“Na rearrumação que está em curso na reserva do Museu de Conimbriga foi localizada uma peça que parece merecer uma atenção especial: trata-se de uma concha de vieira (Pecten Maximus), apresentando perfurações nos apêndices basais.
Estamos certamente perante um símbolo de um peregrino de Santiago de Compostela.
A peça, encontrada em escavações realizadas em 1973, provém da basílica paleocristã de Conimbriga, muito provavelmente de um dos enterramentos localizados à volta do edifício, pelo que é provável que esse peregrino tenha encontrado em Conimbriga o fim da sua peregrinação.
Sabemos, graças a um programa de datações sobre Conimbriga que foi levado a cabo pelo Laboratório de Radiocarbono do Instituto Tecnológico e Nuclear de Sacavém, que a necrópole à volta da basílica de Conimbriga esteve principalmente em uso entre o século VIII e XII da nossa era.
Podemos portanto recuar a essas datas a ligação de Conimbriga aos caminhos de Santiago, que é hoje tão evidente graças aos peregrinos atuais”.
(Texto de Doutor Virgílio Hipólito Correia, Diretor do Museu Monográfico de Conimbriga)
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