Caro Prof. Dr. José d'Encarnação
Ilustre amigo
Continuo a pedir-lhe a publicação
de mais este texto
Os Açores têm recentemente sido
palco de uma série de “descobertas” que, pelo menos aparentemente, não se
enquadram nas explicações históricas já existentes. Como o homem é um animal
histórico, este assunto acabou por ganhar grande relevo, ao tocar esse lado da
identidade açoriana, beliscando as suas fundações.
A indiferença das autoridades
regionais levou a que alguns açorianos se socorressem de meios como, por
exemplo, este site do ARCHPORT (gentilmente disponibilizado), para ventilar as
questões mais prementes, procurando no debate de ideias o que faltou na
documentação arqueológica (recusada).
Infelizmente não surgiram os
actores certos para este papel, e o debate de ideias transformou-se num
inconsequente ataque (em alguns casos, pretensamente pessoal) sem o menor
interesse, sem a apresentação de dados relevantes, e principalmente, sem
contribuir para um primeiro alinhamento e enquadramento das questões
levantadas, que era o propósito inicial.
É para não dar continuidade a esta
situação que me recuso a responder às “indirectas” de quem nem sabe distinguir
Drummond de Frutuoso, ou ignora que a maior parte dos “vestígios” encontrados
se encontra sob vegetação cerrada, impossível de ser detectada em fotografia
aérea.
No entanto, continuo esperando
que, de outros lados, surja oportunidade para um diálogo civilizado…
Antonieta Costa