Ora então, caros amigos, não parecerá a toda a comunidade que nos lê, pelo menos pouco compreensível que um ano e pouco após o Luis Raposo ter congregado em seu torno a comunidade interveniente no mundo flutuante da cultura, quando se opôs tenazmente à extinção do MNA, ou à cedência das suas actuais instalações para instalar um pesadelo delirante, nos conformemos impassíveis, salvo raras excepções, à sua não recondução como Director do MNA, quando o seu principal opositor nesse episódio é reconduzido no cargo de Presidente do IGESPAR?
É óbvio que o delirante pesadelo não vai tornar-se realidade. Seria uma vergonha no período de contenção que atravessamos. Mas o MNA vai ser humilhado e encafuado na Cordoaria. Ou extinto.
E podem alegar a rotatividade. Todos sabemos que ela não existe, senão na aparência das siglas e insígnias.
Quem estará na fila para ocupar o cargo e presidir ao ofício da imolação?
Por onde andam os intelectuais dos partidos da actual governação que subscreveram petições atrás de petições e publicaram manifestos?
Luis Raposo é agora lançado só e por sua conta aos lobos.
Eu, por mim, não consigo reprimir a minha indignação.
E sei que a questão do MNA não é propriamente um tema de arqueologia. Mas seria um absurdo nomear o Senhor Catroga, com o seu valor de mercado, Director do MNA. Embora abrisse excelentes expectativas de negócios para a arqueologia, como administrador da EDP.
Apetece-me por vezes gritar: Acabem de vez com a cultura! Porque a cultura é uma obscenidade!
E solicito à Administração desta lista: Cancelem, por favor, a inscrição de membros anónimos. Eu, que estive sujeito a tantas críticas aqui, aqui estive sempre com o meu nome próprio.
Quem poderá saber, Senhor Arsénico, por onde andou em nebulosos períodos, se ninguém sabe quem é? Terá andado pela legião estrangeira? Era o que faltava que o Luis Raposo, para exercer o cargo de Director do MNA, tivesse quer ser avaliado pelas suas opções políticas, desde a puberdade.
Haverá ainda cultura em Portugal? Daquela que eu não consigo dissociar da cidadania e da ética cidadã?
Não meus senhores. Eu sei que tenho grandes dificuldades na expressão escrita. Não tenho o vosso talento. Sou ilegível. É necessário um dicionário de cacofonia para decifrar o que escrevo. Mas, escrevendo todavia assim, como sei e posso, respondei-me com argumentos, não com golpes de rins.
Quem quer o lugar de Luis Raposo? E o que estará disposto a fazer para o alcançar?
Sou bruto? Pois sou. Não devo nada à arqueologia nem a qualquer arqueólogo.
Devo, por honra e dignidade, um abraço solidário ao Luis Raposo.
Reitero-lhe a minha solidariedade e saberá que estarei do seu lado.
Um Abraço, Luís Raposo.
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