[Archport] Boas notícias. Porém...

[Manuel Castro Nunes <arteminvenite@gmail.com>]

Regressando pois ao tema e tentando documentar alguns tópicos omissos dele.

A semana passada ficámos todos, com toda a certeza, boqueabertos, com a esclarecida proposta de João Salgueiro, ex Vice Governador do Banco de Portugal, ex Ministro das Finanças, ex Presidente do CA da CGD, Presidente sa Associação de Bancos Portugueses, para fazer face ao drástico problema do desemprego.

Propunha o ex Ministro a solução de que ninguém se lembrara ainda. ''Por os desempregados a limpar as matas''.

Ficava sem se saber em que regime, se como assalariados do estado ou dos donos das matas. Se por conta própria.

Bem, o certo é que, no que respeita pelo menos às matas industriais, quem as suja são os seus donos.

Prova disso e agonizante vítima é esta anta, nas imediações de Cadaval, talvez, ou não, uma das que George e Vera Leisner recensearam no Concelho.

Deixo pois as fotos, recolhidas ''in situ'' há cerca de um ano.

Felizmente, os detectores de metais, se aqui chegassem, ficariam mudos e sem sinal. Mas não precisam de chegar, porque se anteciparam os eucaliptos.

Aguardam-se medidas penais contra ocorrências destas que se disseminaram por todo o país.

Quando recorro a exemplos destes, recordo sempre o tópico de referência. São Miguel da Mota, em Alandroal.

E muitos outros.

Uma política séria de salvaguarda e de valorização do património arqueológico pode fechar os olhos a esta evidência.

Mas quando se fala sobre o risco do património em ambiente florestal, continuam todos a gritar:

''Fogo!

Cortem-se as mãos aos incendiários!''

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Manuel de Castro Nunes