Não vejo qual é o problema. Não deixa de ser verdade. Agora, problema mesmo, na minha opinião, é menorizar-se as questões da defesa do património ligando-as exclusivamente ao trabalho que o seu estudo, salvaguarda, valorização, divulgação e/ou musealização pode gerar para os diferentes técnicos envolvidos. Problema é deixar que, na mira de ganhos pessoais a curto prazo, se deixe prejudicar o património compactuando – e avalizando com relatórios e pareceres que, depois de depositados no IGESPAR, quase nunca são publicados para revisão pelos seus pares nas diversas publicações periódicas da especialidade - com barbaridades tão destruidoras desse mesmo património como sejam, por exemplo, os “acompanhamentos” e a “conservação pelo registo”. Problema é quase toda a gente – nomeadamente a que tem peso científico e político para poder fazer a diferença - assobiar para o lado quando se assiste a verdadeiros casos de polícia, tais como o terminal de cruzeiros de Angra do Heroísmo e as Sete Fontes em Braga. Problema é toda a gente esquecer que o património está legalmente protegido pela Constituição, pelas Convenções internacionais que o país ratificou, pela legislação comunitária e pela própria legislação nacional e regional. O problema, aqui e agora, é o de sempre e é sempre o mesmo: os arqueólogos estão divididos, muitos não sabem o que querem e muitos, ainda e infelizmente, estão-se nas tintas para estas minudências do património, querendo apenas que alguém (APA? AAP? IGESPAR?) lhes resolva a falta de emprego, a precaridade e o resto logo se vê. Como dizia alguém hoje, já se falou muito disto. Já se apontaram até soluções, alternativas, caminhos (eu tenho em casa várias Almadan’s, de há vários anos atrás, onde se fala disto mesmo e se discute isto uma vez e outra). Infelizmente, não é só falando que se chega a algum lado. -- From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf Of Ricardo Charters d'Azevedo Mas não mandem ao SEC um texto como o seguinte: “Nota-se um decréscimo na actividade arqueológica e é importante ter em consideração que se não for reforçada a vigilância no cumprimento da Lei de Bases, nomeadamente no que diz respeito aos Centros Históricos (Áreas de Protecção e Zonas de Protecção dos imóveis classificados) é o Património que irá sofrer perdas irreparáveis e serão os arqueólogos os ainda mais prejudicados em termos de oportunidades de trabalho.” Pois por ele se verifica que se propõe a protecção do património com vista a que os arqueólogos não percam oportunidades de trabalho … Cumprimentos Ricardo Charters d’Azevedo *** ******* This message contains information which may be confidential and privileged. Unless you are the addressee (or authorized to receive for the addressee), you may not use, copy or disclose to anyone the message or any information contained in the message. If you have received the message in error, please advise the sender by reply e-mail and delete the message. |
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