Re: [Archport] Descobertos monumentos funerários que podem ter mais de dois mil anos
Outra vez esta farsa?
Mais uma machadada na credibilidade da arqueologia perante os olhares
do público em geral. Quando um arqueólogo confunde abrigos de pastores
com hipogeus milenares quantas falsidades e negligências não passarão
impunes, é o que pensa o comum dos cidadãos...
"DIZ DIRECTOR DA CULTURA
Hipogeus não obrigam a reescrever história
Publicado na Segunda-Feira, dia 14 de Março de 2011, em Actualidade
A história dos Açores não está em risco de ser reescrita, defende o
director regional de Cultura, para quem as alegadas sepulturas
escavadas na rocha encontradas no Corvo e Terceira são mais recentes
do que datou um arqueólogo.
“Não é muito fácil aceitar essas declarações, elas podem ser feitas,
mas é preciso prová-las”, afirmou Jorge Bruno, questionando os
argumentos do arqueólogo Nuno Ribeiro para defender uma ocupação
humana do arquipélago há 2.000 anos.
O director regional de Cultura considerou, em declarações à Lusa, que
Nuno Ribeiro levantou “questões muito pertinentes”, mas frisou que é
“fundamental uma validação científica rigorosa” daquilo que defende.
Nuno Ribeiro, presidente da Associação Portuguesa de Investigação
Arqueológica (APIA), defendeu há cerca de uma semana que os hipogeus
(estruturas escavadas na rocha usadas no Mediterrâneo como sepulturas)
descobertos no Corvo e na Terceira poderão ter 2.000 anos, o que
indiciaria uma ocupação anterior à presença portuguesa.
Jorge Bruno considerou, no entanto, que “não está em causa” a História
dos Açores, porque aquelas estruturas “resultam de uma ocupação humana
há seis séculos e não da presença de outros povos há 2.000 anos”.
“As pessoas que conhecem minimamente aqueles sítios, como conhecem os
corvinos e os terceirenses, nunca lhes atribuíram as características e
a origem que agora é atribuída por este arqueólogo”, frisou.
No caso das estruturas existentes no Corvo, o director regional de
Cultura recordou que foram estudadas no quadro do inventário do
património imóvel dos Açores, salientando que o arqueólogo Rui Sousa
Martins considera que as cavidades se destinavam a “guardar artefactos
agrícolas de apoio à actividade que ali se desenvolvia”.
Jorge Bruno frisou que o executivo açoriano “não vai tomar nenhuma
iniciativa” para estudar aqueles sítios, por entender que “não se
justifica”, mas manifestou abertura para analisar qualquer proposta
para a realização de trabalhos arqueológicos que venha a ser
apresentada.
Os hipogeus que originaram esta questão foram encontrados pelo
arqueólogo Nuno Ribeiro durante um passeio que realizou em Agosto de
2010 no Corvo e na Terceira.
“Tudo indica que se trata de monumentos muito antigos”, afirmou o
arqueólogo em declarações à Lusa a 5 de Março, acrescentando que se
trata de “estruturas escavadas na rocha, cuja planta de forma uterina
denuncia a sua possível utilização como necrópoles”.
Nuno Ribeiro admitiu que “possam ter mais de 2.000 anos”, salientando
que “este tipo de monumentos tem paralelo no mundo mediterrânico e nas
culturas grega e cartaginesa entre os séculos IX e III AC, e eram
usados como sepulturas”
. Para “averiguar a antiguidade” dos hipogeus encontrados nos Açores,
o arqueólogo manifestou a intenção de apresentar até ao final deste
mês um projecto para a realização de investigações científicas
naqueles locais.
Os hipogeus encontrados por Nuno Ribeiro no Corvo e na Terceira foram
apresentados no início deste mês no Congresso de Arqueologia do
Mediterrâneo que decorreu na Sicília, Itália."
Em 17 de março de 2011 13:35, Bruno Monteiro
<brunojmonteiro88@gmail.com> escreveu:
> “No Corvo são dezenas de estruturas, que estão à vista, e tudo indica que se
> tratam de monumentos muito antigos, porque inclusivamente situam-se em áreas
> onde não houve agricultura”, disse o presidente da Associação Portuguesa de
> Investigação Arqueológica (APIA), Nuno Ribeiro, em declarações à Lusa.
>
> Os hipogeus em causa, "ainda não estudados pela arqueologia", foram
> encontrados no Corvo e Terceira, durante um passeio, em agosto de 2010, que
> o arqueólogo Nuno Ribeiro, efetuou aquelas ilhas.
>
> Segundo o presidente da APIA, "são estruturas escavadas na rocha, que estão
> à vista, cuja planta de forma uterina denuncia a sua possível utilização
> como necrópoles".
>
> O presidente da APIA acrescentou que "na Terceira tinham surgido vários
> vestígios" sobre os monumentos em causa, mas "nunca foram realizados
> trabalhos arqueológicos".
>
> “Este tipo de monumentos tem paralelos no mundo mediterrânico, e nas
> culturas Grega e Cartaginesa, entre os séculos IX e o século III a.C., e
> eram usados como sepulturas”, descreveu o arqueólogo, salientando que as
> estruturas "eram comuns na época Romana".
>
> Nuno Ribeiro admitiu que os monumentos em causa "possam ter mais de dois mil
> anos", mas salientou que a datação das estruturas "terá que ser fundamentada
> e averiguada" através de trabalhos arqueológicos que a APIA conta realizar
> "ainda este ano, com o apoio das autarquias e do Governo regional".
>
> “Vamos apresentar um projeto até final de março, para averiguar a
> antiguidade, com vista à realização das investigações científicas,
> nomeadamente escavações e trabalhos de profundidade”, referiu Nuno Ribeiro,
> acrescentando que há indicações que apontam para "a existência de hipogeus
> também na ilha das Flores".
>
> O arqueólogo salientou a importância dos monumentos, observando que a
> comprovar-se a antiguidade das estruturas "é possível que a ocupação das
> ilhas tenha sido anterior à presença portuguesa".
>
> "As estruturas indicam que poderão ter construído aqueles monumentos para
> sepultar alguém, ou seja, que alguém há mais de dois mil anos tenha estado
> nas ilhas", admitiu.
>
> As descobertas no arquipélago dos Açores foram apresentadas na sexta-feira
> no Congresso XV SOMA 2011, Arqueologia do Mediterrâneo que se realizou na
> Universidade de Catania – Sicily, Itália, numa conferência apresentada por
> arqueólogos da APIA.
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