[Archport] Luís Raposo vai relfectir, na segunda-feira, sobre as crises nos museus

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SOCIEDADE PORTUGUESA DE ANTROPOLOGIA E ETNOLOGIA – SPAE (Porto)

 

Organiza a palestra, de acesso livre, por zoom

 

Dia 27 de março de 2023, 21,30 h

 

 

O pouco, o tudo e o nada quando se fala 

de património cultural…

… seguido de reflexão sobre as crises nos museus

 

por

Luís Raposo

Vice-Presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses

Membro do Conselho Executivo do ICOM

 

TEMA:

 

Afinal o que é o património cultural? Uma “‘engenharia cultural’, vasta empresa pública e privada ao serviço da qual trabalha toda uma população de animadores, comunicadores, agentes de desenvolvimento, engenheiros e mediadores culturais”, no dizer de Françoise Choay no final do século passado? Ou ainda, e “apenas”, “todas as criações do homem, independentemente do seu significado e da sua finalidade originais, na condição de testemunharem de forma evidente que resistiram à prova do tempo”, como afirmava Alois Riegl no início do mesmo século? O património pode ser “tudo”? Mas, “Quando tudo é tudo, nada é nada”. “Invenção” e “reinvenção”, “massificação”, “invasão”, “fachadismo”… de tudo se falará. E definir-se-á as condições que podem corporizar aquilo que Patrice Béghain chamou de “idade adulta do património”.

Ah, e os museus onde ficam do meio de tudo isto? Depois de tantas crises, umas genéticas, outras passadas ou ainda presentes, outras que percecionamos no futuro, fazemos museus ainda sentido? Poderão ser substituídos pelo digital – ou este é uma falsa e perigosa panaceia? E porque tem o ICOM discutido tanto a sua definição? Não será pacífico definir o que são os museus? Já neste século Steve Conn, reproduzindo um antigo saber, resumiu de forma simples o que são os museus: “Locais únicos situados na intersecção de objetos, ideias e espaço público”. Não será isto bastante?

 

Link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/99953135537