Caro Manuel, Estou totalmente de acordo consigo. Esta lógica economicista fundamentalista que se disfarça de argumento em favor do bem comum é muito perturbadora, tanto mais que já nem sequer se tenta livrar do evidente populismo que a enforma. Tal como é populista o argumento da submersão preventiva para preservar um conjunto de painéis que mais tarde, eventualmente, quando houvesse dinheiro, se fariam emergir para, então, se poderem estudar. A defesa e a valorização do Património Cultural (incluindo o arqueológico que, por razões óbvias, é muito mais sensível), bem como a defesa dos mais elementares princípios da sustentabilidade ambiental, não pode estar sujeita a uma lógica simplista de custos versus benefícios nem aos sabores do populismo demagógico. Se pagamos impostos ao Estado é também para que este financie sectores que são, do ponto de vista meramente económico-financeiro, deficitários mas que, do ponto de vista societário, não podem ser suprimidos. Continuar a por em causa o investimento no parque e museu do Côa por comparação com uns pretensos benefícios económicos que a construção da barragem traria (que não são tão evidentes como alguns ainda querem fazer crer...), já me parece teimosia a mais, para não dizer outra coisa menos simpática. Paulo Félix On 2010/08/31, at 16:34, Manuel Castro Nunes wrote:
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