Muito bom dia!
Gostei muito de ler o desabafo sobre a arqueologia empresarial que terminou com "...resta a saudade." da Diana Santos e as seguintes respostas em apoio e defesa. Saúdo-vos.
É difícil que não toque no sentimento ler o assertivo desabafo da Diana que saúdo (não conheço) a quem estudou nas ditas melhores faculdades da europa, da tal geração mais bem preparada de sempre e os salamaleques todos que nos tentam dar para açucarar este bolo estragado que é a situação actual, com muitas bactérias e parasitas resultantes da degradação da cultura e da maçã de abril que está mais roída a cada dia que passa.
Eu aceitei trabalhar na arqueologia empresarial para aprender mais, sobretudo a escavar muito e a ter muitos contextos diferentes, desenhar e continuar o percurso. Foi muito útil mas quase sempre ruinoso.
Há muitas empresas que oferecem 50 euros por dia, já ouvi falar em 40 e outros que nem sequer pagam.Por vezes num ambiente infecto de tropa onde se destrói o património sem registo absolutamente nenhum e depois recebem prémios e grandes abraços dos governos. Debaixo dos olhos da DGPC ou mesmo da ACT, que verdade seja dita: não têm braços nem pernas e mesmo que tivessem há uma desistência e apatia que mata todas as réstias de esperança na justiça e valores. É o mercado empresarial e os lamentáveis governos eleitos pelo marketing que culpo. E a falta de escrúpulos individualmente ...e em colectivo. A apatia, o desnorte e o encolher dos braços de quem tem poder. Temos de nos unir um dia ou então vai tudo para o galheiro. Claro que é mais complexo do que isto mas tomem apenas por uma linha de desabafo. Há especialistas no assunto.
É destruir o trabalho precioso que os professores da faculdade tiveram connosco. Precioso e único. Jamais se vai repetir tal conjuntura (para utilizar o léxico na berra).
No entanto o futebol é sinónimo de ferraris e de rápido enriquecimento. Há bons atletas mas são pessoas cujo talento é dar marradas na parede e em bolas
de plástico. Nada constroem nem defendem nada. Produzem urros.
Não pretendo com isto culpar as empresas. Não conheço a Ana Resende, mas sei que é arqueóloga tal como nós, faz bons trabalhos e deve ter passado pelo mesmo.
Todos somos o que o governo nos permite ser e nos encaminha para.
Há várias empresas sérias e arqueólogos também. Mas o trabalhador ui coitado se insiste na arqueologia nunca sai do mesmo casebre a preço de palácio a fazer marmitas no pouco tempo livre como dizia uma colega minha. Os governos eleitos com o marketing é que me preocupam. O dinheiro impera sobre os valores, não que não ache importante o dinheiro mas é assim que se fazem as cousas nestes tempos infelizmente... e as vitímas são cada vez mais. A destruição do património e do saber é evidentemente mau.
Perdoem-me a falta de revisão de texto e a pressa que tive em escrever descuidando algum ponto ou outro que devia ser melhor elaborado.
Era apenas para apoiar. Força!
Muita saúde a todos sem excepção e unamo-nos!
Luís Brito Câmara