[Archport] Incêndio nas Sete Fontes em Braga

[Francisco Sande Lemos <sandelemos@gmail.com>]

Boa tarde.

O incêndio que ontem atingiu a zona superior do Vale da Sete Fontes não causou danos graves no antigo complexo de abastecimento de água.

Todavia é no mínimo insólito que pouco tempo depois da classificação das Sete Fontes como Monumento Nacional ter sido publicada se verifique um fogo e que, segundo os testemunhos divulgados pela comunicação social foi provocado, tendo sido avistados dois incendiários. É matéria para a Polícia Judiciária investigar, se tiver tempo e meios.

A responsabilidade de não se terem sido efectuadas as necessárias operações de limpeza em redor da área envolvente, a fim de proteger o monumento dos fogos estivais, recai sobre o Presidente da Câmara Municipal de Braga e responsáveis da Direcção Regional do Norte da Cultura que, de modo articulado, deviam ter diligenciado no sentido de obter os meios necessário para o efeito, em devido tempo.

Acresce que, como seria de esperar, as estruturas da galeria da Mina do Amorim foram afectadas no decurso das obras do Hospital, devido ao movimento de grandes máquinas numa zona que devia ter sido poupada se houvesse bom senso.

Ao Governo cumpre pôr fim, com a maior determinação, aos estratagemas do Presidente da Câmara Municipal de Braga e ao que parece ser negligência grosseira da DRCNorte neste caso das Sete Fontes.

Os Monumentos Nacionais devem ser respeitados. Ou em alternativa faz-se tábua raza dos cidadãos e da Assembleia da República e obedecia-se à vontade do Eng. Mesquita Machado (que se comporta como o dono do concelho), construíam-se as torres e reduzia-se o aqueduto a uma estreita cangosta pedestre.  

O que se está a tentar é inaceitável. O objectivo escondido é transformar um diploma promulgado pelo Presidente da República e apoiado pela Assembleia da República em letra morta.

Cordialmente,

Francisco Sande Lemos