A associação cultural
e científica Sociedade Portuguesa
de Antropologia e Etnologia (SPAE) promove no dia 26 de outubro de
2019, sábado, no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, duas conferências
de entrada livre e gratuita, que se iniciam às 14,30 horas e terminam, com
debate final, às 17,30 horas.
São elas (autores, títulos, resumos):
14,30 h - Maria da Luz Sampaio
O
LIMBO DO OBJETO TÉCNICO E O DESPERTAR DO OPERADOR
A aceleração
tecnológica dos últimos anos colocaram o objetos técnico como agente de mudança
social e este tornou-se um testemunho incontornável da inovação, do apetrechamento técnico com impacto, não só
nos processos industriais mas também no quotidiano de cada um de nós. Seguindo
as tendências dos trabalhos da Antropologia de Igor Kopytoff (1986 ) Lorraine
Daston, ( 2000) que estudam a cultura material a partir da biografia dos
objetos, queremos contribuir para uma reflexão sobre o papel destes objetos
enquanto valores da cultura material procurando demonstrar que não basta
considerar o caracter funcional ou a suas particularidades técnicas, temos de
ir mais longe e constatar que a sua forma foi sempre o resultado de uma composição de forças da natureza. Concebidos,
comercializados, consumidos, estes objetos acabam destruídos ou são arrumados
em armazéns ou sótão esquecidos. Entram no limbo, de onde só saem resgatados pelos
seus operadores ou por aqueles que os podem introduzir num novo ciclo de vida.
https://www.facebook.com/events/341876176643369/
A AUTORA
MARIA DA LUZ SAMPAIO
Investigadora do IHC – Instituto de história
Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa
Licenciada em História pela Universidade do
Porto; Pós-graduação em Museologia
Social (1997) Mestrado em Estudos Locais e Regionais na FLUP (2009). Doutorada
em História e Filosofia da Ciência,
especialidade Museologia pela Universidade de Évora (2015).
Em 1992 participa no projeto de investigação do Inventário do Património Industrial da cidade
do Porto. Em 1996 participa no Programa museológico e na abertura do Museu da
Ciência e Indústria do Porto. De 2000
a 2011 assume funções de Diretora do Museu da Indústria
do Porto. Responsável pela gestão de coleções, programação
e serviços educativos. Professora de História do Traje e de Museologia na
escola Artística ARVORE. Em 2014, responsável pelo curso de formação contínua "Introdução
ao Turismo Industrial" na FLUP.
Autora de livros e artigos sobre reconversão
e musealização de edifícios
industriais, museologia e património industrial, história da técnica e da
indústria. Bolseira Pos Doutoramento da FCT, membro integrada desde Setembro de
2017, no Instituto de História Contemporânea, da FSCH da Universidade Nova de
Lisboa. Atualmente, desenvolve um projeto dedicado à História do Ensino da
Engenharia em Portugal (1911-1960).
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CANTE
ALENTEJANO NA UNESCO: QUE IMPACTO? NOTAS PRELIMINARES DE UM TRABALHO EM CURSO
Cinco anos passados sobre a inscrição do Cante Alentejano na Lista representativa do
património cultural imaterial da UNESCO (2014), a Câmara Municipal de Serpa
encomendou um relatório sobre o impacto desta inscrição
na manifestação. Após breve
caracterização histórica e
etnográfica desta prática, serão partilhados os primeiros resultados deste
relatório, o qual será produzido durante o ano de 2019.
https://www.facebook.com/events/2253844531555449/
O AUTOR
PAULO LIMA
Antropólogo (INET-MD, UNL). Participou em
diversas candidaturas à UNESCO com pedidos de inscrição
de manifestações do património cultural imaterial de Portugal e Cabo Verde.
Desenvolve pesquisa sobre o Campo de
Concentração do Tarrafal (Cabo
Verde).
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