Re: [Archport] O que vem a seguir: privatizar a Torre de Belém e os
Creio que a alternativa indicada não existe: haverá privados disponíveis
para "não deixar cair" monumentos que sempre deram e darão prejuízo?
Quanto aos que não dão prejuízo (e poucos são), esses não estão a cair.
Podem em certos casos estar mal valorizados, é certo. Mas então o que
importa é qualificar o aparelho de Estado e exigir-lhe responsabilidades. Ou
seja, fazer o contrário da política actual (que já começo a pensar ser
intencional) de desqualificação do Estado e de promoção da incompetência,
provocando a saída "para a privada" de médicos, arquitectos, engenheiros e
quem sabe se no futuro. arqueólogos e gestores do património.
Dito isto, sempre quero acrescentar que admito poder em certos casos ser
vantajosa (patrimonial e economicamente falando) a adjudicada a privados de
segmentos da gestão de museus e monumentos. Mas dificilmente entenderia que
tal princípio fosse extensível à totalidade da função social que esses
recursos devem ser chamados a desempenhar. E menos ainda no caso daqueles
que de toda a evidência constituem ícones identitários nacionais e ainda por
cima são, quase todos, as "galinhas dos ovos de outro" do sistema.
Luís Raposo
----- Original Message -----
From: "Ricardo Charters d'Azevedo" <ricardo.charters@gmail.com>
To: <archport@ci.uc.pt>
Sent: Tuesday, October 16, 2012 6:27 PM
Subject: [Archport] O que vem a seguir: privatizar a Torre de Belém e os
Pois é... é mau privatizar a gestão e conservação de monumentos, mas a
alternativa é deixa-los cair e tê-los fechados ou taxar mais para
conseguir dinheiros para eles. Entre as duas soluções, o diabo escolha...
e o diabo anda á solta e segundo parece não quer (calculem !) taxar mais o
povo
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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