitas outras situaçoes.
No entanto ainda nao parei de concorrer para o Estado desde Dezembro é um facto.Mas nao me dispersarei esse é um outro topico que para o assunto em causa nao interessa.
Relativamente a TRoia, Com franqueza não conheço detalhadamente o projecto pois como um senhor disse e bem não ha ou se ha eu nao tenho conhecimento e aí antecipadamente o lapso sera meu, nenhum relatorio ou algo que me possa informar do ponto de situaçao.
TRoia é um caso bem distinto de Malafaia, estou de acordo em que ha dinheiro que poderia ser investido e´porventura nao o estara a ser, sao afirmaçoes que nao farei pois sem provas nunca o faria.
No entanto, denoto uma mudança a equipa actual é motivadora e profissional pelo que percebi portanto TEcnicos com competencia existem, e o amor pelo voluntariado e pelo projecto tambem o que no meu ponto de vista que obviamente é discutivel é algo positivo.
No entanto, tRoia tem as suas variantes como os colegas e senhores saberão seguramente melhor que eu.
Relativamente a Malafaia posteriormente postarei um mail se assim for de interesse.
Isto não é um Blog e por isso as minhas desculpas pois o mail ja vai longo, mas com muita franqueza não consegui deixar de expressar a minha opiniao sobre o Voluntariado em Arqueologia.
 
Saudações cordiais
 
Suzana Agante, Arqueologa vulgo Técnica Superior de Arqueologia pela Faculdade de Letras do Porto.
 
 


2009/9/13 Jacinta Bugalhão <jacintabugalhao@gmail.com>

Vou abrir uma excepção e responder:
Mantenho tudo o que disse: voluntariado é voluntariado (e também pode existir em trabalho arqueológico contratado), trabalho é trabalho. Será que alguém pensa que um voluntário substitui um arqueólogo ou um técnico de arqueologia profissionais? Eu acho que não, pois trata-se de trabalho qualificado, especializado que carece de formação académica. Até parece que o trabalho dos profissionais de arqueologia é indiferenciado. Não é!
Quanto à publicação, aguardo como todos. Mas aguardo há mais tempo pelos resultados de décadas de trabalho promovido directamente pelo Estado, supostamente de projecto de investigação/valorização, do qual não há relatórios... e sem esperança.
 
Jacinta Bugalhão

2009/9/13 Vitor Rafael Cordeiro Sousa <vrs_brasil@yahoo.com.br>
Olá Jacinta

Vejo que continua a haver mal entendidos em relação à questão do voluntariado em Tróia.

Pessoalmente realizei muitos trabalhos arqueológicos como voluntário para Associações diversas e Autarquias, ou seja, instituições que, mais ou menos, têm as suas limitações orçamentais no campo do património. Posso acrescentar que é um trabalho louvável principalmente para as novas gerações ainda não profissionais na nossa área.

Mas não estamos a falar de associações de arqueologia nem de autarquias, estamos a falar do "grande" Grupo Sonae, mais propriamente da Imoareia.

Perante tais circunstâncias gostaria de ser esclarecido:
- a nossa colega Inês Vaz Pinto referiu que enviou 30 relatórios dos trabalhos realizados (coisa que todos nós fazemos mensalmente) mas, ao fim de quatro anos o que foi realmente publicado?
- será que a comunidade arqueológica, e o público em geral, não gostaria de saber o que se passa na Tróia?
- meios financeiros não faltam para a realização de grandes trabalhos científicos de carácter interdisciplinar, ou será que não?

Estas e outras questões deveriam ser devidamente esclarecidas para a comunidade arqueológica.

Aquele "resort" está prestes a tornar-se um feudo do Grupo Sonae mas não nos podemos esqueçer que o património histórico-arqueológico é de todos nós.

Quanto às questões se o património está melhor nas mãos de privados ou do Estado só poderei fazer esses comentários após verificar trabalho feito. Ver para crer.

Gostaria de ser esclarecido em relação às questões colocadas.

Boa sorte para Tróia, também são meus desejos.





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