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[Archport] A peça do mês de Setembro - Machado Mirense - A apresentar pelo Doutor Luís Raposo

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>, "Arqueohisp" <arqueohispania@yahoogroups.com>
Subject :   [Archport] A peça do mês de Setembro - Machado Mirense - A apresentar pelo Doutor Luís Raposo
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Tue, 16 Sep 2014 23:45:19 +0100

 

A PEÇA DO MÊS

 

O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) possui um acervo de muitos milhares, na verdade centenas de milhares, de objectos. Provêm eles de intervenções arqueológicas programadas ou de achados fortuitos, tendo sido incorporados por iniciativa do próprio Museu ou por depósito ou por doação de investigadores e coleccionadores.

Todos os períodos cronológicos e culturais, e também todos os tipos de peças, desde a mais remota Pré-História até épocas recentes, neste caso com relevo para as peças etnográficas, estão representados no MNA. Às colecções portuguesas acrescentam-se as estrangeiras, igualmente de períodos e regiões muito diversificadas.

O MNA é ainda o museu português que possui no seu acervo a maior quantidade de peças classificadas como “tesouros nacionais”.

Existe, pois, sempre motivo de descoberta nas colecções do Museu Nacional de Arqueologia e é esse o sentido da evocação que fazemos, em cada mês que passa.

 

PEÇA DO MÊS COMENTADA

Machado Mirense Nº Invº 2005.180.1

Vale da Telha, Alzejur

 

A apresentar por Luís Raposo, em 20 de Setembro de 2014 às 15h

 

 

 

machado mirense2005O Machado Mirense é uma das peças mais características, e também mais enigmáticas, da Pré-História Portuguesa. Possui uma distribuição geográfica limitada, já que se encontra somente no litoral, entre as embocaduras dos rios Sado e Guadiana, com forte concentração junto ao estuário do Rio Mira – e daí o seu nome. Pensou-se outrora que poderia datar do Paleolítico, sendo uma peça para usar na mão, tal como o biface ou o machado dessas épocas. Por isso se chama “empunhadura” ao seu cabo e “cabeça” à sua parte activa. Mas sabemos hoje que data de épocas mais recentes, podendo estender-se desde o Mesolítico até talvez à Idade do Bronze. Neste contexto, tratar-se-ia de uma ferramenta encabada, para usar em actividades agrícolas ou de marisqueiro, por exemplo, na escavação de solos lamacentos, na recolha de bivalves. Este tipo de machados agrícolas, fabricados por talhe e bojardagem da pedra, antepassados talvez do machado de pedra polida, encontram-se em quase todas as culturas do Neolítico inicial da bacia do Mediterrâneo e do resto do Mundo. Em Marrocos, são conhecidas peças muito idênticas ao machado mirense, por vezes às centenas e até aos milhares, em sítios arqueológicos do neolítico, sendo aí ligadas ao trabalho da terra e à extracção de recursos como o sal.

 

Machado mirense de tipo clássico.

Grauvaque

Alt.11cm; comp.21,5cm; esp.2,8cm

Publ: Raposo e Penalva, 1987

 

Museu Nacional de Arqueologia – Sala Bustorff. Entrada Livre

 






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