Caros Colegas,
Contrariamente a algumas vozes, creio que o assunto em epígrafe, a Classificação do Megalitismo Alentejano, se não vem resolver nada, é um primeiro passo para que algo se possa resolver. Felizmente tive a oportunidade de ceder a informação revista e georreferenciada de 4 concelhos em que trabalho, incluindo sepulcros inéditos. Nada tenho a ver com a equipa de trabalho, mas desde o primeiro minuto que me disponibilizei para ajudar nesta luta dura.
Mais que clamar para a terrível situação de se localizarem monumentos "destruídos", que como se viu no caso exemplar da Anta dos Pardais muito foi possível recuperar, era importante efectivar esta protecção e que a informação fosse vertida para os meios de gestão do Património a nível local, os PDM's, para que não suceda, ou se tente evitar, situações justamente como a Anta dos Pardais 3 onde, apesar de uma Carta Arqueológica publicada, como inúmeros problemas e ruídos no que diz respeito aos sepulcros megalíticos, e de um Museu do Megalitismo onde se enterraram 3,5 milhões de euros, se não conseguiu evitar a destruição de sepulcros de há muito conhecidos.
Assim, ajudemos todos a corrigir os problemas desta classificação, forcemos a ligação aos meios de gestão do território a nível municipal, e continuemos a rever e ajustar as localizações da nova Paisagem megalítica, pela minha parte já contribuí com a localização correcta de algumas centenas, e a identificação de várias dezenas. E vou continuar. Mas permanecerei atento, pois quantas antas classificadas como monumento nacional, até duas vezes, estão sob ameaça ... Contribuamos todos para que o nosso megalitismo possa dispor de mais meios de defesa e salvaguarda.
Apenas um apontamento, apesar de alentejano, acho pouco adequado que nos preocupemos, como país e instituições, com a salvaguarda do megalitismo alentejano. Que se promova igual iniciativa para todo o país. O Megalitismo é, sem dúvida, um dos marcos da nossa Identidade Atlântica!
Continuemos,
Rui Mataloto