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[Archport] Bracara Augusta - Valorização

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Bracara Augusta - Valorização
From :   Francisco Lemos <sandelemos@gmail.com>
Date :   Fri, 23 Apr 2010 17:23:27 +0100


Diário do Minho - Braga
SEGUNDA-FEIRA, 19 de Abril de 2010
Joaquim Martins Fernandes

Património arqueológico de Braga entra nas prioridades da Câmara. Preservação do Teatro Romano vai avançar

O ano de 2010 poderá ficar marcado pelo arranque de um programa de grande dimensão, orientado para a salvaguarda e divulgação do património arquitectónico e cultural do Municípo de Braga. O desafio é assumido nos três documentos que norteiam os investimentos estratégicos da Câmara Municipal. A ideia lançada pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho para a integração do património arquitectónico e cultural da cidade na Rede Cultural Europeia encontrou eco nas políticas já assumidas pelo executivo socialista que governa a autarquia e que promete avançar este ano com o processo de criação do Parque Arqueológico de Braga. O trabalho será desenvolvido em articulação com a unidade cultural que tem a seu cargo o projecto de salvaguarda de Bracara Augusta e constitutir uma oportunidade para se avançar com a musealização do Teatro Romano e das Ruínas Romanas das Carvalheiras. O projecto que assinala as novas preocupações culturais do executivo liderado por Mesquita Machado é assumido quer no Plano de Actividades para 2010, quer nas Opções do Plano e Orçamento para o ano em curso, quer ainda no Programa de Acção para a Regeneração do Centro Histórico de Braga. Estes três documentos coincidem na ideia que justifica a inclusão do Parque Arqueológico de Braga nos opções estratégicas para este ano: «a defesa do legado patrimonial em que assenta uma sociedade é a primeira etapa de qualquer processo de desenvolvimento sustentável, que passa pelo fundo documental, preservação e estudo», alega a Câmara Municipal de Braga, em jeito de justificação das políticas culturais que se propõe desenvolver ao longo do ano. Embora deixe implícito que os grandes investimentos vão ter um calendário plurianual, o documento que resume as Opções do Plano sublinha que os principais investimentos são para arrancar a curto prazo, até porque «as mais-valias dos achados arqueológicos [implicam] a sua musealização ».Será iniciado [este ano] o estudo do processo conducente à constituição de um Parque Arqueológico e Cultural de Braga que integre um conjunto de valores patrimoniais, arqueológicos e históricos, em colaboração com a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho», assegura o Plano de Actividades da autarquia, referindo que o avanço do futuro parque vai abrir portas ao arranque do processo de musealização do Teatro Romano da Cividade. A tarefa será da responsabilidade do Pelouro da Cultura, que «vai procurar criar as condições indispensáveis à realização de um estudo de salvaguarda e musealização dos vestígios arqueológicos do Teatro Romano, de acordo com o programa que venha a ser definido pela Unidade de  Arqueologia da Universidade do Minho». Mas ao contrário do que chegou a ser equacionado como possível solução para o Teatro, o modelo de musealização não será inspirado no Teatro Romano de Mérida, Espanha, pois está já assente que vai ser seguido «o modelo adoptado nas Termas Romanas da Cividade». O Pelouro tutelado por Ilda Carneiro reconhece que «uma das etapas cruciais do desenvolvimento sustentável passa pela defesa, conhecimento e valorização do património» e sublinha que a sua musealização gera um «novo património », realidade que a tutela da cultura municipal queira assumir como «um novo campo de intervenção na área da animação do circuito histórico bracarense».

Bem mais definido que o processo de salvaguarda e divulgação pública do Teatro Romano de Braga está o dossiê das Ruínas Romanas das Carvalheiras. As obras de musealização deverão arranca ainda este ano, estimando-se que a intervenção fique concluída no segundo trimestre de 2011, caso seja cumprido o cronograma de acção previsto no Programa para a Regeneração do Centro Histórico.O investimento apontado para a musealização do monumento arqueológico também conhecido por Casa das Carvalheiras é na ordem do um milhão e 312 mil euros, estando já garantida uma comparticipação comunitária na casa dos 919 mil euros, cabendo à Câmara de Braga assumir uma fatia próxima dos 394 mil euros. A concretização do projecto «irá preservar um local de grande valor patrimonial, criando um centro interpretativo para visitas», refere a memória descritiva da operação, que vai incidir nas ruínas localizadas no interior do chamado Quarteirão das Carvalheiras, sito na freguesia da Sé. Assegurar «a preservação dos vestígios descobertos, actualmente desprotegidos e semi-abandonados», é o principal objecivo da intervenção, que vai ainda «fazer o tratamento museológico e interpretativo» das ruínas romanas, tendo em vista a abertura do local ao público e a respectiva inclusão no Parque Arqueológico de Braga.Os trabalhos a executar contemplam «um novo edifício que deverá cobrir uma vasta área escavada com cerca de 2.500 metros quadrados, o que implica a construção de uma estrutura com grande impacto volumétrico na envolvente próxima», refere o projecto de intervenção, notando que «o núcelo museológico está implantado no inteiror de um quarteirão da cidade, que embora muito incaracterístico, possui ainda grandes áreas livres associadas a antigas quintas»."


FSL

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