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[Archport] O que existia é já arqueologia...

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] O que existia é já arqueologia...
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Wed, 6 May 2020 18:50:50 +0100

         Houve por bem Maria de Magalhães Ramalho - na sequência do manifesto em que se proclamava que Arqueologia também é Cultura e que, por conseguinte, também esse domínio deveria ser alvo de apoio por parte das entidades responsáveis - escrever [24 de Abril de 2020 21:27] o seguinte depoimento, com o título em epígrafe, que distribuiu – se não estou em erro – pelos arqueólogos cujos contactos possui.

         Pareceu-me que seria de interesse fazer-me dele eco na archport, assim como do comentário que se lhe seguiu.

 

Entretanto há outra coisa que deverá  ser pensada em breve e, porventura, sujeita também a uma tomada de posição colectiva.

É necessário assegurar um processo faseado de abertura das instituições da área do património cultural (gestão central, regional e local), monumentos, sítios, museus, laboratórios, reservas, bibliotecas, arquivos etc. Para o retomar destes serviços terão de se preparar circuitos de entrada (trabalhadores e visitantes), espaços de trabalho organizados de outro modo, espaços de consulta, higienização reforçada,  cantinas e espaços para almoços dos funcionários, etc. etc.

Temos que estar atentos pois não sei se os dirigentes estão a ver o problema, se já estão a planear algo, gastos envolvidos por exemplo e se vão actuar em conformidade. Está em causa a saúde mas também a manutenção do sector em funcionamento pois depende disso a salvaguarda do património e a continuação da investigação nestas áreas.

O que vamos aceitar e o que não podemos de todo admitir?

Durante muito tempo vamos ter que viver com isto e temo que o que existia antes seja já arqueologia…

 

Partilharam Vítor de Oliveira Jorge e Maria Conceição Lopes.

Respondeu-lhe Alexandre Sarrazola [25-04-2020 00:13]:

 

Subscrevo inteiramente.

Todavia - é a minha opinião, que partilho, não tenho a pretensão de ter a razão comigo - uma iniciativa (urgente) dessa natureza resultaria mais eficaz por via de uma carta aberta (assumidamente aberta no início da missiva) dirigida ao Primeiro Ministro, à Ministra da Presidência , ao Presidente da República (e membros do Conselho de Estado), subsequentemente e de forma leal, uma vez que tal fora expresso, amplamente divulgada nos media e demais canais de informação. Isto porque no tempo que vivemos - inquietantemente antecipado pela Vivianne Forrester no seu O horror Económico de 1999, suponho - o primado do económico sobre o político, do financeiro sobre o económico e, finalmente, do especulativo sobre o financeiro, imprime uma envergadura à dimensão orçamental que se não compadece com a força relativa do Ministério da Cultura, cujo orçamento é revelador da sua debilidade relativa em sede de Conselho de Ministros.

Acresce que, como dizes, a questão extravasa as nossas capelas (sem ironia nem acrimónia) profissionais e é transversal aos direitos liberdades e garantias consagrados na Constituição e condição sine qua non para o exercício de uma cidadania salubre e democrática.

Esta mensagem tem o intuito único de dar apoio absoluto à tua posição manifestada no mail supra.

Considero é que há que pôr o espelho na frente da cara de quem a quer mostrar lavada (eleito ou nomeado). O Papa e o Conclave. Não os Bispos.

 

 

 


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