Re: [Archport] Homenagem a VOJ.
Title: Re: [Archport] Homenagem a VOJ.
Obrigado, Luís, um forte abraço!
Bem hajas!
Vítor
Se me permites, irei colocar este teu depoimento no facebook. Obrigado ainda!:)
On 12/11/30 14:56, "3raposos@sapo.pt" <3raposos@sapo.pt> wrote:
Como se costuma dizer, faço minhas as palavras do "orador" precedente.
Tive o privilégio de despertar para a arqueologia com o Vítor (não me atrevo a dizer "pela mão", porque seria abusivo da minha parte). Tive o privilégio de aprender a gostar de teoria (histórica, arqueológica, antropológica, sociológica, linguística... até cibernética) com o Vítor. Tive o privilégio de ser recebido, eu o "rapaz dos liceus", num grupo - o GEPP - onde o Vítor, o Jorge (Pinho Monteiro) e o próprio Francisco (Sande Lemos) pontificavam e aos quais se juntaram o Zé (Mateus), o António Carlos (Silva), o Mário (Varela Gomes), o João (Zilhão), o Luiz (Oosterbeek) e alguns outros que por lapso momentâneo de memória não estarei a recordar. Esta foi a minha arqueologia universitária, aprendida fora da Universidade. A outra, a arqueologia da vida e do terreno, foi também aprendida fora de quatro paredes. Já um dia disse que na Universidade só sinto ter tido um mestre, quer dizer uma pessoa que realmente me impressionou e fez pensar, o Padre Manuel Antunes. Fora da Universidade, tive outro, o "Mestre Zby". Poderia agora acrescentar, retrospectivamente, que mais próximo de mim, discutindo Althusser, Saussure ou Levi-Strauss, passando tardes inteiras a descrever analiticamente "calhaus", tive outro mestre, o Vitor.
Obrigado, Vitor.
Luís Raposo
Quoting Francisco Sande Lemos <sandelemos@gmail.com>:
Caro Vítor:
Infelizmente não me é possível, por imperativas razões de ordem pessoal, deslocar-me ao Porto a fim de participar nas cerimónias organizada para homenagear a tua obra em prol da Arqueologia.
Quero no entanto registar publicamente o meu apreço pela incessante actividade que desenvolveste ao longo de várias décadas, na investigação e como professor universitário, construindo e divulgando novos conhecimentos, propondo uma outra leitura mais profunda e complexa da Arqueologia. O teu afã como editor e publicista tem sido excepcional.
Recordo os trabalhos pioneiros em que estivemos juntos, há 40 anos. Lembro a descoberta das Arte Rupestre do Vale do Tejo. Ou a missão de estudo a Paris, na Primavera de 1972, onde contactámos com André Leroi-Gourhan, A. Laming Emperaire e vários outros investigadores franceses. Ou ainda as prospecções nas formações quaternárias do litoral da Extremadura (na zona de Torres Vedras) ou na costa da Arrábida. Bem como as numerosas e extensas conversas sobre Teoria, acerca do Estruturalismo então em voga, na sala do GEPP, no Museu Nacional de Arqueologia.
O teu extenso e laborioso percurso, como professor e investigador têm contribuído indiscutivelmente para o progresso da Ciência e da Cultura portuguesas contemporâneas.
Faço votos para que continues nos próprios anos, com vigor e saúde, prosseguindo o caminho que delineaste.
Um abraço amigo,
Francisco Sande Lemos
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Professor catedrático aposentado da Faculdade de Letras da UP