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[Archport] Museus Municipais de Lisboa - esclarecimento

To :   "museum" <museum@ci.uc.pt>, "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Museus Municipais de Lisboa - esclarecimento
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Thu, 20 Jan 2011 11:59:31 -0000

            Do Gabinete da Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto, da Câmara Municipal de Lisboa, recebi este esclarecimento, que agradeço e a cuja divulgação procedo com todo o gosto. – J. d’E.


De: Gab. Ver. Catarina Vaz Pinto [mailto:ver.catarina.vaz.pinto@cm-lisboa.pt]
Enviada em: quinta-feira, 20 de Janeiro de 2011 11:02
Para: jde@fl.uc.pt
Assunto: Museus Municipais de Lisboa - esclarecimento

 

Museus Municipais de Lisboa - Esclarecimento

 

Exmo Senhor

Prof. Doutor José d’Encarnação

 

Em resposta à V. mensagem de 19 de Janeiro p.p. em que fez divulgar nas listas Museum e Archport a folha do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa relativa à proposta de alteração da situação dos museus municipais de Lisboa, vimos por este meio prestar alguns esclarecimentos.

 

À semelhança das restantes autarquias do País, a Câmara Municipal encontra-se actualmente em fase de reestruturação. No âmbito dos nossos desígnios para a Cultura foi estabelecido um Grupo de Trabalho para a Criação da Rede de Museus Municipais com o objectivo, entre outros, de reflectir e trabalhar sobre os modos possíveis de reunião dos museus municipais de Lisboa numa mesma entidade de gestão e de promover o trabalho de equipa em prol da melhoria do seu serviço público.

 

Começamos por esclarecer o seguinte:

a) Os museus municipais de Lisboa estão divididos por duas entidades: a Direcção Municipal de Cultura/ Divisão de Museus e Palácios que tutela o Museu da Cidade, o Museu do Teatro Romano, o Museu de Santo António e o Museu Bordalo Pinheiro; e a EGEAC, Empresa Municipal que tutela o Museu do Fado e o Museu da Marioneta, museus igualmente municipais. Esta última entidade integra ainda os dois monumentos de tutela municipal: o Castelo de S. Jorge e o Padrão dos Descobrimentos.

 

b) Com vista à reunião dos mesmos museus e monumentos numa só entidade municipal, três hipóteses se colocaram: a integração de todos na Direcção Municipal de Cultura; a integração de todos na Empresa Municipal dedicada à Cultura; ou a criação de um outro organismo (Fundação, Associação ou outro) dedicado apenas aos museus e aos monumentos municipais.

Após meses de aturado estudo e reflexão, não apenas interna mas também com recurso à auscultação de especialistas externos, pretende este executivo optar pela concentração daqueles equipamentos na empresa municipal de cultura, que será devidamente reformulada para o efeito. Para esta escolha concorreram factores de ordem científica e museológica, bem como de ordem económica e política de acordo com a actual conjuntura.

 

Assim, e em resposta às questões colocadas, esclarecemos o seguinte:

1) A transição que se deseja para os quatro museus municipais tutelados pela Direcção Municipal de Cultura não é para “uma empresa municipal”, mas antes para “a” empresa municipal da cultura de Lisboa que tem por vocação gerir os equipamentos culturais municipais. A Empresa Municipal gere actualmente os dois museus e os dois monumentos acima referidos, assim como gere o Teatro Municipal de S. Luiz, o Teatro Municipal Maria Maria Matos e o Cinema S. Jorge. É a gestão dos equipamentos museológicos presentemente geridos pela Divisão de Museus que se pretende passe para a empresa municipal de cultura e não a propriedade de quaisquer bens, móveis ou imóveis, que se manterá inalterável, ou seja, municipal;

 

2) A empresa municipal em causa – a EGEAC, EEM – encontra-se financeiramente equilibrada, tendo apresentado resultados positivos em 2009, último ano a que se referem as contas aprovadas, como facilmente pode ser verificado por quem assim o deseje. O seu património é inteiramente municipal e as receitas que produz são aplicadas na sustentabilidade dos equipamentos culturais que gere;

 

3) As propostas e as opiniões dos trabalhadores da Divisão de Museus e Palácios foram tidas em consideração, tanto as que foram veiculadas através da sua Chefe de Divisão, quanto as expressas directamente por muitos dos mesmos trabalhadores nas reuniões entretanto ocorridas;

 

4) Os direitos dos trabalhadores e os postos de trabalho não estão postos em causa. Os trabalhadores só transitarão para a Empresa Municipal de Cultura se assim o desejarem. Aos trabalhadores que optarem pela transição, e tal como é do conhecimento de todos, é garantida a manutenção do seu posto de trabalho na Câmara Municipal de Lisboa, podendo regressar à autarquia quem e quando o desejar.

É nosso propósito que se mantenham todas as equipas técnicas existentes nos mesmos museus municipais, incluindo as equipas transversais à Divisão de Museus e Palácios dedicadas ao serviço educativo, ao serviço de conservação e restauro e ao serviço de arqueologia.

 

Mais acrescentamos que tivemos ocasião de partilhar com a comunidade museológica os principais objectivos organizacionais e programáticos do actual programa para os museus municipais de Lisboa por ocasião do último Congresso da APOM, no passado dia 12 de Outubro na Casa das Histórias Paula Rego, sendo que é nossa intenção intensificar a partilha dos nossos propósitos com a comunidade museológica e demais interessados.

 

Tendo sempre como objectivo último a prossecução do serviço público, estamos certos de estar a agir em prol da promoção do património e da qualificação do trabalho museológico integrado no município de Lisboa.

 

A Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa

 

Catarina Vaz Pinto

 


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