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[Archport] Caravela seiscentista jaz no estuário do Cávado

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Caravela seiscentista jaz no estuário do Cávado
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Mon, 2 Nov 2009 14:45:35 +0000

Tendo em conta as margens de erro do radiocarbono e o envelhecimentos
das madeiras usadas em construção naval, pode ser que este navio seja
mesmo seiscentista e não quinhentista..



"Caravela seiscentista jaz no estuário do Cávado

Associação reivindica pela valorização do achado, descoberto há duas décadas

Jornal de Notícias, por LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA, 02/11/009

No estuário do Cávado, mesmo em frente a Esposende, jaz o que resta de
uma caravela do tempo dos Descobrimentos. Carbono 14 datou-a de 1548.
Parte do navio foi encontrado em dragagens, realizadas há já duas
décadas.

Uma caravela de 13 metros de comprimento e com capacidade para
transportar até 40 toneladas de carga naufragou no estuário do Cávado
em meados do século XVI. Transportaria uma elevada quantidade de
cerâmica, ao que tudo indica proveniente de Barcelos. Os motivos do
naufrágio são, ainda, desconhecidos da comunidade científica.

Há duas décadas, uma dragagem no estuário poria a descoberto um
conjunto de madeiras e de peças de cerâmica - muitas delas inteiras.
Porém, as peças trazidas à superfície não despertariam, então, a
curiosidade do achador, que julgou tratar-se do local de naufrágio de
barco que comercializasse na feira de Barcelos. Só uma década depois é
que os achados seriam comunicados à Capitania e ao então Centro
Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS). Porém, a
proximidade a que os vestígios se encontravam da superfície (apesar de
cobertos por metros de sedimentos) motivaria alguma reserva da
informação, "para que se salvaguardasse o achado", revela João
Baptista, presidente da associação Barcos do Norte, entidade que há
muito acompanha o processo.

Segundo o responsável, o CNANS promoveria, em 2000 e 2002, duas
campanhas no local. Contudo, não viria a ser possível a localização
exacta do sítio do naufrágio. As missões incidiriam na zona do
Varadouro, a juzante da ponte de Fão, local do estuário do Cávado
onde, noutros tempos, as embarcações fundeavam e onde se crê que a
caravela tenha naufragado. Um fragmento dos madeiramentos trazidos à
superfície e pertencentes à parte da ré do navio (o cadaste, ver foto)
viria a ser datado, através de carbono 14, do ano de 1548, testes
estes realizados em universidade dos Estados Unidos. Quanto às
cerâmicas ali descobertas, João Baptista assinala que, dadas as suas
formas e características, seriam provenientes de Barcelos,
asseverando, a propósito, que "são em tudo semelhantes a peças
descobertas em Aveiro, no local onde foi encontrado o astrolábio em
ouro".

Defendendo a valorização e musealização do achado arqueológico,
considerou que um estudo aprofundado permitiria "reescrever" uma parte
da história: "Trata-se de reavivar uma importante parte da nossa
herança e, no nosso entender, não há dinheiro que pague isso",
vaticinou.

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