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Re: [Archport] Lugar de Porto Torrão

To :   <archport@ci.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] Lugar de Porto Torrão
From :   Nuno Pires <nunofpires@hotmail.com>
Date :   Fri, 23 Oct 2009 10:25:05 +0000


Bom dia,
 
Aproveito para concordar com este último email, no papel de antigo colaborador da Neoépica, empresa esta à qual nunca testemunhei algum tipo de desvalorização pelos arqueólogos e pela Arqueologia.
 
Contestar formas de pagamentos e valores devia ser abrangente a todo um sistema de empresas e pagamentos mediante recibos verdes em todas as áreas laborais, pelo que é incoerente apontar uma empresa em particular, com a agravante de esta ser uma empresa que, segundo a  na minha experiência com a mesma, nunca falhou nem tão pouco atrasou algum tipo de pagamento, todos os valores acordados previamente foram cumpridos.
 
Acrescento ainda que o apoio aos arqueólogos por parte da Neoépica é notável e merece aqui a respectiva referência, não apenas todo o material foi fornecido pela empresa, como a disponibilidade para acompanhamento e auxílio no terreno foi notória. É visível em todos os elementos que constituem a empresa a paixão pela Arqueologia e pelo trabalho em equipa entre arqueólogos, motivo que me levou a escrever estas palavras e a não comentar a situação do Porto Torrão, pois a maioria dos emails que têm abordado este assunto tiveram origem em elementos que não estiveram presentes no local nem, possivelmente, conhecem a empresa, ou melhor, as pessoas por detrás da empresa.
 
Não obstante, algumas empresas no sector da Arqueologia não se regem por princípios e valores eticamente correctos, mas penso que em todos os sectores existem empresas boas e empresas más, pelas mais variadas razões. Por este motivo apenas me refiro à Neoépica, pois além de ser a empresa aqui abordada em particular, é a empresa com a qual tive relações profissionais que me levam a discordar do que aqui tem sido escrito. Acho injusto carregar a culpa da precariedade das actividades arqueológicas numa só empresa, a qual, em minha opinião, se destaca por motivos positivos e opostos, os quais tem vindo a provar o seu valor.
 
Atentamente
 
Nuno Pires
 
 

From: anaraquelap@hotmail.com
To: archport@ci.uc.pt
Date: Fri, 23 Oct 2009 08:52:53 +0000
Subject: [Archport] (sem assunto)

Bom dia,
 
Hoje, como noutras ocasiões, tive oportunidade de abrir a caixa de correio e ler uma mensagem anónima sobre acontecimentos "ao que parece" a ter lugar em Porto Torrão.
Começo por dizer que não conheço a primeira parte da questão, ou seja, as condições actuais de trabalho nessa intervenção. Mas conheço a empresa referida, já trabalhei para ela e, a bem da clareza de informações, e porque não confio em mails anónimos, gostaria só de referir alguns pontos:
 
- todas as empresas para quem trabalhei a fazer escavações me mandavam para casa sem receber nos dias de chuva, de férias, ou em que estávamos impossibilitados de trabalhar por contingências várias - não é correcto nem justo, mas acontece em todo o lado e, quer queiramos quer não, tem mais a ver com as vicissitudes do trabalho a recibos verdes do que com a rectidão das empresas (nas obras em que trabalhei, se os arqueólogos não trabalhavam, a empresa de arqueologia também não recebia);
 
- nas escavações ou acompanhamentos de obra em que trabalhei, o vencimento diário mais alto que auferi foi enquanto trabalhava para a empresa Neoépica; que foi também, aliás, a única que não respondeu "olhe, é assim, se não quiser há quem queira" quando estávamos a discutir o vencimento;
 
- a empresa Neoépica foi também a única que me forneceu materiais de trabalho para o acompanhamento arqueológico, me acompanhou na recolha de informações sobre o local da obra e me prestou um acompanhamento constante durante o tempo em que para eles trabalhei, não se limitando a esperar pelo relatório mensal e pelo recibo no fim do mês;
 
Gostaria de concluir dizendo que, segundo me dizem amigos e colegas de profissão, estes mesmos princípios são aplicados pela Neoépica a todos os que para ela têm trabalhado.
 
Tendo apresentado o outro lado da questão, os melhores cumprimentos a todos os colegas (e coragem nos dias de trabalho à chuva que parecem ter mesmo chegado),
 
Raquel Policarpo
 
 
 


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