[Archport] IGESPAR não divulga concursos do Côa

[Francisco Lemos <sandelemos@gmail.com>]

Boa Noite:

Infelizmente hoje o funcionamento do Estado português é mais opaco do que nos anos 80 e 90 (séc. XX), pelo que o cidadão se pronuncia a medo por falta de dados. Mas, para além dos números, dos valores do défice, matérias sobre as quais os especialistas se dividem (acerca do efeito das medidas de austeridade nos mercados ler, por exemplo, o artigo de Paul Krugman publicado ontem no NYT), há um bem económico precioso: o capital humano. 

Mesmo em situações extremas. Na sequência da retirada de Dunquerque a Wehrmacht recolheu inúmero armamento pesado e imensas munições. Mas a elite das tropas inglesas estava a salvo e voltou a combater com eficácia mortífera noutros teatros de guerra. Pelo contrário o governo alemão sacrificou inutilmente algumas das suas melhores divisões em Estalinegrado, tropas combativas que fizeram muito falta na decisiva batalha de Kursk. 

Consciente desta premissa (o valor do capital humano) o Doutor João Pedro Cunha Ribeiro lutou para que os avençados do ex-IPA (os quais ao longo de mais de uma década de trabalho adquiriram vasta experiência e profundo conhecimento do território) pudessem alcançar um vínculo laboral duradouro com o IGESPAR. Esse objectivo foi quase alcançado e por isso toda a comunidade dos arqueólogos se congratula.

Quase, sublinho, porque se mantém indefinida a situação dos técnicos do PAVC, apesar de terem sido cumpridos todos os trâmites legais.

Ninguém, em perfeita lucidez, poderá dizer que a resolução do problema ameaça o equilíbrio orçamental do país.

Tenho a esperança de que amanhã esta mensagem se revele inútil e que o assunto já esteja resolvido.

E nem sequer posso imaginar que o atraso para o qual a Comissão de Trabalhadores do PAVC lançou o alerta tenha a ver com o modelo de gestão do Parque.

Francisco Sande Lemos