Nos últimos anos foram tomadas decisões que de alguma forma indiciavam caminhos ínvios para herança que o Dr. Leite Vasconcelos deixara ao Povo Português.
O Dr. Luis Raposo na sua acção, no seu fio condutor, sempre me mereceu a consideração de um digno sucessor dessa herança e da constante luta pela sobrevivência deste importante e menosprezado museu.
Neste contexto, a sua não recondução significará alguma coisa? Terá uma mensagem político-cultural implícita?
Não o sei, mas posso especular. Todavia não será ainda este o momento para argumentar, para reflectir sobre as vicissitudes do passado recente.
É antes o momento para desafiar a quem foi confiado o poder pelo Povo, a inscrever a ampliação e renovação do Museu Nacional de Arqueologia, instituição basilar para a nossa identidade e memória colectiva, como um superior desígnio da política cultural nacional.
Bem hajam.
João Marques - arqueólogo
Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses