Perdoem de novo esta intervenção, mas encontramo-nos numa circunstância em que certas ocorrências não devem passar em claro.
Eu até talvez me encontrasse em condições de me candidatar . Todavia, após ler um detalhe, não pude deixar de me sentir revoltado.
Bom nome na praça?
A apresentação do assunto, tratando-se do recrutamento de uma equipa de trabalho, nem parece muito cordial. Cita-se uma empresa pública e uma entidade privada à qual o trabalho foi adjudicado, ou encomendado, ou que foi seleccionada por concurso público. Mas ficamos sem saber de que empresa pública se trata, qual a natureza dos trabalhos, qual o enquadramento. Enviar um mail com a indicação simples de que estão interessados. Em quê?
Nas circunstâncias actuais, talvez fosse oportuno vigiar mais um pouco as palavras. Uma empresa pública requer aos trabalhadores que recruta, directa ou interpostamente, bom nome na praça? Haverá empresa pública que tenha bom nome na praça?
Não. A arrogância e a leviandade não caem bem. Numa conjuntura em que os portugueses pagam tragicamente as obscenidades das empresas públicas.
Perdoem. Talvez isto não tenha nada que ver com Arqueologia. Mas tem que ver com a revolta que pessoalmente sinto, quando vejo a dignidade dos trabalhadores assim ser tratada.
Poderá haver quem não se sinta. A necessidade, infelizmente, sobrepõe-se e é fácil jogar com ela. Mas eu sinto-me, por mim e pelos outros.
Era o que mais faltava!
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