Caros Colegas,
Certamente que, todos os que trabalham em Megalitismo, se terão dado conta da publicação, no dia 25 de fevereiro, do Anúncio 29/2022, com a abertura do procedimento de classificação do Megalitismo Alentejano e que se encontra disponível na página da DGPC: uma lista por concelho, com delimitação cartográfica das áreas...
Não sei quem elaborou esta lista e a cartografia, mas a situação é, no mínimo, terrível.
Já anteriormente tinha alertado para os problemas de esta proposta avançar com base nos dados do Endovélico, sem filtros nem revisões. Sem consultar os colegas que têm trabalhado no terreno...Mas avançou...
Temos cartografados sítios que estão dados como destruídos, desde meados do século passado (e dos que eu conheço não existem mesmo), temos sítios cartografados em outras áreas.
Teremos proprietários que terão terrenos sem qualquer monumento a ser condicionado, teremos projetos aprovados com condicionantes para não sítios e, os monumentos, localizados em outros locais, a serem destruídos.
Isto não é salvaguarda do património. Isto é tentar dizer que resolvemos rapidamente um problema e, na prática, criaram-se muitos mais...
Peço a todos os que conhecem bem a localização de monumentos megalíticos que façam o esforço (porque apenas deram 15 dias para pronúncia...) de irem rever, porque o caso é, infelizmente, grave.
Com os melhores cumprimentos,
Leonor Rocha
--
Leonor Rocha
Assistant Professor, PhD.
University of Évora, School of Social Sciences
________________________________
Ciência ID: 3710-D377-7F55
Orcid: http://orcid.org/0000-0003-0555-0960