Re: [Archport] [Histport] Morreu João Saavedra Machado
Title: Re: [Archport] [Histport] Morreu João Saavedra Machado
Conheci-o pessoalmente e privei com ele quando trabalhei no museu (sala do GEPP) em 1971 e 1972.
Gostei muito dele e guardo uma grata recordação.
Vítor Oliveira Jorge
On 17/10/14, 13:26, "Rui Boaventura" <boaventura.rui@gmail.com> wrote:
Não conheci Saavedra Machado, mas ao longo dos anos li e reli o que escreveu acerca do Museu Nacional de Arqueologia, tendo por isso um grande respeito e consideração pelo seu contributo, que terá passado, inclusive, pela direcção interina daquela instituição.
Um bem haja à sua memória.
Rui
2014-10-17 10:04 GMT+01:00 <3raposos@sapo.pt>:
Morreu João Saavedra Machado
Aos 82 anos de idade morreu no último Domingo o Dr. João Loureiro Saavedra Machado, que foi, durante largos anos, um dos mais activos técnicos do Museu Nacional de Arqueologia, sendo autor, entre muitos outros trabalhos de arqueologia e história, do monumental volume monográfico Subsídios para a História do Museu Etnológico do Dr. Leite de Vasconcelos, actual Museu Nacional de Arqueologia. Lisboa (1965). Este estudo, denso e rico de informações, que ainda hoje é imprescindível para o conhecido da história do Museu, foi inicialmente publicado, por imposição do director da altura, Manuel Heleno, como suplemento a um grosso volume de O Arqueólogo Português, de que constitui afinal a quase totalidade, mas conheceu subsequentemente edição separada, que é ainda possível encontrar no mercado alfarrabista.
Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa, Saavedra Machado foi também o fundador e primeiro director (entre 1972 e 1987) do Museu da Nazaré (Museu Joaquim Manso), terra onde viveu até ao seu falecimento. Foi dirigente do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia e em 1988 foi eleito para Académico Correspondente Nacional da Academia Nacional de Belas Artes.
Costuma dizer-se que as pessoas apenas morrem quando delas nos esquecemos. E sendo assim, Saavedra Machado continua vivo, não obstante o tempo, seguramente demasiado e injusto que passou à distância do “seu” Museu de Belém, que tanto amava. Continua vivo porque, mesmo quem com ele não conviveu ou nem sequer o conheceu, não pode deixar de se curvar perante a gratíssima memória que deixa na Casa Centenária que, em tempos especialmente difíceis ajudou a construir.
Bem-haja e que “repouse em paz” (requivit in pacem).
Luís Raposo
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Vítor Oliveira Jorge
Professor catedrático aposentado da Faculdade de Letras da UP/investigador do CEAACP