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Re: [Archport] IGESPAR: Portal do Arqueólogo

Subject :   Re: [Archport] IGESPAR: Portal do Arqueólogo
From :   Rui Boaventura <boaventura.rui@gmail.com>
Date :   Mon, 7 May 2012 12:07:11 +0000

O avanço para o o acesso digital é de facto um passo que se aguardava há já algum tempo. E apenas se deseja sucesso e eficiência, pois é/será um instrumento fenomenal.

No entanto a virtualidade desta nova condição é também um grande calcanhar de Aquiles, que se experimenta e discute noutros foruns. A questão arquivística e o grau de preservação de relatórios digitais.

Pessoalmente continuo defensor que uma master-copy em papel com imagens de qualidade deve ser sempre obrigatória e depositada para depósito legal. As duas décadas em que tenho estado envolvido em investigações arqueo-arquivisticas têm demonstrado que apesar de carcomido e amarelecido, o suporte de papel permitiu salvaguardar informação por muitos anos.

Ora quantos de nós não tiveram meltdowns do computador, e outros aparelhos digitais - e a recuperação, mesmo quando há backups nem sempre é a melhor?

Rui

2012/5/7 <antoniovalera@era-arqueologia.pt>
Há muito que advogava uma solução do género. É aberrante que tanta coisa possa ser tratada online (finanças, segurança social, procedimentos bancários, projectos FCT, projectos Gulbenkian, etc, etc. etc.) e a relação borucrática com o Igespar ainda se mantenha ao nível do papel e do correio tradicional.
Mas seria bom que alguas coisas se acautelassem e outras não ficassem por meias medidas. Dois aspectos a considerar:

- relativamente a relatórios:

a) espero que quando se referem a relatórios entregues pensem em relatórios entregues aprovados;
b) como vão ser tidas em linha de conta as questões dos direitos de autoria? É o relatório considerado publicação e a sua informação de livre utilização (com natural citação)?
c) a entrega de relatórios vai simultaneamente continuar a ser feita em papel ou finalmente vamos também começar a economizar (papel, tinta e espaço) também aí?

- relativamente à base de dados

a) porque não autorizar que os arqueólogos registados possam preencher a própria base de dados de sítios, ficando a informação introduzida sujeita a valização por técnicos do Igespar. Em vez de estarmos sempre a enviar a Ficha de Sítio em papel ou formato digitalizado e estar um técnico do Igespar a introduzir toda essa informação. Seria uma tarefa distribuída por todos e caberia ao Igespar validar, ou alterar o que estivesse mal antes dessa validação. Creio que a introdução de dados não é uma tarefa de grande complexidade e que está ao alcance de qualquer um. Seria uma forma de responsabilização e simultaneamente de demonstração de confiança.

O que espero mesmo é que não se venha a ter duplicação de tarefas e documentação, em papel e on line. É que os relatórios científicos e financeiros para a FCT ou Gulbenkian, por exemplo, são só online e dispensam o papel.





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