Caros “listeiros” (sim desta lista) Efectivamente o que apontado pelo Mov4 é perfeitamente
verdade. Já assisti. Será que quando um estudante de arqueologia vai fazer
exame, ou apresentar-se a doutoramento, se apresenta assim tão descuidado?. Não
sei.. mas duvido. No entanto, lembro-vos que no meu tempo de estudante no Instituto
Superior Técnico (há muitos, muitos anos) no 1º ano, havia um professor que nos
obrigava a vir fazer exame de fato e de gravata. E o fato deveria ser azul
escuro e gravata de preferência vermelha escura. Se assim não fossemos fazer o
exame (oral ou escrito) não passávamos, pois “não tínhamos cara de
engenheiro”. Era no 1º ano e lá tive de comprar um fato que nunca tinha
tido. Assim ficaram marcados os engenheiros. Mas há outros pontos a apontar (pleonasmo) aos
arqueólogos: é o de se recusarem trabalhar com historiadores. As suas pesquisas
ganhavam muito se solicitassem ao historiador local que lhes desse uma pistas.
Não. Em quatro casos recentes, o historiador é proscrito, pois o arqueólogo deve
tudo saber. … e assisti a erros monumentais e a custos de pesquisa enormes,
quando uma dica do historiador obrigaria a pesquisar ao lado. Ou, por falta de
cultura, se descobre uma pia de mármore e se julga que tem 200 anos e eu mostro
que tenho em armazém umas dez iguais da mesma pedra e cheias de pó. Dizia-me no outro dia um agricultor, de enxada na mão e
boné repuxado para traz a coçar a nuca: “Óh Sr Engenheiro, estão la em
cima uns drogados a fazerem uns buracos no seu pinhal. Deve ter cuidado com
eles… Eu nem me quero lá “achegar” !!!” Não vos digo
qual a empresa responsável pelos “tais buracos”… Há muito a dizer. Mas não vale a pena, pois não se
quererá mudar, como se vê as intervenções neste fórum/lista. È importante
mostrar-se que se é diferente, não pelos conhecimentos, mas pelo aspecto. Deve-se
chocar pelo que se apresenta saber, mas não pelo aspecto e o à-vontade… Um dia, espero que não seja já muito tarde, as atitudes
mudarão. E os comportamentos também. Não é passarem todos vestirem-se à “betinhos”,
ou “Coronel Tapioca”, ou ainda de outra coisa qquer com chicote e chapéu,
mas terem um aspecto “decente” como dizia a minha avó dos namorados
da minha irmã. Cumprimentos, e desculpem lá estes meus comentários. Ricardo Charters d’Azevedo PS: e eu acho que nesta lista/fórum, é importante mostrar
os problemas. Aqui e em outros locais Date: Tue, 14 Sep 2010 12:13:14 +0100 From: mov 4 <mov4@live.com.pt> Subject: [Archport] Caros Colegas Arqueólogos To: <archport@ci.uc.pt> Message-ID:
<BLU140-W54B029F9B19F9753DCEB1C9780@phx.gbl> Content-Type: text/plain;
charset="windows-1252" Caros colegas Desde já, os nossos melhores cumprimentos. Ao mencionarmos e defendermos a auto valorização através
do visual e da postura é porque muitos arqueólogos se apresentam na prática
arqueológica de uma forma que em nada dignifica a classe. Neste sentido darmos
apenas um alerta e visto que muitos colegas e nós mesmos nos temos queixado, e
caso não se apercebam também nos tem prejudicado no mundo do trabalho. Poderíamos aproveitar o nosso anonimato para apontar o
dedo aquela ou aquele que todos nós conhecemos, mas pensamos que não seria
justo, porque iria ser abusivo da nossa parte, atendendo a que fomos bem
recebidos por este portal de discussão de assuntos e ideias arqueológicas. Nunca foi nossa intenção magoar quem quer que se sentisse
atingido na sua dignidade, ética profissional e conduta deontológica, pelo que,
daqui enviamos o nosso sincero pedido de desculpas acompanhado de um abraço. No entanto há que passar aos factos que nos levou a escrever
o ?horrendo parágrafo?. Mais uma vez não queremos apontar nomes (nós conhecemos
bem muitas dessa pessoas, acreditem, e sabemos do que estamos a falar) daí
usarmos a generalidade como exemplos. No caso do Acompanhamento Arqueológico de Obra: Quem já não entrou numa obra e começou a sentir-se
ridicularizado pelas restantes pessoas (engenheiros, arquitectos, Dono de obra
etc) quando dizemos que somos arqueólogos, passamos a citar: ?oh amigo você vai
para o café como faziam anteriormente os seus/suas colega/s enquanto nós
acabamos aqui a obra, mas não se preocupe que se aparecer o ouro nós
chamamo-vos?, ou então ?os seus/suas anteriores colegas com que trabalhei não
chateavam nada apareciam aqui de vez em quando e eram muito simpáticos/as o que
eles queriam era fumar umas coisitas?, ?você é que é o arqueólogo? O seu
anterior colega era um bocado estranho?. Nós já presenciamos em reunião de obra colegas nossos a
usarem linguagem nada dignificante para com o contexto profissional tal como:
Tá-se, na boa, vazar aí, na maior, cool, manos, fixe, apareceram aí umas cenas,
etc. Não temos nada contra o uso deste tipo de linguagem mas de certeza, que
neste tom juncoso, nenhum engenheiro ou arquitecto ou outros profissionais
licenciados dos quadros superiores usa este tipo de linguagem. Não, antes pelo contrário, podem alguns ser uns labregos
de primeira, quer como pessoas, quer profissionalmente, mas, no entanto,
valorizam a classe deles através de uma conduta deontológica que, na nossa
maneira de ver, também passa pela apresentação visual. O que vos estamos a
dizer não é nenhuma novidade, de certeza, pois muitos dos vossos pais se calhar
já tiveram este tipo de discurso para convosco. Nunca vamos por em causa a capacidade cognitiva e
científica dos colegas que tem um visual mais alternativo, através do uso de
acessórios ou tipo de cabelo que é usado, geralmente, por delinquentes, dealers
ou outras ?personas non gratas? da nossa sociedade mas, não deixamos de pensar
que se queremos crescer como classe no mundo profissional da arqueologia em que
o grosso do mercado é o mundo das obras temos de ter um pouco de cuidado com a
forma exagerada com que nos apresentamos. Não tem de ser de fato e gravata,
obviamente, nem com roupa de marca XPTO mas, acreditem, que ser simples e
sobrios não é difícil e que muitos dos nossos colegas que tem a mania que dão
um ar alternativo de desleixados acabam por ser mais vaidosos que muitos que
vão de cabelinho e arranjadinhos trabalhar. Já um aristocrata filosofo da Grécia Antiga dizia para
outro, também da aristocracia, que andava sempre com buracos na túnica e que
dava um ar de preocupado com os mais desfavorecidos: ?vejo a tua hipocrisia
através dos buracos da tua túnica?. De facto cada um sabe de si, mas é triste quando somos
ridicularizados. Já recebemos os salários mais baixos das obras, somos odiados
pelas entidades contrates que, obrigadas, tem de levar connosco por causa de
meia dúzia de calhaus e ainda a juntar à festa sermos conotados como um bando
de junkies e extorsionistas das estradas, barragens, prédios e caminhos de
Portugal. Para terminar, na nossa opinião, deve-se usar o que a
sociedade considera bons exemplos praticados nos outros países e não os menos
bons ou seja no caso holandês não sabemos, mas pelo menos em Portugal para se
trabalhar num banco como caixa não é obrigatório ser-se licenciado ficando ao
critério das normas internas da instituição podendo eles admitirem para os seus
cargos temporários ou fixos quem acharem de direito. Na Holanda também existem
prostitutas em montras, nos países muçulmanos as mulheres andam de burka e
mata-se em nome de Deus, na Índia veneram-se vacas, em Inglaterra toma-se o chá
das 5, os grupos tribais indígenas andam semi-nus. Tudo isto são aspectos
culturais das sociedades. Quanto ao Nelson Mandela, merece da nossa parte todo o
respeito e consideração até porque a forma como se apresenta, visualmente, é
também uma forma de honrar a tribo a que pertence. Faz parte dos costumes do
seu meio, e, que nós saibamos, nunca foi visto charrado, pelo menos em actos
públicos, ou com os seus trajes sujos de semanas de uso e com cheiro
desagradável. P.S. Colega Diogo Oliveira No mínimo inconsciente, no máximo sem palavras. Não somos
da Dryas Arqueologia,lda, nem de qualquer outra empresa. Todas merecem da nossa
parte o devido respeito. E não adianta especular acerca da nossa identidade,
que por motivos óbvios, nunca iremos revelar. Achamos de bom tom que deva,
aqui, neste portal, pedir desculpas por estar acusar sem qualquer tipo de prova
ou evidencia. ?Corre nas vossas veias sangue velho dos avós e vós amais o que é
fácil?, José Régio. Não é pretensão do nosso grupo atacar ninguém
individualmente, nem fulanizar discussões. Estamos abertos e receptivos a qualquer divergência com
as nossas ideias. No entanto não respondemos a ataques gratuitos e
insignificantes. MOV4 Quatro arqueólogos descontentes, mesmo muito descontentes. |
Mensagem anterior por data: [Archport] Arqueólogos, drogados e afins.... | Próxima mensagem por data: [Archport] Para bem escrever... |
Mensagem anterior por assunto: [Archport] Ainda Muralha Abrantes | Próxima mensagem por assunto: [Archport] Ainda... Odrinhas |