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Re: [Archport] Um depoimento do Prof. Vítor Oliveira Jorge

Subject :   Re: [Archport] Um depoimento do Prof. Vítor Oliveira Jorge
From :   joão pereira <trainzeiro@gmail.com>
Date :   Wed, 9 Dec 2009 11:26:35 +0000

O inglês tornou-se numa lingua pobre com muito poucas "nuances" e utilizxada de forma estúpida (caso da "pen") tanto por países e pessoas de linguas inglesa como de outras línguas. Até as universidade portuguesas estão a exigir que os professores escrevam em inglês os seus textos. E fazem alguma coisa para contrariar isso? Defendem eles a lingua portuguesa como património clutural, ou vamos deixar que eslíngua fantástica se torna num sítio arqueológico a destruir nas barbas do IGESPAR?
Cosmopolitismo é muito interessante, embora ache estranho abrir totalmente a pernas a uma lingua sem mais nem què. Serei ukm Viriato que sabe flar e escreve em inglês, mas não vou deixar de ser portuguès por isso. A a ceitação do inglês assim de qualquer maneira soa-me a prostituição cultural sem olhara meio com o medo de perder o comboio anglo-saxónico. O cosmopolitismo é o quê? Será aceitação de joelhos de uma lingua qualquer? Ou será uma forma multifacetada de convivência cvultural, de respeito por ideias e cultos (de cultura) diferentes. Por carga de águia haveeremos de nos ficar pelo inglês? Porque não o chinês ou uma das linguas indianas, já que são faladas aos muitos mais milhões de pessoas?
 
Que mal ter saudades do Júlio Dinis ou do Eça? Será vergonha de ser Português e das nossas coisas?
 
Se o Vitor não sabe o Viriato ainda é ensinado no 4º de escolaridade.
 
Falar de Beethoven neste contexto é puramente uma falta de respeito pelo próprio Beethoven, visto que ele defendia uma coisa muito importante:
 
- Um dia o irmão dele tocou-lhe à porta entregando um cartão de visita ao serviçal que dizia: O nome do irmão do Beethoven e um título "Possuidor de de terrenos e acções". Beethoven respondeu com outro cartão ao irmão: Ludwig von Beethoven, possuidor de um cérebro. Fim daHistória.
 
Será que seremos possuidores de um cérebro só pelo facto de termos cartões de visita em inglês?
 
Para terminar prefiro muito mais um Cozido à Portuguesa, do que a porcaria do fFish and ships". Obrigado pela atenção. João Paulo Pereira

2009/12/8 José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Visão de futuro – urgente!

Portugal é um país de cultura antiga e de imensos atractivos num mundo globalizado, onde o inglês se impõs como a língua de comunicação. A maior parte do conhecimento produz-se e transmite-se hoje em inglês. Até para promover a "cultura portuguesa" é preciso fazê-lo por múltiplas vias, em inglês. Ora, como podem as nossas universidades competir na Europa e no mundo se não fornecerem cursos em inglês, a preços competitivos? Como podem organismos de ensino superior ter páginas web sem versão em inglês, com clara informação sobre os cursos e as suas formas de acesso? Mas as nossas universidades por si nada podem sem a atracção das cidades, porque não se imagina universidades no meio do campo: universidades, cidades, aeroportos são coisas ligadas entre si, e sobretudo são vitais as conexões entre transportes de alta velocidade (as estradas não) e grandes eventos internacionais culturais, que são poderosos atractores. A "cultura" está a mudar, e não necessariamente sempre para pior. Abandonemos a pia lamentação de que tudo se transformou em coisa superficial. Os meios de comunicação e novas cosmovisões são um e o mesmo fenómeno. E é preciso não acompanhá-lo, mas adiantarmo-nos a ele. Como? As nossas cidades ou são centros cosmopolitas, com cultura, arte, ciência, congressos de organismos de ponta, ou são província, ficam fora do mapa. Já era tempo de sermos cada vez mais orgulhosos de Portugal. Promovendo-o em inglês. Acabaram-se os Viriatos da nossa escola primária antiga. O que importa é que venha gente para aqui de todo o mundo criar coisas e que parta gente daqui para em todo o mundo criar coisas. O resto são saudosos de Júlio Dinis. Quem goste dessa paz dos campos leia o autor e/ouça a sinfonia pastoral do Beethoven, magníficas obras, pronto. Mas não fiquemos a ouvir os passarinhos, ou os tecnocratas de vistas a curto prazo. Basta!

Vítor Oliveira Jorge
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