A ocupação humana mais antiga registada, até ao momento, na cidade remonta à fase final da chamada Idade do Bronze (c. 800 a.C.). A partir dessa altura, e até ao século VI a.C., os habitantes do povoado de cabanas circulares que ocupava a atual colina de Santa Maria, assistem à chegada de povos oriundos do mediterrâneo oriental, de origem fenícia, que aqui se instalam, interagindo pacificamente entre si, marcando assim o início da Idade do Ferro. Entre o século V e o III a.C., as populações culturalmente resultantes do contacto entre indígenas da Idade do Bronze e fenícios orientais, sempre sujeitas a contactos externos, continuam a habitar a colina até ao momento em que esta é, aparentemente, abandonada, durante o séc. III a.C., não servindo para os primeiros romanos a pisar o nosso território, que escolheram instalar-se numa diferente localização. Estes serão alguns dos temas abordados durante a conferência, onde se pretende apresentar à comunidade uma síntese do estado do conhecimento sobre o 1º milénio a.C. em Tavira, focando as ocupações humanas da Idade do Bronze Final, da Idade do Ferro, orientalizante e pós-orientalizante, e do período Romano Republicano.
Atividade integrada na exposição “Arqueologia em Tavira: Desvendando o Passado”, organizada pelo Museu Municipal de Tavira, com a finalidade de dar a conhecer à comunidade os resultados das várias intervenções arqueológicas que têm sido realizadas na cidade de Tavira, bem como sensibilizar para a necessidade de proteger e valorizar a herança patrimonial comum. Sessão gratuita e destinada ao público em geral. |