Re: [Archport] PJ investiga destruição da Anta da Pedra dos Mouros

[Rui Boaventura <boaventura.rui@gmail.com>]

Queria apenas convosco, caros archportianos, o estado da anta de Pedra dos Mouros, que tive oportunidade de visitar com autorização do proprietário.

 

É de facto caso para lamentar que o mais imponente sepulcro da região de Lisboa, Monumento Nacional desde 1910, com os seus cerca de 5 metros de altura tenha partido pela metade. Mas a lei da gravidade e a incúria da humanidade são fatais. Não se trata de culpar B ou C, mas a inclinação a que o esteio solitário estava sujeito, o tipo de pedra calcária, os tiros durante a construção da CREL e do novo nó para a recentemente inaugurada auto-estrada, ou mesmo o recente tremor de terra, tudo terá contribuído para a sua fractura parcial, que a queda despedaçou em 6 fragmentos. Com certeza, poderia ter-se intervido antes, mas quando há tantos fogos patrimoniais todos os dias... Enfim, concluindo num tom positivo, a anta não está perdida, apenas destroçada, podendo erguer-se dos seus escombros assim haja vontade e diligência dos cidadãos e autoridades competentes.

 

Rui Boaventura

2010/6/24 Rui Boaventura <boaventura.rui@gmail.com>

É triste que este fabuloso sepulcro, Monumento Nacional, o maior conhecido da região de Lisboa tenha finalmente cedido aos 5 mil anos de idade. Mas nem tudo está perdido. É possível e será um dever reconstruí-lo devolvendo-lhe a sua imponência.

 

De facto os tiros frequentes, bem próximos, durante a construção da nova auto-estrada, mas também todos aqueles durante a construção da CREL, apenas aceleraram um processo que se adivinhava desde que o esteio lateral quebrou, desde que todos os outros se perderam durante os últimos milénios...

 

Rui

2010/6/24 Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>

Monumento remonta a 3500 anos a.C.

PJ investiga destruição da Anta da Pedra dos Mouros

CM, 24/06/2010

A Polícia Judiciária de Sintra está a investigar a destruição da Anta da Pedra dos Mouros, monumento situado em Belas e que remonta a 3500 anos antes de Cristo, que terá sido destruída no último fim-de-semana.

Para investigar o eventual “crime de dano contra o património”, a PJ dirigiu-se esta quinta-feira ao local  onde eram visíveis vários sinais de acampamento, fogueiras, lixo e a vedação estava parcialmente cortada. Segundo a PJ, “aparentemente”, a destruição não terá sido acto criminoso.

À agência Lusa, Guilherme Dias, presidente da Junta de Freguesia de Belas, reconhece que o monumento que está situado em propriedade privada, é visitado muitas vezes durante a noite mas que “seria preciso muita força para [o] partir”. O autarca culpabiliza o “rebentamento de rochas para construção” do IC16.

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