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[Archport] MNA Digital Nº 68 - Maio 2020

To :   Archport <Archport@ci.uc.pt>, histport <histport@ml.ci.uc.pt>, museum <museum@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] MNA Digital Nº 68 - Maio 2020
From :   Filomena Barata <barata.filomena@gmail.com>
Date :   Thu, 30 Apr 2020 12:33:13 +0100

MNA Digital: Boletim n.º 68
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O MNA - 114 anos da sua abertura ao público no Mosteiro dos Jerónimos




Passaram este mês 114 anos sobre a data em que o Museu Nacional de Arqueologia, Doutor Leite de Vasconcelos, então designado Museu Ethnológico Português, abriu oficialmente ao público na ala oitocentista do icónico Mosteiro dos Jerónimos. No dia 22 de Abril de 1906. Um domingo. Por ocasião da realização em Lisboa de importante Congresso Internacional de Medicina. Conhecendo-se bem a personalidade de José Leite de Vasconcellos, através do que se sabe da sua vida e da leitura da sua obra, facilmente se antevê que a coincidência de datas não foi certamente obra do acaso.
 
Inaugurou o Museu o Ministro das Obras Públicas, Conselheiro Pereira os Santos. Registe-se a curiosidade de que também Bernardino Machado, o patrono político do projecto e grande apoiante do Museu (a ponto de lhe ter doado as condecorações recebidas enquanto Chefe de Estado), é o Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, quando promove, em 1893, a elaboração, assinatura e publicação do decreto de fundação do Museu. Ou seja, nestes primeiros anos de vida, o Museu está na “órbita” deste Ministério.
 
O fundador e primeiro Director do Museu, apesar de se ter afastado desde muito cedo do exercício da medicina, não deixou ser Médico, pois não se pode deixar de ser o que se é. E manteria certamente contactos com os companheiros de formação, tendo visto na realização deste Congresso uma excelente oportunidade para, em contexto de festa nacional – a inauguração de um Museu -, mostrá-lo também a um grupo de visitantes qualificados e fazedores de opinião. Muitos deles, pontos da extensa rede de contactos e de conhecimento que o fundador do Museu construiu para trazer para o Museu informações científicas e doacções de bens culturais.
 
Aliás, importa referir que este Museu regista uma marca certamente invulgar, mesmo no panorama Mundial. Para um Museu de Arqueologia. Dois dos seus três primeiros Directores são Médicos de formação de base.  Já agora José Leite de Vasconcelos foi o Director durante a Pneumónica ou Gripe Espanhola (1918-1920). Mais uma curiosidade a registar.
 
A equipa do MNA tem muito orgulho no seu fundador, na História de um Museu centenário e na sua localização absolutamente especial na cidade de Lisboa. Em Belém. No Mosteiro dos Jerónimos. Esta realidade foi, como será sempre também, como é evidente, um grande activo do Museu.
 
É a abertura ao público do Museu no Mosteiro dos Jerónimos, onde  se encontra desde 1906, apesar de todas as vicissitudes porque passou, que se assinala, com especial enfâse desde há alguns anos, no dia 22 de Abril.
 
E, porque esse orgulho é constantemente celebrado, repescamos dois textos publicados no início deste mês que mostram as marcas deste Museu.
 
Em mês de pandemia resultante da doença COVID-19, mas em Portugal, desde 1974, também mês da Liberdade, e em que se celebram algumas datas festivas na área do Património e da Cultura - Dia Internacional do Livro Infantil (2 de Abril); Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (18 de Abril); Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor (23 de Abril) – nós juntámos o dia 22 de Abril, o dia da inauguração ao publico do Museu no Mosteiro dos Jerónimos.
 
Abrimos o Boletim Digital de Abril de 2020 com dois textos, publicados muito recentemente em plataformas digitais, da autoria de dois Directores do MNA. De Luís Raposo que dirigiu o Museu entre 1996-2012 e do signatário que assumiu o cargo a partir dessa data.
 
Textos distintos, claro está, mas orientados pela mesma perspectiva: mostrar uma longa e invulgar história, de um projecto nacional, naturalmente identitário, pleno de significado e excelente plataforma de relacionamento da comunidade científica e de produção de conhecimento. Projecto em permanente movimento, sempre a olhar para o futuro.
 
É caso para dizer, no que respeita ao Museu Nacional de Arqueologia, que os seus Presente e Futuro serão sempre também o seu Passado.
 
António Carvalho
Director do Museu Nacional de Arqueologia

 

O Museu Etnológico Português no Mosteiro dos Jerónimos
 
Fez por estes dias, mais exactamente em 22 de Abril, 114 anos que o actual Museu Nacional de Arqueologia, na altura designado por Museu Etnológico Português, abriu ao público nas instalações oitocentistas dos Jerónimos, que ainda hoje ocupa.
Não foi casual esta localização. Antes resultou do ambiente existente durante a última década do século XIX, no rescaldo do Ultimatum Inglês (1890) e da Bancarrota que lhe sucedeu (1892) e da materialização consciente de uma opção política da Monarquia Liberal, reclamada também pelo Movimento Republicano.
Lembremos os factos: em 1892 o então ministro da Obras Públicas, e mais tarde duas vezes Presidente da República, Bernardino Machado, introdutor na Universidade de Coimbra dos estudos antropológicos etnográficos, escrevia curto bilhete a José leite de Vasconcelos, companheiro de cruzada científica, dizendo que tinha então condições de avançar com o “seu” projecto de museu. Compreende-se esta janela de oportunidade: o chamado pelos monárquicos mais reaccionários “governo dos bandidos”, presidido por Hintze Ribeiro, tinha acabado de tomar posse há um mês, num País em polvorosa pela “traição” do regime monárquico na cedência aos ingleses, depois da sangrenta revolta republicana do 31 de Janeiro, no Porto, entre gritos de reparação e exigência pelo brio nacional (“contra os bretões, marchar, marchar”, cantava a plenos plumões o hino que depois a República adoptou, “A portuguesa”, criado em 1890). Era a altura: o “museu do homem português” seria uma forma de dar resposta aos ímpetos patrióticos.
Leite de Vasconcelos “correu Ceca e Meca” à procurar de poiso para aquele seu museu. Escolas e conventos, foram visitados. Mas não apenas os custos de adaptação eram imensos, como sobretudo o tempo urgia: o museu tinha mesmo de ser criado imediatamente. A Academia das Ciências de Lisboa, a que ambos pertenciam e representava talvez a única instituição do Antigo Regime que passou ao Novo, e deste por todos os seguintes, até hoje, surgia como o mais óbvio. E assim foi: o então chamado Museu Etnográfico Português surgia numas salinhas da Academia, precariamente, à espera de nova casa, que aliás se impunha porque rapidamente ocupou tudo o que podia naquele local.
Onde, então, colocar esse museu que se queria grande, em colecções e em projecto político? Leite de Vasconcelos voltou ao seu calcorreio. Em manuscrito que nunca publicou (e nós ousámos desvendar a todos na sua revista centenária, O Arqueólogo Português), diz-nos até que passou catorze anos de canseiras. Mas, os ventos continuavam de feição, sobretudo desde que foi nomeado membro do Conselho Superior dos Monumentos Nacionais.
Primeiro, haveria que dar à “coisa” o nome que devia ter, no sentido científico total, e também político: Museu Etnológico e não Etnográfico, porque assim se inclua dentro dele a Etnografia, a Arqueologia e a Antropologia Física. Um museu completo, portanto.
Depois, o local…
Bom, discutia-se vivamente no final de oitocentos que destino dar às “casas novas” dos Jerónimos, que estavam ainda em curso de recuperação (depois do colapso dramático da sua torre e anexos centrais, ocorrido em 1878 (a qual Ramalho, em todo o caso, insensível à tragédia, dizia que tinha caído de vergonha), mas poderiam ser já ocupadas, depois da extinção dos museus do fontismo, que ali existiram e deixaram nalguns casos (Museu da Indústria e Comércio) vitrinas e armários operáticos (aproveitados, aliás, por Leite de Vasconcelos). Mister seria ocupá-las com instituições nacionais de grande referência e até simbolismo: Arquivo Nacional (Torre do Tombo), Arquivo e Museu dos Descobrimentos; Museu de Belas Artes… Mas não, nenhum destas utilizações seria compatível, ou por razões técnicas (conservação dos documentos, por exemplo) ou por razões políticas (a celebração dos Descobrimentos aparecia como demasiado reduzida e algo desfocada para o que se pretendia em termos patrióticos).
É neste contexto que se imagina o impacte imenso que o “sábio” terá tido no dito Conselho Superior dos Monumentos Nacionais, quando aí entrou. Não lhe foram precisos mais do que meses para convencer todos quanto ao uso a dar àquelas instalações oitocentistas dos Jerónimos, anexas ao principal e mais emblemático monumento português: dedicá-las à narrativa do “ser português”. Mas não no sentido mais óbvio, o nacionalista, o do Estado medieval que só consolidou verdadeiramente nos alvores da Idade Moderna. Não, Leite de Vasconcelos não era nacionalista: era patriótico e acima de tudo progressista, como na altura o termo podia ser usado, ou seja, acreditava no progresso trazido pela ciência. O que Mestre Leite queria era, pois, registar o “ser português” no sentido mais profundo do ser da terra assim dita nos últimos séculos, mas sobretudo da Finisterra europeia que pertenceu a todos os que nos sucederam, num arco longuíssimo que vai desde as origens até aos usos e costumes contemporâneos.
É assim que em 1900 foi tomada a decisão da entrega dos espaços oitocentistas dos Jerónimos ao Museu Etnológico Português. Sucederam-se seis longos e exasperantes anos até que pudesse aí – o ainda aqui dos nossos dias – abrir ao público. E quando o fez, já quase em República, estava para este museu destinado um futuro de grande, de enorme cometimento social: tornou-se mais visitado museu português (em termos relativos, tendo em conta indicadores como a população e a literacia, se fosse hoje, seria um museu visitado por mais de um milhão de pessoas) e passou a ser carinhosa e simplesmente conhecido por “Museu de Belém”: um local de encontro de povo e intelectuais, onde tanto se viam peças que falavam mais à inteligência dos que aos olhos (como gostava de dizer Leite de Vasconcelos), se frequentavam cursos de antropometria, de ânforas romanas… ou de educação cívica. Tudo gratuitamente, claro, porque na altura a vontade de “fazer dinheiro”, a mercantilização, ainda não tinha chegado a estes domínios da vida comum.

Luís Raposo (Director do MNA entre 1996-2012.
Aconteceu no MNA 
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
18.04.2020

Pese o confinamento vivido, na continuação do EEN (Estado de Emergência Nacional), o MNA não deixou de assinalar o dia Internacional dos Monumentos e Sítios sem um conjunto alargado de iniciativas que passaram por visitas guiadas e exposições vituais.
Poderão as mesmas ser consultadas na página do Facebook do MNA, no seu canal youtube e aqui.
Para ver no MNA
Exposições permanentes
Tesouros da Arqueologia Portuguesa
 
Coleção de ourivesaria arcaica constituída por cerca de 1.500 peças, fruto de aquisições e recolhas avulsas, das quais 600 se encontram expostas. Da coleção de joalharia antiga destaca-se um conjunto de ourivesaria Pré e Proto-histórica, um dos mais importantes em toda a Europa. Este conjunto contribui decisivamente para que o MNA seja o museu nacional com o maior número de bens classificados como "Bens de Interesse Nacional" (Tesouros Nacionais).
Antiguidades Egípcias
 
Coleção constituída por 586 peças das quais 309 se encontram expostas. O acervo é a mais numerosa colecção em Portugal e foi reunido por José Leite de Vasconcelos e pela família real, tendo sido também significativas as doações da família Palmela, Bustorff Silva e Barros e Sá. As peças expostas encontram-se distribuídas de acordo com um critério temático-cronológico desde a Pré-História à Época Copta, abrangendo um período de mais de 5.000 anos de História.
Exposições temporárias
Identidade e Cultura.
Património Arqueológico de Sharjah (EAU) 


A exposição "Identidade e Cultura. Património Arqueológico de Sharjah (EAU)" dá a conhecer a ocupação humana numa parte da Península Arábica - o território de Sharjah -, desde a Pré-História à contemporaneidade.
Numa organização da Direcção-Geral do Património Cultural/Museu Nacional de Arqueologia e da Autoridade Arqueológica de Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos (EAU), a exposição estará aberta ao público, em Lisboa, até ao final de 2020.
O conjunto de bens culturais expostos, num total de cerca de 170, integra os cedidos por Sharjah, e outros, propriedade de relevantes instituições culturais portuguesas, tais como: Direção-Geral do Património Cultural, Arquivo Nacional/Torre do Tombo, Biblioteca do Forte de São Julião da Barra/Ministério da Defesa Nacional; Academia Militar/Exército Português, Sociedade de Geografia de Lisboa, Academia de Ciências de Lisboa, bem como dos colecionadores Mário Roque e Mário Varela Gomes.





 
Religiões da Lusitânia. 
Loquuntur Saxa

 
Retomando um tema e uma perspetiva de estudo muito cara a José Leite de Vasconcelos, apresenta-se esta exposição que convida a conhecer duas tradições religiosas, Hispania Aeterna e Roma Aeterna, que se mesclam por força da Pax Romana, e que foram estudadas de forma exaustiva pelo eminente investigador e fundador do museu, dando origem a uma importante obra cientifica e literária comemorada nesta mostra expositiva.
Cornellius Bocchus.
Um Lusitano Universal


No âmbito da programação "Mostra Espanha 2019", o Museu Nacional de Arqueologia organizou com o Centro de Arqueologia de Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa, o Museo Nacional de Arte Romano e o Consórcio Ciudad Monumental de Mérida, esta exposição, visando conhecer melhor o legado romano.
Nela estão em destaque uma inscrição proveniente de Lisboa e a inscrição de Bocchus de Mérida.
Lucius Cornelius Bocchus é um cidadão romano nascido na Lusitânia, pertencente a uma família muito representada na epigrafia de Salacia (Alcácer do Sal), aceitando-se que aquela ali se tenha fixado no final da República / início do Império. Foi homenageado em várias cidades. Algumas inscrições, identificadas em centros urbanos na antiga província da Lusitânia romana e mesmo em outros pontos do Império, apresentam idêntico apelido Bocchus, mas nomeiam diferentes ascendentes paternos, referindo-se, pois, a mais do que um indivíduo.
Tributo às Gravuras do Côa

O Museu Nacional de Arqueologia, em colaboração com a Fundação Côa Parque, inaugurou a 30 de Janeiro a exposição “Tributo às Gravuras do Vale do Rio Côa” .
Esta exposição é composta por obras de artistas portugueses, nomeadamente Mário Cesariny, Graça Morais, Rui Chafes, Rui Sanches, José Pedro Croft, Manuel Zimbro, Lourdes Castro, Ângelo de Sousa, Ilda David, Pedro Proença, Pedro Calapez, entre outros, que se associaram ao movimento social que, em meados dos anos 90 do século XX, impediu a construção de uma barragem no Rio Côa que implicaria a destruição deste património.
A exposição é acompanhada por um catálogo organizado por Ana Pessoa Mesquita com textos de Pedro Proença e de Duarte Belo, também autor das fotografias.
A mostra que agora está patente no MNA foi organizada pela primeira vez pela editora Assírio & Alvim, em 1995, tendo sido inaugurada a 5 de Maio, sob o título «Artistas por Foz Côa».

 
Peça convidada: A Mão do Imperador

Escultura Romana Monumental em Bronze da Antiga Lucentum. Museo Arqueologico Provincial de Alicante


O fragmento foi encontrado em 2005, em escavações arqueológicas em Tossal de Manises (Alicante, Espanha), na área onde se localizava o portão nordeste do forum da antiga cidade romana de Lucentum.
Corresponde à mão esquerda de uma grande escultura em bronze com cerca de 2,20m, representando um personagem com trajes militares, quase certamente um imperador.
A mão segura uma espada, de que se conserva a guarda e o punho com os pomos decorados com uma águia bicéfala (duas cabeças) que olham em direções opostas.
Esta figura era desconhecida na iconografia latina, o que a torna única e sem paralelos no Império Romano.
No dedo anelar é visível um anel onde está gravado um lituus, o bastão dos sacerdotes  aúgures.
Dada a elevada qualidade artística da escultura, supõe-se que foi produzida no século I d.C., exposta num pedestal na praça do forum, ou no interior de algum edifício público civil (como o senado) ou religioso (templo, basílica, etc).
Encontrada num contexto do III d.C., momento de abandono da área, a estátua foi muito provavelmente destruída para se aproveitar o metal.

Fotografia: Arlindo Homem
 
Taça de Tróia em exposição no MNA
 
Tem estado temporariamente exposta ao público no MNA, após o que regressará, em data ainda a definir, ao Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança, a denominada Taça de Tróia, descoberta em 1814, naquele importante sítio com ocupação romana.

A peça foi apresentada ao público no dia 13 de dezembro de 2018,  no Museu Nacional de Arqueologia, na sequência da visita do Presidente da República e da Ministra da Cultura por ocasião da celebração do 125º aniversário do Museu.  Na ocasião  foram apresentados os estudos da investigação arquivística e  química efectuados, na sequência da  reidentificação da taça nas coleções da Fundação da Casa de Bragança. Foi a investigação científica realizada por Maria Teresa Caetano Aqui.  que possibilitou a reconstituição da história deste objeto, após a sua descoberta em Tróia e a sua integração na coleção de D. Fernando II.

Relembramos que a história desta taça e o seu feliz reencontro foi alvo de um artigo na National Geographic.



Desenhos  (adap.) a partir dos publicados pelo Padre Gama Xaro in “Annaes da Sociedade Archeologica  Lusitana”, Imprensa Nacional,  n º 1 ,1850, Lisboa. Aqui
 
Exposições Virtuais
 Exposições Virtuais do MNA disponíveis no Google Arts & Culture
 
O MNA é um dos 22 museus, palácios e monumentos da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) que integra o projeto "Portugal: Arte e Património", apresentado no passado dia 15 de janeiro no Museu Nacional dos Coches. Aqui 

Resultado de uma parceria entre o Google Arts & Culture e a DGPC, no âmbito do projeto Simplex+, o MNA disponibiliza, digitalmente naquela plataforma, bens culturais pertencentes ao seu acervo e exposições virtuais.

Pode agora ficar a conhecer um pouco melhor as coleções do MNA e visitar virtualmente algumas das exposições que propomos aqui.

No final do mês de Março de 2019, foi disponibilizada mais uma exposição dedicada ao «Naufrágio do San Pedro de Alcantara1786» e, em Dezembro, a exposição sobre «O Mosaico das Musas».

No passado mês de Abril, foi lançada a exposição «Lisbon Mummy Project».
Aqui


 
LOULÉ. Território, Memórias . Identidades»
 
No âmbito da exposição  «LOULÉ. Território, Memórias . Identidades» que teve lugar no Museu Nacional de Arqueologia, o Município de Loulé realizou uma mostra virtual sobre a mesma que vos convidamos a conhecer aqui.
Biblioteca



A biblioteca do Museu Nacional de Arqueologia é uma das mais importantes e mais antigas bibliotecas portuguesas (instituída pelo decreto de 24 de dezembro de 1901) especializadas em Arqueologia, possuindo igualmente um acervo significativo na área da Etnografia e da Museologia.

Conta com cerca de 23.000 monografias e 1800 títulos de publicações periódicas e uma mapoteca constituída por 1500 cartas geológicas, topográficas e diversas. 

Possui ainda coleções especiais com cerca de 2000 manuscritos, 5 incunábulos, e mais de 2000 livros antigos, 917 folhetos de literatura de cordel, cerca de 3900 registos de santos e ainda gravuras diversas. A maior parte destas coleções especiais encontra-se já catalogada e disponível na base de dados on-line.
 

Arquivo Histórico Digital

A digitalização do Arquivo Histórico do Museu Nacional de Arqueologia é uma prioridade desta Instituição. Pese ser ainda reduzida a documentação histórica digitalizada, está parcialmente disponibilizado ao público o epistolário de José Leite de Vasconcelos, o que tem maior procura por parte dos investigadores e público em geral, no Site do Museu, que pode ser consultado. Aqui .

O MNA encontra-se a trabalhar, em diálogo com a comunidade científica, no sentido de serem  disponibilizados novos núcleos documentais.

O Arquivo Histórico do Museu Nacional de Arqueologia contempla vários fundos documentais, como os arquivos pessoais dos primeiros diretores que incluem a sua correspondência e manuscritos pessoais relacionados com a sua atividade profissional. O de José Leite de Vasconcelos, de Manuel Heleno, de Sebastião Estácio da Veiga, e de antigos funcionários, para além do arquivo do Instituto Português de Arqueologia História e Etnografia, bem como algumas doações.

 

Serviço Educativo e de Extensão Cultural
O Serviço Educativo e de Extensão Cultural o Museu acolhe e promove um conjunto de atividades educativas, a exemplo de visitas orientadas e temáticas, no âmbito das exposições permanentes e temporárias. Promove outras ações de índole formativa como ateliês pedagógico-didáticos para públicos escolares e não escolares, e participa em múltiplos eventos de divulgação das atividades do Museu.
 
Pode contactar o serviço através do endereço de e-mail
malbuquerque@mnarqueologia.dgpc.pt.


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Loja

A loja do Museu Nacional de Arqueologia disponibiliza uma variada gama de produtos que obedecem aos mais elevados padrões de qualidade. 
Aqui poderá encontrar também um vasto conjunto de edições, designadamente o «Arqueólogo Português» e catálogos das exposições do MNA.


José Leite de Vasconcelos, Fotobiografia

Esta fotobiografia, publicada pela Editorial Verbo em parceria com o Museu Nacional de Arqueologia, constitui um dos elementos mais emblemáticos do programa comemorativo do 150.º aniversário do nascimento de José Leite de Vasconcelos (1858-1941), celebrado em 2008, reconhecendo assim a vida e obra de um dos mais notáveis homens de Cultura e de Ciência portugueses. José Leite de Vasconcelos licenciou-se em Medicina no Porto e doutorou-se em Filologia em Paris. Estendeu os seus estudos por várias disciplinas científicas em Portugal, contribuindo assim para delimitar o seu âmbito, mas foi nas áreas da Filologia, Etnografia, Arqueologia e Numismática e que mais se distinguiu. Fundou, em 1893, o Museu Etnográfico Português, hoje Museu Nacional de Arqueologia, que conserva o seu nome, a sua vida e a sua obra.

Esta publicação encontra-se à venda na loja do MNA. Preço: 59,90 €

Autores: Ana Cristina Martins, João Luís Cardoso e Lívia Cristina Coito


 
O Site do MNA e as Redes Sociais
O Museu Nacional de Arqueologia encontra-se representado  em outras redes sociais. Pode visitar-nos aqui:

Página do Site do MNA Aqui



Página do MNA no Facebook Aqui
Extramuros

Exposição “Lugares Encantados, Espaços de Património / Enchanted Places, Heritage Spaces”.
Museu Nacional de Etnologia, 31 janeiro a 4 outubro 2020

 

O Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, inaugurou no dia 30 de janeiro a exposição “Lugares Encantados, Espaços de Património / Enchanted Places, Heritage Spaces”.
Para esta exposição o Museu Nacional de Arqueologia cedeu seis fragmentos de talhas islâmicas provenientes de Mértola e três documentos.  A exposição estará patente ao público  de 31 de janeiro a 4 de outubro de 2020.

A Exposição é realizada no âmbito do Projecto HERILIGION (“The heritagization of religion and the sacralization of heritage in contemporary Europe” - HERA.15.033), financiado pela União Europeia, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia e é o culminar da pesquisa desenvolvida em Portugal, entre 2015 e 2019.
 
Resultando de um consórcio constituído por cinco países (Dinamarca, Holanda, Polónia, Portugal e Reino Unido), este Projeto de investigação foi desenvolvido em locais religiosos e patrimoniais desses mesmos países, e teve como objetivo compreender as consequências da patrimonialização de sítios, objetos e práticas religiosas.
 
Em Portugal o projeto incidiu sobre quatro estudos de caso – Fátima, Lisboa (Mouraria), Mértola e Sintra –, tendo a pesquisa antropológica sido assegurada por uma equipa de investigadores e bolseiros de investigação pertencentes ao Centro de Estudos Comparatistas (CEC) da FLUL e ao Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA).

Exposição temporária "Ad Aeternitatem - os espólios funerários de Ammaia a partir da coleção Maçãs do Museu Nacional de Arqueologia" no Museu Cidade de Ammaia.
 
Foi prolongada a exposição temporária "Ad aeternitatem - os espólios funerários de Ammaia a partir da coleção Maçãs do Museu Nacional de Arqueologia", no Museu Cidade de Ammaia em São Salvador da Aramenha (Marvão), estando patente ao público até 29 de junho de 2020.
Relembramos que esta exposição conta com um número significativo de peças das coleções do MNA, resultado das recolhas de António Maçãs e outras personalidades locais que se relacionaram com José Leite de Vasconcelos, bem como da doação de Delmira Maçãs ao MNA.


 

 

Cornalina alaranjada com representação de Ceres - Fides Publica
Séculos II d.C. - III d.C. 
MNA Nº Inv. AU 1208
Ammaia, São Salvador da Aramenha


 
Inauguração da Exposição Itinerante "Baçal Segundo o seu Abade»



O Museu do Abade de Baçal, em colaboração com o Museu da Terra de Miranda, inaugurou em 9 de novembro a exposição  itinerante “Baçal segundo o seu Abade”.
Para esta exposição o Museu Nacional de Arqueologia cedeu 6 bens culturais, 3 documentos e 3 fotografias do Arquivo Pessoal Leite de Vasconcelos.
Esta exposição documental, comissariada por João Carlos Garcia, retrata a passagem de Orlando Ribeiro por Bragança, os seus contactos científicos com Francisco Manuel Alves, abade de Baçal, e as suas relações com José Leite de Vasconcelos. 
A exposição “Baçal segundo o seu Abade” estará patente ao público no Museu do Abade de Baçal, em Bragança, entre 9 de novembro de 2019 e 26 de janeiro de 2020, seguindo depois para Miranda do Douro para o Museu da Terra de Miranda, entre 7 de fevereiro e 30 de abril de 2020.
"Idolos Oculados. Miradas Milenarias"
Museo Arqueologico Provincial de Alicante.
29 de janeiro a 17 de maio


O Museo Arqueologico Provincial de Alicante inaugurou a 29 de Janeiro uma exposição, comissariada por Jorge A. Soler Díaz e Primitiva Bueno Ramírez, em parceria com o Museu Arqueológico Regional da Comunidade de Madrid, sobre "Idolos Oculados. Miradas Milenarias".
Para essa mostra o Museu Nacional de Arqueologia cedeu 37 importantes bens culturais da sua colecção, como diversos ídolos, placas de xisto e vasos cerâmicos, sendo oito classificados como Bens de Interesse Nacional, ou “Tesouros Nacionais”, alguns dos quais mereceram particular destaque, a exemplo das placas de xisto antropomótficas, designadamente a proveniente de Mértola (MNA N.º de Inventário: 2006.370.1), e o ídolo oculado proveniente de Moncarapacho (MNA N.º de Inventário: 8594).

 




Ao abrigo desta colaboração entre as duas instituições, foi cedido temporariamente ao Museu Nacional de Arqueologia um fragmento de uma estátua monumental em bronze da cidade romana de Lucentum, representando a mão de um imperador que segura uma espada com o punho rematado por uma águia bicéfala.
 
Exposição “Francisco de Holanda em Évora. Nascimento de um artista humanista. 1534-1537/ 1544-1545”
Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, 28 de Dezembro
 
O Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora, inaugurou em 28 de Dezembro a exposição “Francisco de Holanda em Évora. Nascimento de um artista humanista. 1534-1537/ 1544-1545”.
Para esta exposição o Museu Nacional de Arqueologia cedeu 33 fragmentos iluminados, em pergaminho, com letras capitulares, de Francisco de Holanda.
A exposição estará patente ao público no Museu de Évora de 28 de Dezembro de 2019 a 31 de Março de 2020.
Notícias em destaque

Imprensa Nacional associou o Museu Nacional de Arqueologia  em projecto de disponibilização digital de obras
 

A Imprensa Nacional, a Editora do Estado, criou mais um projecto de serviço público, que ganhou especial relevância, no momento em que grande parte da população portuguesa está em isolamento social, devido à pandemia de COVID-19 e à declaração de Estado de Emergência Nacional.

O projecto “Livros para a Quarentena” partiu da constatação de que, por um lado, grandes sectores da população dispõem de mais tempo livre, devido às restrições de circulação impostas e à orientação de confinamento e, por outro, devem ter à sua disponibilidade, via digital, produtos culturais de inegável qualidade que a IN tem no seu catálogo e pode disponibilizar livremente.

Nesta primeira fase, trata-se de dar o acesso a obras fundamentais da Cultura Portuguesa, publicadas no âmbito da colecção “O Essencial Sobre”, bem como outras obras em versão digital

O Museu Nacional de Arqueologia aceitou o honroso convite da Direção da Unidade de Edição e Cultura da Imprensa Nacional para ser a primeira instituição a associar ao projeto, disponibilizando digitalmente algumas obras que preservam e divulgam também o essencial da memória, do património e da investigação científica, bem como as colecções do Museu.

O Arqueólogo Português, publicação periódica centenária, espécie de repositório da Arqueologia Portuguesa, uma das mais antigas e prestigiadas do género na Europa em continuidade de edição, ficou acessível aqui.

Importa recordar que o Doutor José Leite de Vasconcelos (1858-1941), o primeiro director do Museu Nacional de Arqueologia, era um autor prolixo do catálogo da Imprensa Nacional e, em 1895, logrou garantir as condições para publicar com a chancela da Editora do Estado a revista oficial do Museu, ligando assim indelevelmente as duas instituições..

No século XIX como no século XXI, em momentos mais favoráveis como em momentos especialmente difíceis, as duas instituições - Museu Nacional de Arqueologia e a Imprensa Nacional - estão juntas, partilhando o objectivo de prestar um serviço público de qualidade.

António Carvalho

Diretor do Museu Nacional de Arqueologia

Última assembleia geral do projecto EU-LAC 

Decorreu entre os dias 22 e 27 de abril, a última Assembleia-Geral do Projecto EU-LAC Museums, cujo consórcio o MNA integrou.

Devido à pandemia de covid-19, não se realizou no Museu Nacional da Costa Rica, como previsto, mas on line.


Nesta reunião, os participantes do consórcio tiveram oportunidade de fazer um balanço dos 4 anos de atividade deste projeto financiado pelo programa Horizon2020 da União Europeia.

Durante a sua duração, foi possível amplificar voz a pequenos museus comunitários de zonas tão distintas como da América Latina, Caraíbas e Europa.

O MNA foi responsável pela tecnologia e inovação para a cooperação bi-regional, comunicação e disseminação deste projeto,  tendo, para esse efeito,  desenvolvido o website oficial. Assegurou ainda a gestão das bases de dados de museus  e do património tangível e intangível.

O MNA foi ainda responsável pela criação e gestão das redes sociais, que convidamos a visitar, nomeadamente: no Facebook; no Twitter e no Youtube.

O projeto entre agora na recta final de apresentação de resultados, através de várias publicações e de uma exposição que poderá ser apresentada em Bruxelas ainda em 2020, em local a definir.

Base de dados de museus comunitários – projeto EU-LAC

O MNA, enquanto parceiro português do projecto EU-LAC-Museums - Museus e Comunidade: Conceitos, Experiências e Sustentabilidade na Europa, América Latina e Caraíbas, tem vindo a desenvolver uma base de dados de museus comunitários acessível a todos.

Atualmente conta com 101 registos de museus espalhados pelo mundo com principal destaque para os da região Europeia , das Caraíbas e da América do Sul.
Este instrumento de trabalho está disponível para consulta . Aqui

Publicação em destaque

Esta edição foi lançada em novembro de 2015, no âmbito das comemorações do 120.º aniversário do Museu Nacional de Arqueologia, em homenagem ao Doutor José Leite de Vasconcelos, seu fundador.
Figura ímpar, marcou indelevelmente a cultura e a ciência portuguesas, como homem de letras, museólogo, etnólogo, arqueólogo, entre outras atividades.
Neste âmbito realizou-se na Assembleia da República, entre janeiro e março de 2014, um ciclo de conferências, que pela elevação e abrangência justificou a sua materialização sob a forma de edição.
Com coordenação geral de António Carvalho e Luís Raposo, desfilam estudos tão pertinentes como «Mestre Leite, gigante da ciência e da cultura por amor aos Portugueses», de Pedro Roseta, «A memória de José Leite de Vasconcelos», de Guilherme d’Oliveira Martins, «José Leite de Vasconcelos, homem moderno e completo», de Simonetta Luz Afonso, «O pensamento museológico de José Leite de Vasconcelos e o programa do Museu Etnológico Português», de Luís Raposo, «José Leite de Vasconcelos archeólogo», de Carlos Fabião, «Leite de Vasconcelos, a Arqueologia e os municípios», de Santiago Macias, «Leite de Vasconcelos etnólogo», de João Leal, «José Leite de Vasconcelos: Algumas temáticas inovadoras do seu pensamento», de João Medina, «José Leite de Vasconcelos, peregrino do saber», de Luiz Fagundes Duarte, «Leite de Vasconcelos, de ilha em ilha há 90 anos», de António Valdemar e «José Leite de Vasconcelos e as Religiões da Lusitânia», de José Cardim Ribeiro.

Preço: € 10,00

No caso de querer adquirir esta obra em sua casa, saiba como através do email:
anarodrigues@mnarqueologia

 

Peça em destaque

A 18 de Maio comemora-se o Dia Internacional dos Museus. O nosso dia.
Homenageando a data, socorremo-nos da mão da Musa Urânia segurando o Globo Cósmico, sublinhando a mundividência vivida nos Museus, esses lugares de memória, mas de criação para o Futuro.

«É este o canto das Musas, que têm no Olimpo a sua morada,
as nove filhas nascidas do grande Zeus: 
Clio e Euterpe, Talia e Melpómene,
Terpsícore e Erato, Polímnia e Urânia,
e Calíope, aquela que, entre todas, desempenha o mais importante papel.
É ela a que acompanha os reis veneráveis»

Hesíodo, Teogonia, (tradução Ana Elias Pinheiro e José Ribeiro Ferreira) Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2014

Urânia era a musa da Astronomia, matemática, da Astrologia e de todas as ciências exatas.
Tem como símbolo um globo terrestre, e era representada, muitas vezes, com um compasso, numa das suas mãos.
Por vezes, aos seus pés encontram-se espalhados alguns instrumentos matemáticos.


“Mão da Musa Urânia que segura o globo cósmico”
Nº Inv. 006.355.6
Século III d.C. 
Quinta das Longas, Elvas
Fotografia; José Pessoa Localização: DDF-DGPC

Mão esquerda feminina segurando globo cósmico. O braço do qual partiria esta mão estaria em posição horizontal e terminava no bordo de uma túnica da qual se conserva o remate do tecido da manga. O globo apresenta os símbolos astrais, sol e lua em faces opostas. A posição do globo faz pensar que a figura estaria de pé, segurando o “radius” com a mão direita. Esta mão pertenceria certamente a uma representação da musa Urânia, tema frequente nos reportórios iconográficos ibéricos.
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Direção: António Carvalho
Coordenação: Filomena Barata
Edição: Ana Teresa Rodrigues; Carlos Diniz; Mário Antas Textos: Equipa técnica do MNA
Imagens: Equipa técnica do MNA; Arquivo de Documentação Fotográfica / Direção-Geral do Património Cultural (ADF/DGPC), Google Arts & Culture, Isabel Zarazúa
Copyright © 2020 Museu Nacional de Arqueologia, Todos os direitos reservados.

 
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