Bom, como ainda não sou doutorado, já não vou poder "dar o meu input" para o "output" final. Mas, do "bottom up", deixo aqui a pergunta: para que servirá este "instrumento bibliométrico", agora que o processo de avaliação vai a meio? Tarde piaste, FCT - ou melhor dito, you chimed in too late.
Em 15 de Set de 2014 14:44, <antoniovalera@era-arqueologia.pt> escreveu:
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> Eis uma boa notícia:
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> Nos últimos anos, a análise bibliométrica da produção científica tem vindo a ganhar peso em processos de avaliação individual e institucional, como instrumento para a aferição de produtividade e impacto. Esta é, obviamente, uma análise que permite gerar indicadores quantitativos, não substituindo análises de qualidade de cada uma das publicações.
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> Os instrumentos bibliométricos têm sido alvo de crítica na avaliação da produção em Ciências Sociais e Humanidades, uma vez que as bases de dados tradicionalmente mais utilizadas (Web of Science e Scopus) cobrem muito insuficientemente a produção nestes domínios, não refletindo de forma significativa os outputs reais nestas áreas. Acresce que estas bases de dados incluem poucas publicações nas línguas nacionais – para além do inglês – o que também contribui para uma anulação de alguns indicadores de produção já que, em algumas disciplinas, a produção nas línguas nacionais é relevante e tem impacto mais elevado do que a publicação em inglês.
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> Conscientes destas limitações, alguns países têm vindo a promover a construção de instrumentos alternativos para avaliação da produção científica em Ciências Sociais e Humanidades. Na Noruega, foi desenvolvido um procedimento que permitiu uma cobertura quase total da produção científica.
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> A Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em articulação com a Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), à semelhança do que tem vindo a ser feito em outros países, pretende implementar um sistema de recolha da produção científica em Ciências Sociais e Humanidades, inspirado no modelo norueguês, mas construído a partir do input dos investigadores.
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> Espera-se que, através deste projeto se obtenha, por um lado, o registo de produção científica em Ciências Sociais e Humanidades e, por outro lado, o desenvolvimento de um instrumento que permitirá extrair um indicador de publicação adequado a estas áreas.
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> Neste sentido, será implementado um modelo com as seguintes características:
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> 1. Lista de revistas e editoras relevantes construída a partir do input dos investigadores.
> 2. Classificação das revistas e editoras em dois níveis: nível 1, englobando aproximadamente 80%, e nível 2, correspondendo aos 20% de qualidade superior.
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> A metodologia de implementação do modelo será a seguinte:
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> A. Cada investigador (que tenha respondido ao inquérito Careers of Doctorate Holders 2012 promovido pela DGEEC), receberá uma solicitação para responder a um inquérito. Este tomará como ponto de partida a listagem de revistas e de editoras de livros construída na Noruega.
> Após selecionar a sua área de investigação, cada investigador poderá adicionar ou remover revistas e editoras da lista.
> B. Os critérios de inclusão de revistas são, cumulativamente, a revisão por pares, a distribuição acessível a uma audiência vasta e relevante de investigadores e publicarem um número significativo de artigos de autores de mais do que uma instituição.
> A adição de títulos com as características indicadas é sempre aceite.
> A remoção de títulos é bloqueada sempre que uma publicação seja legitimada por pelo menos um investigador.
> C. Numa segunda fase, os investigadores receberão as listas de revistas e editoras resultantes da primeira inquirição e serão convidados a identificar as que pertencem aos 20% mais relevantes, isto é, aquelas que são consideradas pela comunidade científica como mais prestigiadas na sua área e que publicam trabalhos de excelente qualidade.
> D. Na terceira fase, a pontuação atribuída no modelo Norueguês a cada publicação em função do canal e do nível é enviada para o universo de respondentes da 2.ª inquirição. Esta classificação irá ser analisada e a pontuação final a atribuir a cada publicação será a que reunir maior consenso entre investigadores.
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> Para que esta metodologia bottom-up seja viável, é fundamental que todos os investigadores respondam ao inquérito, sob pena de não se obter uma amostra suficientemente representativa.
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> Este trabalho está a ser coordenado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em articulação com o Conselho Científico das Ciências Sociais e Humanidades e a seguinte equipa:
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> João Costa (FCSH-Universidade Nova de Lisboa) (coord.)
> António Feijó (Universidade de Lisboa)
> Cláudia Sarrico (ISEG – Universidade de Lisboa)
> Isabel Capeloa Gil (Universidade Católica Portugesa)
> Manuel Carmelo Rosa (Fundação Calouste Gulbenkian)
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> António Carlos Valera
> Direcção do Núcleo de Investigação Arqueológica - NIA
> ERA Arqueologia SA.
> Cç. de Santa Catarina, 9C,
> 1495-705 Cruz Quebrada - Dafundo
> antoniovalera@era-arqueologia.pt
> www.era-arqueologia.pt
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