Confio em todas as pessoas que estão a trabalhar no nosso sindicato de Arqueologia e não quero de maneira nenhuma causar polémica.
Mas, ao analisar o nome do sindicato penso que ele deveria ter outro nome, pois acho que “Sindicato dos trabalhadores em Arqueologia” não é, se calhar, o mais adequado.
Pois, se por um lado, dá a ideia que coloca os estudantes de Arqueologia de parte, e eles também têm direito a se sindicalizar, porque, também, têm assuntos a resolver no decurso dos seus programas de voluntariado. Por outro lado, acho que o termo “trabalhador” caiu um bocado em desuso na gíria arqueológica em detrimento de outros como colaborador, coordenador, responsável, técnico de qualquer coisa…
Reparem que até o próprio patronato já não chama os trabalhadores por esse nome, prefere antes apelida-los de colaboradores. Do mesmo modo, as relações de trabalho são agora chamadas de relações de serviço havendo, assim, uma cada vez maior humanização das relações de trabalho. Esta recente mudança para a empresa de cariz humano e social reforça a dimensão humanista das competências.
Portanto, gostaria de sugerir que o nome do sindicato fosse simplesmente “ Sindicato de Arqueologia”, uma vez que o termo trabalhador caiu em desuso e assim penso que não se estabelecem diferenças entre os arqueólogos e os estudantes de arqueologia e de outras profissões, que quer pertencendo ou não a empresas, departamentos de Arqueologia, etc.. nos vão ajudando com o seu precioso e incontornável contributo.
Um bem-haja a todos,
Ana Costa
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