Acerca de mais um caso suscitado pela intervenção, neste fórum, de uma empresa
de Arqueologia, teceu Marco Valente mui judiciosas considerações, de que – com
a sua anuência, que agradeço – sintetizo, transcrevendo as passagens que se me
afiguram mais significativas para o assunto em questão.
Depois de reiterar a necessidade de chamar a atenção para o facto de ter
acabado
«o "status quo" que até agora se vivia de exploração
das classes trabalhadoras, sem que estas se mostrassem atentas, reivindicativas
por salários, igualdade de direitos, e respeito mútuo acabou»,
afirma Marco Valente: «Novos ventos sopram no seio da Arqueologia em Portugal e certos e
determinados tipos de atitudes malfazejas face ao Património Móvel e Imóvel,
Arqueológico, Etnográfico ou muito mais importante a todas as pessoas que
trabalham de Norte a Sul em Arqueologia (neste caso o mercado da construção
civil que, pese embora os tempos de crise em que vivemos, ainda vai sendo
aquele que absorve todos os novos colegas que se vêm assim, muitas das vezes,
lançados às "feras" sem companheiros que os defendem, nem ao menos um
"gládio" na arena, "selva" da corrupção do mercado da
construção em Portugal.»
E anuncia: «Brevemente sairá um pequeno artigo de minha autoria com a seguinte
temática: "Ética e Deontologia em Arqueologia, como retorno para a
Comunidade (relatos de uma experiência pessoal)", numa pequena publicação
de uma Associação do Espaço e Património Popular (Aldraba). Pois esta discussão
tem de ser alargada à Comunidade, a meu ver, numa perspectiva Humanista e
sempre de busca pela Verdade e Justeza de Valores, Princípios e Normas». Acrescenta: «Aliás, nesse artigo em questão - primeiro de muitos, pois enquanto
Dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia e de outras Associações
de Defesa do Património, julgo ser meu direito e dever fazê-lo - partilho da
opinião de muitos e grandes Arqueólogos portugueses, tais como Vítor Oliveira
Jorge, António Manuel Silva, Gonçalves Guimarães, etc... E sim, creio que cá por Portugal, como pelo estrangeiro deverá ser
necessário lançar a contínua discussão também acerca desta temática, pois
infelizmente, o mercado é selvagem e não vivemos uma Pax Romana nos Limites
que vamos encontrando pelo caminho.» Declara-se, por
fim, «sempre disponível para a fundamentada e calorosa discussão
acerca desta, como de outras temáticas», identificando-se como «um Arqueólogo continuamente
aprendiz, que já tem às costas centenas de horas extra a haver [enquanto era
Técnico de Arqueologia] de muitas das pseudo-empresas, que muitas das vezes
basta apenas ficarem a dever o primeiro mês, aos incautos que têm o infortúnio
de nelas humildemente confiar». Regozijo-me, pois, com a criação do Sindicato dos Trabalhadores de
Arqueologia, pois será no seu seio, nomeadamente na página que tem no facebook - https://www.facebook.com/STARQueologia -
e no blogue sindicatodearqueologia.blogspot.com/ que
toda essa discussão de âmbito profissional virá a ser mui louvavelmente
desenvolvida. J.
d’E.
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