Lista archport

Mensagem

[Archport] Memórias do Território: Cabeceiras de Basto, 19 e 20 de Maio. Programa actualizado

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>, "histport" <histport@ml.ci.uc.pt>, "museum" <museum@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Memórias do Território: Cabeceiras de Basto, 19 e 20 de Maio. Programa actualizado
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Wed, 27 Apr 2011 23:15:27 +0100

*Memórias do Território 2011 (Museu das Terras de Basto, 19 e 20 de Maio).*

*Programa actualizado***

Com o título *Memórias do Território 2011* vai realizar-se no Museu das
Terras de Basto (Núcleo Ferroviário de Arco de Baúlhe) um primeiro Encontro
de História Local no qual se pretende dar a conhecer o território em que se
insere o Município de Cabeceiras de Basto.

Um território é um espaço multifacetado que pode e deve ser olhado de
diferentes maneiras, sendo esse diferente modo de olhar o todo, nas suas
diversas e interligadas parcelas, o mote para as conferências.

O ciclo de conferências Memórias do Território desdobra-se em dois dias, 19
e 20 de Maio, sendo o primeiro dia de conferências (cinco no total) e o
segundo de visita ao património de Cabeceiras e de Mondim de Basto.
Abaixo o programa para os dois dias e alguns dados sobre os autores e o tema
das comunicações.

*A inscrição é gratuita* (ver ficha de inscrição em anexo).

*Enviar inscrições para e-mail: museu.cabeceiras@mail.telepac.pt 

*Blogue: http://museuterrasbasto.wordpress.com/ 


*Programa: Memórias do Território*

*Dia 19 de Maio: Conferências*

*Manhã*

*09h30*

*Recepção aos participantes* (Inscrição gratuita)**

*10h00*

*Sessão de abertura*

*10h30*

*Vida no Campo,* por *Álvaro Domingues*

(Geógrafo, professor da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto)

*11h15*

*Pausa para café*

*11h45*

*Notas para um inventário arqueológico de Cabeceiras de Basto**, Francisco
Manuel Veleda Reimão Queiroga*

*(Prof. Associado, Universidade Fernando Pessoa)*

* *

*12h30*

*Pausa para almoço*

*Tarde*

*14h30*

*Moinhos de Cabeceiras de Basto: Apontamentos de Conservação**,* por Inês
Gonçalves

(Arquitecta, Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto)

*15h15*

*Muros-apiários do médio Tâmega: um património a preservar** por António
Pereira Dinis*

(Investigador do CITCEM, Consultor da Câmara Municipal de Mondim de Basto
para a área da arqueologia)

*16h00*

*A construção da Linha do Tâmega (1905-1949),** por Ricardo Cardoso
*(Coordenador
do Serviço de Inventário da Fundação Museu Nacional Ferroviário ? Armando
Ginestal Machado)**

*16h45*

*Pausa para café*

*17h15*

*Visita ao Núcleo Ferroviário*



*Dia 20 de Maio: Visita ao Património*

O município de Cabeceiras de Basto disponibiliza gratuitamente um autocarro
com 50 lugares (inscrições limitadas ao número de lugares existentes. Há
também a possibilidade de fazer o percurso em carro próprio)

*Manhã*

*09h00*

Partida para Mondim de Basto (saída da Praça do Mercado)

*10h00*

Observação da silha de Arjuiz (orientada por António Pereira Dinis)

*10h40*

Visita a Pardelhas e observação das silhas de Requeixo

*11h30*

Visita às Fisgas de Ermelo

*12h00*

Regresso a Cabeceiras

* *

*13h00*

Almoço

*Tarde*

1*4h15*

Partida para Abadim**

*15h00*

Visita a Moinhos de Rei (orientada por Inês Gonçalves)

*15h50*

Visita à Torre de Abadim

*16h30*

Chegada a Cabeceiras de Basto (Praça do Mercado)



*Dados sobre os autores e os temas das comunicações*

*
*

*Título da conferência:** Vida no Campo*

*Conferencista:* *Álvaro António Gomes Domingues***

*(Geógrafo, professor da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
Doutorado em Geografia Humana, e investigador no centro de Estudos de
Arquitectura e Urbanismo da FAUP)*

*Resumo: ?Vida no Campo? é uma metáfora sobre a perda do Portugal Rural e um
antídoto contra este mau viver pelo despovoamento, pelo abandono, ou, noutro
registo, pela profunda metamorfose que vai lavrando pelo país dos
(ex)agricultores, pela perda das suas práticas ancestrais, modos de vida,
território e paisagens - ruínas, em muitos casos; paisagens transgénicas, em
quase todos.*

*Não é esta uma questão menor. Como a língua ou a história, a paisagem é um
poderoso marcador identitário, uma casa comum. No entanto, não há paisagens
para sempre. A paisagem é registo da sociedade que muda e se a mudança é
tanta, tão profunda e acelerada, haverá registo disso e pouco tempo e muito
espaço para compreender e digerir todas as marcas e a forma como se vão
atropelando mutuamente, ora relíquias, ora destroços.*

*Publicações recentes*

(2010) *A Rua da Estrada*. Ed. Dafne: Porto.

(2009) *Paisagem e Identidade: à beira de um ataque de nervos*. In COSTA,
P.; LOURO, N. (org) ? Duas Linhas. Lisboa: Ed. Autor. P. 24-57.

(2009) *The Extensive Urbanisation*. In ALFAYA, M. MUÑIZ, P. (ed) ? The
City: global again. CITUR, Colégio Oficial de Arquitectos de Galicia,
Santiago de Compostela.

(2009) *Douro a la Carte*. Porto: Ed. de Risco, (com SOTTOMAYOR, JP)

(2008) *Paisagens Transgénicas*. In Arquitectura em Lugares Comuns. Porto:
ed. Dafne.

(2007) *Portugal Visto do Céu*. Lisboa: Ed. Argumentum. (introdução e cap.
Entre Douro e Minho).

(2006) *Cidade e Democracia*: 30 anos de transformação urbana em Portugal.
Lisboa: Ed. Argumentum. (organização e texto).

(2004) *Políticas Urbanas*. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian (com Nuno
Portas e João Cabral)





*Título da conferência: Notas para um inventário arqueológico de Cabeceiras
de Basto*

*Conferencista: **Francisco Manuel Veleda Reimão Queiroga*

*(Prof. Associado, Universidade Fernando Pessoa)*

*Resumo:* Esta apresentação incidirá sobre as evidências de ocupação humana
na área geográfica do concelho de Cabeceiras de Basto desde o Neolítico à
época Moderna, tendo como base os trabalhos de prospecção e estudo
efectuados até à data.

Os vestígios são agrupados em períodos cronológico/culturais, e analisados
numa perspectiva geográfica e espacial, indicadora das estratégias de
ocupação do território específicas, ou mais representativas, de cada época.

*Notas curriculares:* Licenciado em História pela Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, Doutor em Arqueologia pela Faculdade de Antropologia
e Geografia da Universidade de Oxford, pós-graduado em Museologia pela
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, investigador do CECLICO da
Universidade Fernando Pessoa

*Publicações recentes*

(2007) Queiroga, Francisco M.V.R. The Late Castro Culture of Northwest
Portugal: Dynamics of Change. Gosden, C.; Hamerow, H.; De Jersey, P.; Lock,
G. (Eds.), *Communities and Connections. Essays in Honour of Barry
Cunliffe*.
Oxford: Oxford University Press, 169-79.

(2008) Queiroga, Francisco M.V.R. Weapons and Warfare. Pearsall, Deborah M.
(Edit.), *Encyclopedia of Archaeology*. New York, Academic Press, 2197-2212.

(2009) Queiroga, Francisco M.V.R. A cividade de Riodouro revisitada.
*Boletim
Cultural da Póvoa de Varzim*. nº 43, Póvoa de Varzim, 462-79

* *

* *

*Título da conferência: Moinhos de Cabeceiras de Basto: Apontamentos de
Conservação***

*Conferencista:* Inês Gonçalves

*(Arquitecta, Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto)*

*RESUMO: *A apresentação centra-se no estudo dos moinhos de Cabeceiras de
Basto.* *O campo deste trabalho é, pois, o do entendimento dos moinhos não
como meios tecnológicos que perderam a sua pertinência, mas como edificações
no espaço rural que expressam um equilíbrio entre a água, a terra, as
espécies animais e vegetais e as sociedades humanas.**

Com esta abordagem, pretende-se ainda defender uma posição ? a necessidade
de salvaguardar a herança cultural do concelho, quer a mais erudita, quer a
mais pitoresca, porque ambas retratam a história dos lugares.

Consciente que cada grupo cultural se identifica com as suas tradições,
sendo essa identificação que mantém o grupo culturalmente coeso, é
importante dar a conhecer o que fomos e o que somos.

Os temas desta apresentação andam, assim, à volta das tecnologias de moagem,
fornecendo dados de natureza histórica e tipológica e da interdependência
dos seus múltiplos sistemas.

Procura-se questionar, no fim, o lugar dos moinhos no mundo contemporâneo e
o que fazer com o seu espólio no território.

*Notas curriculares:*

2008-2011. Colaboração na DAFES: Planeamento, na Câmara Municipal de
Cabeceiras de Basto

2009. Obtenção do curso de Revit Architecture, no Centro de Formação
Profissional da FLAG.

2008. Deontologia e Prática Profissional - Ordem dos Arquitectos SRN

2007-2008. Realização de Estágio à Ordem dos Arquitectos na NEPDEU, Núcleo
de Estudos, Projectos e Desenho de Edifícios e Urbanismo na Câmara Municipal
de Cabeceiras de Basto.

2006-07. Obtenção da Licenciatura em Arquitectura pela Faculdade de
Arquitectura da Universidade do Porto; Prova final com o tema Os Moinhos de
Cabeceiras de Basto: Apontamentos de Conservação

*Publicações:*

(2009) *Moinhos de Cabeceiras de Basto: apontamentos de Conservação*.
Cabeceiras de Basto: Câmara Municipal, 2009

(2009) Moinhos de Cabeceiras de Basto: parte II. In *Terra Nossa. Revista da
Fundação António Joaquim Gomes da Cunha*. 8 (Fevereiro 2009). P. 12-15.

(2007) Moinhos de Cabeceiras de Basto. In *Terra Nossa. Revista da Fundação
António Joaquim Gomes da Cunha*. 7 (Dezembro 2007). P. 10-14





*Título da conferência: Muros-apiários do médio Tâmega: um património a
preservar*

*Conferencista: **António Pereira Dinis*

(Investigador do CITCEM, Consultor da Câmara Municipal de Mondim de Basto
para a área da arqueologia)

*Resumo: *Conhecer, valorizar, proteger e divulgar são verbos que urge
conjugar perante a ruína a que chegou o nosso património rural, após décadas
de abandono, em resultado do declínio e extinção das atividades tradicionais
face à progressiva mecanização e ao envelhecimento das populações rurais, os
verdadeiros guardiões das ?memórias do território?.

No conjunto das arquiteturas vernaculares cuja memória corre maior ?risco de
extinção? destacamos os muros-apiários, construções monumentais, vulgarmente
designadas por silhas, que correspondem a vedações pétreas utilizadas no
passado como proteção dos enxames de abelhas dos seus principais predadores,
o texugo e o urso pardo. O declínio progressivo da apicultura e a falta de
conservação dessas estruturas ditará o seu abandono e esquecimento, acabando
por se manterem ativos apenas alguns exemplares, em regiões isoladas das
cordilheiras nortenhas sendo hoje praticamente residual a sua lembrança,
mesmo no seio das comunidades de montanha.

Particularmente abundantes na serra do Alvão-Marão, (atingindo mais de três
dezenas de unidades só no concelho de Mondim de Basto, de acordo com o
trabalho de inventariação que temos vindo a desenvolver desde 2007), estamos
em crer, por alguns indícios que manipulámos, que  também existirão
concentrações de muros-apiários na margem direita do médio Tâmega, nas
vertentes da serra da Cabreira, particularmente no concelho de Cabeceiras de
Basto.

Numa corrida contra o tempo, face à velocidade do seu desaparecimento, há
que agir de forma concertada procedendo à recolha de informações orais,
toponímicas e documentais relevantes, multiplicando os trabalhos de
inventariação e estudo, propondo a classificação como Imóveis de Interesse
Público dos exemplos que apresentem alguma monumentalidade, implementando
ações de recuperação e valorização com arranjo dos acessos e da envolvência
e colocação de informação nos locais e sinalética nas vias de comunicação,
de maneira a que os muros-apiários passem a integrar os roteiros turísticos
e se tornem espaços de aprendizagem e bens de fruição pública.

*Notas curriculares:*

2011. Professor Quadro do Grupo 400, da Escola Secundária de Felgueiras.

1993. Mestrado* *em Arqueologia pela FLUP, com a dissertação "Ordenamento do
Território do Baixo Ave no I milénio a. C.? (classificação final de Muito
Bom).

1980. Licenciatura em História pela FLUP (classificação final de 14
valores).

*Publicações *(relacionadas com o tema da conferência):

(2010). *Muros-apiários das Serras do Alvão e Marão: contribuição para o seu
estudo e preservação*. *Açafa on-line*. N.º 3. Associação de Estudos do Alto
Tejo (com A. Mário Dinis).

(2009). *Silhas do antigo concelho de Ermelo: um projecto de estudo e
valorização do património de Mondim de Basto*. Actas do Congresso
Transfronteiriço de Arqueologia: Um património sem fronteiras, Montalegre,
Outubro de 2008. *Revista Aquae Flaviae*. N.º 41, Chaves (com Rui Bastos e
A. Mário Dinis).





*Título da conferência: A construção da Linha do Tâmega (1905-1949)*

*Conferencista: **Ricardo Cardoso*

(Coordenador do Serviço de Inventário da Fundação Museu Nacional Ferroviário
? Armando Ginestal Machado)

*Resumo: *A Linha do Tâmega foi lançada, em via métrica, a partir da Estação
da Livração, pelos Caminhos de Ferro do Estado - Direcção do Minho e Douro,
em Março de 1905. Passadas mais de quatro décadas, em 1949, o
caminho-de-ferro chega a Arco de Baúlhe.

Os estudos prévios, a definição do traçado, a lenta e faseada construção da
linha, as estações, as obras de arte, o material circulante e o ambicioso
projecto de ligação à linha de Guimarães e do Corgo, são os vectores que
pretendemos desenvolver na presente comunicação.

*Notas curriculares:*

2009-2011. Coordenador do Serviço de Inventário, editor e revisor de
conteúdos do sítio Web da Fundação Museu Nacional Ferroviário ? Armando
Ginestal Machado. Colaborador da revista *Comboios em Linha - Revista de
História, Património e Museologia Ferroviária*. Consultor em projectos
diversos da empresa Era Arqueologia ? Conservação e Gestão de Património SA.

2006-2008. Investigador do Centro de Estudos de Língua Portuguesa da
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

1999-2006. Investigador no Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua
Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa.

2002-2003. Pós-Graduação em Edição de Texto pela Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da 1999-2000. Programador de actividades culturais no
Departamento de Língua e Cultura Portuguesa da Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa.

Universidade Nova de Lisboa.**

1995-1999. Licenciatura em História, variante de História da Arte pela
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

*

Attachment: ATT00642.doc
Description: MS-Word document


Mensagem anterior por data: [Archport] Recrutamento Arqueólogo/a - região Norte Próxima mensagem por data: [Archport] Estreia d' "A Sogra" de Terêncio - Thíasos
Mensagem anterior por assunto: [Archport] Memórias do ex-IPA / Memories of ex-IPA Próxima mensagem por assunto: [Archport] Memórias do Território: Cabeceiras de Basto, 19 e 20 de Maio. Programa actuallizado