O que causa espanto é como se pode ignorar que num
sítio arqueológico normal dificilmente existem 103 camadas. Quanto muito podem
existir 103 unidades crono-estratigráficas !
E causa espanto também que haja arqueólogos
(sê-lo-ão mesmo ou serão apenas "arqueógrafos", quer dizer "caboqueiros ?) que
considerem que o único método aceitável de escavação é o que se baseia no
conceito de "unidades crono-estratigráficas", como se o mundo do "espaço aberto"
e das "matrizes" fosse necessariamente melhor do que mundo dos quadrados e
das estratigrafias à maneira antiga. Como se carandini e Harris tivessem
"ultrapassado" e tornado obsoletos Wheller ou Gourhan.
A arrogância do presente sobre o passado constitui
sempre um erro capital da investigação histórica.. Quando a ela se junta um
sentimento iluminado de capela, normalmente pueril ou juvenil, pior
ainda.
Em linguagem caritativa critstã, dir-se-ia
"perdoai-lhes senhores, porque não sabem o que dizem".
José Esteves
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