Adieu, Luis Pascoal
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Foi-se um companheiro de longuíssima jornada! E nem por saber de como a vida nele era penosa e quase meramente vegetativa nos últimos meses e até ano ou anos, fico menos aquietado dentro de mim.
Passámos uma vida juntos, sem que tivéssemos sido visitas constantes um do outro – longe disso. Mas desde que no início dos nossos “teens” despertámos para a arqueologia, fomos sempre fazendo percurso à bolina, sabendo por onde andávamos um e outro. Ele muito mais empreendedor, extrovertido e consequente nas amizades e dos deveres cívicos (recordo a missão notável que teve em Timor); eu mais reservado e acomodado a rotinas. Mas ambos amigos de punho e mão cheia.
Adieu, Luís.
E tu, Silvana, bem-hajas por teres dele sido companheira de todas as horas, sobretudo das dificílimas por que passaram ultimamente. Sabes bem como os amigos estiveram e sempre estarão contigo.
Na foto - 1970. Grupo de jovens liceais em visita a Conimbriga. O Luís Pascoal é o terceiro a contar da esquerda; e este que se assina, o último.
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