O Diário de Notícias inclui, na sua edição de hoje, a notícia abaixo. Tive acesso à carta aí referida e tomo, por isso, exactamente por
estar «aberta», a liberdade de a dar a conhecer (vai em anexo). J.
d’E. ..................................... Especialista em arqueologia contra
museu na Cordoaria Adília Alarcão considera mudança
para a Cordoaria Nacional um exílio que impedirá rever a situação
por mais 50 anos Mais uma acha na fogueira da transferência do Museu de Nacional de
Arqueologia (MNA) para a Cordoaria Nacional, deixando o espaço junto ao
Mosteiro dos Jerónimos. A especialista em museologia arqueológica escreve uma
carta aberta à ministra da cultura, Gabriela Canavilhas, criticando a decisão,
por condenar o MNA "a uma espécie de exílio ad aeternum, pois dificilmente se disponibilizarão vontade
política e meios financeiros para rever a situação, por mais meio século". A museóloga admite que o MNA está mal instalado há mais de meio século,
mas considera que a Cordoaria Nacional não é o local indicado para abrigar o
acervo arqueológico nacional. "A alternativa da Cordoaria foi por duas
vezes estudada e considerada indefensável", nota ainda Adília Alarcão,
explicando as razões: "Ao risco sísmico e de inundações, aparentemente
maior neste local da Junqueira do que nos Jerónimos, à verificação de um nível
freático mais elevado e poluído, junta-se o enquadramento urbanístico, entre
dois corredores de intenso tráfego, sem possibilidades de vir a oferecer as
condições de acesso e aparcamento exigíveis, hoje em dia, a um museu nacional
instalado de novo." O risco sísmico tem sido uma das questões levantadas pelos vários
detractores da saída do MNA do Mosteiro dos Jerónimos, uma vez que também esta
zona apresenta riscos. A especialista assegura ainda que o espólio do MNA não cabe na
Cordoaria Nacional, dados os vários avanços realizados desde 1980, defende a
construção de um edifício de raiz e e que "não se desrespeite o trabalho
competente que fez do MNA nos últimos anos, o segundo museu nacional mais
visitado e um dos mais elogiados". Para Adília Alarcão, é urgente um debate "alargado e sem
preconceitos, sobre os museus portugueses na actualidade, que ajude a
desenhar-lhes uma estratégia segura para os próximos anos". A voz de Adília Alarcão junta-se à do director do museu, Luís Raposo,
que defende a realização de novos estudos. O DN contactou o ministério da
Cultura que não se pronunciou sobre a decisão. No local do MNA deverá nascer o
futuro museu da Viagem
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CARTA ABERTA MINISTRA DA CULTURA.pdf
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