[Archport] Revista "Conservar Património" no 1.º quartil da Scimago

[António João Cruz <ajccruz@gmail.com>]

A revista “Conservar Património”, publicada pela ARP – Associação
Profissional de Conservadores-Restauradores de Portugal, nos últimos
dias conheceu resultados bibliométricos, relativos a 2018, que
reforçam o seu reconhecimento e a sua importância.

O indicador Citescore, o principal indicador da Scopus (da Elsevier),
continuou a tendência de melhoria que vinha de trás:

2016: 0,23
2017: 0,30
2018: 0,45.

Em termos relativos, ficou na 20.ª posição no conjunto das 65 revistas
de Conservação (percentil 71) e na 13.ª posição entre as 44 de
Museologia (percentil 70).

Semelhante trajectória foi evidenciada pelo principal indicador da
Scimago, o SJR (SCImago Journal Rank):

2014: 0,102
2015: 0,128
2016: 0,148
2017: 0,202
2018: 0,326.

Este valor de 0,326 agora obtido colocou a revista no 1.º quartil da
Scimago (Q1). Ficou na 13.ª posição entre as 74 revistas da área da
Conservação e na 8.ª posição entre as 49 revistas de Museologia. É uma
das raras revistas do 1.º quartil de qualquer uma dessas áreas que
publica artigos em idiomas diferentes do inglês. Ocupa a 7.ª posição
entre as 175 publicações portuguesas, de todos os domínios,
consideradas pela Scimago.

Criada em 2005, actualmente a revista publica-se apenas em formato
digital de acesso livre e tem periodicidade de 3 números por ano (mas
provavelmente a sua frequência passará a trimestral no próximo ano).
Aceita artigos em português, em inglês, em castelhano e em francês.
Embora os seus interesses se situem sobretudo na área da Conservação e
Restauro, de uma forma geral está interessada na defesa e valorização
do Património Cultural.

A revista está indexada em diversas bases de dados bibliográficas
internacionais, designadamnte Web of Science (Emerging Sources
Citation Index), Scopus, ERIH PLUS – European Reference Index for the
Humanities and the Social Sciences e AATA – Abstracts of International
Conservation Literature, entre outras.

A revista recebe artigos em permanência e, geralmente, a 1.ª decisão
sobre os artigos submetidos demora 1 a 2 meses. Os artigos aceites,
após a avaliação por pares e, quando é o caso, revisão com base nos
seus pareceres, são de imediato disponibilizados online, na secção de
artigos no prelo, antes de serem incluídos num número da revista e
adquirirem a sua paginação final. Por regra, o tempo entre a aceitação
e essa publicação na secção de artigos no prelo é, no máximo, de 1 mês
e os artigos, nessa ocasião, ficam logo com DOI (digital object
identifier) atribuído e um endereço estável que se mantém depois da
sua publicação final.

Obviamente que o interesse e a importância de uma revista não dependem
apenas dos indicadores bibliométricos, pois há outras formas de
reconhecimento que não se manifestam assim, mas os indicadores
bibliométricos não devem ser desvalorizados por isso, pois têm que ver
com algumas características relevantes para qualquer revista académica
ou científica (entendida esta palavra no seu sentido mais lato). Além
disso, o reconhecimento evidenciado por estes números não põe em causa
o objectivo de valorização da língua portuguesa (não obstante a
hegemonia do inglês nas bases de dados internacionais), nem o
interesse por temas portugueses que a revista tem assumido.

Mais informações sobre a revista, nomeadamente instruções para os
autores, estão disponíveis na página da revista:
http://revista.arp.org.pt. Como referi, a “Conservar Património” está
permanentemente aberta à recepção de manuscritos sobre qualquer tema
que, de alguma forma, possa interessar à Conservação e Restauro. Isso
inclui contribuições da História da Arte, da Arqueologia, da
Museologia, da Química, da Física, da Biologia e de outras disciplinas
que incidam sobre as múltiplas dimensões materiais das obras que
constituem o Património Cultural.

António João Cruz
Director da revista "Conservar Património"