Permita-se, ao menos, questionar as decisões tomadas não por
falta de legitimidade por parte de quem as toma, mas porque são imponderadas e
desprovidas de sentido. Trata-se simples e obviamente (tão óbvia e
impudentemente) de uma questão política, calando quem fala e premiando a
inoperabilidade. A expressão de opinião, a defesa de ideias, o agir e actuar, o
estar presente na defesa do que dirige e o faz, não para perturbar, mas porque
é sua missão e função. A acção de Luís Raposo tem sido, ao longo de todos estes
anos, exactamente esta. Nunca o Museu Nacional de Arqueologia foi tão activo,
nunca promoveu tanto o discurso, o debate de ideias, a aprendizagem e a
abertura para o exterior, para o público e para o mundo académico, como nos
últimos anos. A
ausência de uma exposição permanente foi largamente compensada por outras
actividades e Luís Raposo conseguiu transformar o Museu numa Casa da
Arqueologia. Apresenta-se-nos agora a questão de quem irá para a direcção deste
lugar. Se houver Manuel Helenos disponíveis levantem desde já a mão pois terão
grandes hipóteses … Lídia Fernandes Arqueóloga Em Democracia a legitimidade é conferida pelo voto livre dos cidadãos.
Os eleitos têm a legitimidade de decidirem, porque estão mandatados pelos
cidadãos para o fazerem, no tempo que dura a respetiva legislatura. O Dr. Luís Raposo não necessita que o defendam. Nem que peticionem o
seu contributo. Seria, paradoxalmente, um mau contributo que se prestaria ao
valor do seu trabalho. |
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