«A desconstrução não precisa da desconstrução», disse um dia Jacques Derrida sugerindo que, Desconstrução, este gesto e este idioma do pensamento filosófico doravante ligados ao seu nome, há-a desde sempre a operar no seio da civilização ocidental independentemente do nosso querer – como um signo da nossa incondição e como uma seta tele-po-ética apontando rumo ao porvir. Como uma promessa re-inventiva de porvir. Daí a indesconstructibilidade da Desconstrução: a imensa vulnerabilidade deste pensamento é também a sua força invencível, indesconstrutível; a sua atenção vigile ao passado a herdar, a bem herdar, não se distingue paradoxalmente de um lúcido sonhar o porvir – um pensamento que, no limite da filosofia, magnetizado por este mesmo limite, nos dá e nos apela a cada passo a repensar o re-nascimento in-finito dos saberes, tal como a sua transversalidade originária: da Filosofia e do ensino da Filosofia à Literatura, da Psicanálise às Artes e à Cultura, da Política ao Direito e aos Direitos Humanos, da Religião, à Tecnologia e à Ciência, este pensamento impossível, justo e exigente, atravessa os Departamentos de Filosofia e está hoje presente e actuante por todo o lado na Instituição e na vida. Este Colóquio – que nestes tempos de pedra se quer também um sinal de reafirmação e de resistência de uma Universidade digna do nome, bem como um sinal de esperança no futuro do pensamento, das humanidades e dos saberes – propõe-se ser um momento para o Convidados
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Com. Científica
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