O
passamento do Dr. Luís Pascoal Conforme tive
ocasião de informar mui sucintamente esta noite, faleceu ontem, dia 3, em Chã
de Ourique, onde se encontrava internado, o Dr. Luís Pascoal, de 65 anos de
idade. Casado com a
Dra. Silvana Bessone, Directora do Museu Nacional dos Coches, tem duas filhas,
Carolina e Silvana. A todas, bem como à demais família, endereçamos mui
sentidos pêsames. Já há dez
anos que Luís Pascoal não se encontrava bem de saúde, na sequência de um
acidente cardíaco. Continuava, porém, a ser recordado com elevada estima, porque
era muito benquisto entre a comunidade arqueológica nacional. Fizera na
Sorbonne o Mestrado em Arqueologia, com uma tese na área dos estudos sobre a
chamada «cultura campaniforme», mas foi na museografia que a sua actividade
mais o notabilizou, tendo sido o curador de inúmeras exposições e o criador do
núcleo expositivo de muitos museus, tanto no Continente como nos Açores. No que se
refere concretamente a Cascais - vila com que, a par de Oeiras, Luís Pascoal
teve grande relacionamento - recorde-se que a ele recorremos quando se pensou
em fazer uma publicação de prestígio com a poesia completa do poeta árabe Ibne
Mucane e ele nos preparou, para o efeito, mui elegante maqueta, que não chegou,
porém, a ser concretizada; que nos fez o primeiro ensaio de reconstituição do celeiro
de Freiria (vide imagem anexa); e que foi a ele que, juntamente com Guilherme
Cardoso, foi entregue a tarefa de proceder ao levantamento arqueológico do
concelho de Cascais, o que seria um levantamento piloto, de acordo com a intenção
do organismo que na altura superintendia, a nível governamental, a Arqueologia.
A ideia era ensaiarem-se aqui os procedimentos mais correctos e eficazes para servirem
de modelo às cartas arqueológicas concelhias a elaborar a nível nacional. O
primeiro passo seria, por exemplo, a musealização, com a consequente abertura
ao público, da Gruta do Poço Velho. O projecto - que envolveu também o Arqui ooo O corpo do arqueólogo
que, pela sua bonomia e sempre actuante prestabilidade, cativou quantos com ele
tiveram a dita de conviver, chegará hoje, quinta-feira, pelas 17 horas, à
igreja de Laveiras (Caxias), sendo o velório até às 22.30 horas, aproximadamente.
Amanhã, dia 4, será ali celebrada missa de sufrágio e corpo presente ao
meio-dia, seguindo o féretro, às 13 horas, para o crematório de Barcarena. Que descanse
em paz! José d’Encarnação |
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