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Re: [Archport] Alandroal quer recuperar o culto Endovélico

Subject :   Re: [Archport] Alandroal quer recuperar o culto Endovélico
From :   alicia.canto@uam.es
Date :   Sat, 12 Jun 2010 09:07:35 +0200

Una buena iniciativa, en la línea del aprovechamiento turístico al que nos destina la UE, aunque con ella se perderá para siempre el encanto (ciertamente algo egoísta y romántico) de los lugares hermosos y solitarios.

Aparte, naturalmente, del espléndido Religiões da Lusitânia. Loquuntur saxa (2002), me permito complementar esta noticia con algunas publicaciones posteriores sobre este importante santuario, las recientes excavaciones luso-alemanas, y sobre viejas fuentes sobre sus epígrafes, sólo hace poco conocidas, y reconocidas:

- Schattner, Thomas; Guerra, Amílcar; Fabião, Carlos; Almeida, Rui, «Novas investigações no santuário de Endovélico (S.Miguel da Mota, Alandroal): a campanha de 2002», Revista Portuguesa de Arqueologia, Volume 6 - Número 2, 2003, pp. 415-480.

-
Rui Almeida, Amílcar Guerra, Carlos Fabião, Thomas G. Schattner, "São Miguel da Mota (Alandroal, Portugal) 2002: Bericht über die Ausgrabungen im Heiligtum des Endovellicus", Madrider Mitteilungen 46, 2005 , págs. 184-234.

Viendo el lugar como spolia y no como transformación de culto pagano en :

- J. López Quiroga y A. M. Martínez Tejera, "El destino de los templos paganos en Hispania durante la Antigüedad Tardía", Archivo Español de Arqueología 79, págs. 125-153, 2006, espec. 136-137.

Para varias de las más famosas inscripciones a Endovélico, vistas entre 1708 y 1715 por el caballero, militar, clasicista y literato inglés John D. Breval (c. 1680-1738), incomprensible a injustamente ignorado por Mommsen y Hübner en CIL II:

- Alicia M.ª Canto, "Los viajes del caballero inglés John Breval a España y Portugal: Novedades arqueológicas y epigráficas de 1726", Revista Portuguesa de Arqueologia volume 7 número 2.2004, p.265-364, especialmente págs, 283-284, inscripciones núms. 12-18 y notas 102-109 (págs. 334-336), con diversas correcciones a las lecturas del CIL II.

Decía Breval: "A unas seis horas de Évora, sobre la antigua Vía Militar hacia España, se puede encontrar la hermosa ciudad de Estremos (que supongo de antigüedad no mayor que los tiempos de los Moros), en la que los Ingleses y los Portugueses tuvieron sus cuarteles generales durante casi toda la última guerra96. Villa Viçoza [sic], cerca de tres leguas más allá, forma parte del patrimonio privado de los Duques de Braganza, cuyo fastuoso palacio se ha ido deteriorando desde que los príncipes de esta dinastía fueron desposeídos de la corona... Las inscripciones siguientes, en honor del dios Endovélico, pueden ser contempladas en el monasterio de los frailes Agustinos, en donde Teodosio, Duque de Braganza (en cuya época fueron encontradas, en un pueblecito no lejos de Villa Vizosa bajo las ruinas de un templo antiguo) ordenó que fueran expuestas..."

Una selección de ellas en HEp 14, 2004 (Portugal), el número de la revista más recientemente liberado, a partir del nº 413 (eco de las nuevas lecturas en el EDCS ).

Perdón por los problemas de edición del mensaje. Saludos, A.C.


Paulo Monteiro <pmonteiro@ntasa.pt> escribió:

> Alandroal quer recuperar o culto endovélico
>
> Público, 11/06/2010, por Maria Antónia Zacarias
>
>
>
> Município aposta em projectar importante legado histórico como
> produto turístico
>
> ________________________________
>
> Regressar a um passado longínquo, onde um dos mais conhecidos deuses
> da Lusitânia foi venerado, é o desafio da Câmara Municipal de
> Alandroal, no distrito de Évora. A iniciativa Por Terras do
> Endovélico visa recuperar este legado histórico e afirmá-lo como um
> produto turístico.
>
> Eventos culturais, desportivos e de lazer, como música celta e
> cinema, palestras sobre a temática e ainda uma mostra gastronómica,
> destacando algumas receitas e ingredientes da época, serão alguns dos
> atractivos da iniciativa. Estão ainda previstos descontos no
> alojamento em unidades hoteleiras aderentes, possibilitando a todos
> os visitantes pernoitar no concelho "plantado à beira do Alqueva",
> como nota o presidente da autarquia, João Grilo, acrescentando que,
> assim, se poderão desvendar "os últimos segredos que o Alandroal tem
> ainda por revelar".
>
> A partir de 19 de Junho, durante nove dias consecutivos, vai ser
> possível realizar percursos pedestres de visita aos locais que
> pretendem mostrar um pouco da rota da antiga peregrinação
> pré-clássica, acompanhar o trabalho dos arqueólogos que estudam a
> divindade. Segundo o autarca, a iniciativa permitirá "apreciar locais
> de rara beleza paisagística e de relevante interesse histórico como
> são a Rocha da Mina e o Santuário de São Miguel da Mota", alegados
> espaços do culto endovélico.
>
> O presidente da câmara explica querer relançar este tema não só para
> atrair novos visitantes, mas também junto da comunidade local.
> "Entendemos que é importante que também dentro do concelho haja um
> maior conhecimento e uma maior apropriação desta veneração que
> tivemos no passado e que, hoje, está afastada do imaginário dos
> nossos munícipes, apesar de ser um dos nossos factores identitários",
> sublinhou.
>
> A adoração endovélica, que teve o seu apogeu há dois mil anos, foi-se
> perdendo e transformando pela cultura cristã, mas algumas
> manifestações mais pagãs permaneceram, embora de forma muito
> residual. Segundo João Grilo, toda a zona de São Miguel da Mota e da
> ribeira do Lucifécit tem um imaginário, uma religiosidade e uma
> espiritualidade muito próprias, que "passou para as pessoas que vivem
> no concelho e que ainda está patente em algumas das manifestações
> culturais" da região. Embora admitindo ser um pouco especulativo, o
> presidente do município avança existirem vestígios de uma importante
> peregrinação a São Miguel da Mota a pretexto do culto endovélico,
> "que inclusivamente atraía pessoas de Mérida". E aponta a curiosidade
> de se manter no concelho uma peregrinação, desta vez católica, ligada
> à Senhora da Boa Nova que ainda hoje é uma das mais importantes
> manifestações e romarias do Alentejo.
>
> Tendo em conta a aposta neste elemento cultural diferenciador, a
> autarquia está a preparar, juntamente com o Museu Nacional de
> Arqueologia, uma exposição conjunta do espólio encontrado nas
> escavações arqueológicas no monte de São Miguel da Mota, prevendo-se
> que a mostra possa vir a ser visitada em Lisboa e no Alandroal.
>
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>
> PAULO ALEXANDRE MONTEIRO
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