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[Archport] Jornadas de Turismo Arqueológico - 17 e 18 de Junho

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>, "porras" <pporras@der.ucm.es>
Subject :   [Archport] Jornadas de Turismo Arqueológico - 17 e 18 de Junho
From :   <jde@fl.uc.pt>
Date :   Tue, 3 May 2022 15:53:55 +0100

Chamada para posters - Jornadas de Turismo arqueológico (10 de maio de 2022)

 

JORNADAS DE TURISMO ARQUEOLÓGICO

 

Grande Auditório, EsACT, Mirandela I 17 e 18 de junho 2022

 

Pensar a Arqueologia enquanto motor de desenvolvimento de uma região é um desafio que se coloca à comunidade científica, presentemente. A conjuntura política, económica e social atual apresenta imensos problemas, mas deve constituir um verdadeiro estímulo, sendo importante afirmar o papel social e agregador que a pesquisa arqueológica pode proporcionar às comunidades locais ou ao país.

Um dos assuntos que se discute em Arqueologia é o tipo de discurso utilizado para o público em geral, designadamente de como sair do hermetismo técnico-científico desta área do conhecimento e como tornar a mensagem inteligível por todos, sem perder o rigor científico. Consecutivamente, algumas das questões mais abordadas no debate científico, promovido nos últimos anos, prende-se, particularmente com: a divulgação do resultado dos trabalhos arqueológicos; a participação e integração das comunidades locais na preservação e a consciencialização do ‘seu’ património arqueológico.

Neste contexto, a Interpretação do Património Arqueológico, enquanto dinâmica processual de tradução de conteúdos, os quais decorrem de uma investigação científica, deverá assumir-se como um caminho de valorização e gestão patrimonial. A intermediação da Interpretação do Património favorece a conversão dos conteúdos científicos em participação discursiva e a exploração criativa da experiência turístico-cultural por parte dos públicos – comunidades locais e/ou visitantes.

Paralelamente, a fragilidade de algumas tipologias de vestígios arqueológicos preconiza a seleção criteriosa dos sítios passíveis de serem visitados, encaminhando, por conseguinte, para a intervenção de estratégias interpretativas, bem como o simultâneo desenvolvimento de um plano, tido igualmente como de grande relevância, que tem que ver com a integração do património arqueológico em roteiros de distintas dimensões territoriais, visando a fruição cultural de um qualquer arqueossítio por parte do público em geral. Porém, trata-se de uma questão que deverá ser longamente ponderada, pois apesar de se tratar de um direito instituído e de efetiva promoção de educação patrimonial, não deve ser posta em causa a salvaguarda dos vestígios e a sua conservação, o que pressupõe a definição de corredores discursivos de acesso condicionado ou mesmo de interdição.

Devido à natureza específica e complexa dos vestígios arqueológicos, os arqueólogos devem trabalhar em estreita colaboração com outros especialistas. A experiência multidisciplinar deverá compreender a cooperação de geógrafos, gestores do património, operadores turísticos, historiadores, antropólogos, designers, arquitetos, intérpretes, entre outros agentes de promoção turística e cultural, visando o usufruto do património arqueológico.

Tendo sempre como prioridade a conservação desses bens culturais, a experiência do serviço prestado às comunidades locais e visitantes deve expandir-se no conjunto dos museus, centros de acolhimento e centros interpretativos, ativando-se o campo das possibilidades da Interpretação do Património:  criar exposições (convencionais ou imersivas); desenhar rotas e/ou circuitos arqueológicos; incrementar oficinas de experimentação e simulação arqueológica; facilitar a prática do living history; explorar a prática de gamification (jogos de tabuleiro e jogos digitais) associados à arqueologia. Trata-se, então, de um compromisso que eleva as diferentes sinergias do território envolvente a programas interpretativos sustentáveis, entendendo-os como um produto e serviço turístico-cultural suscetível de ser capitalizado no mapa das motivações turísticas. Com efeito, a escolha de um destino turístico pode ser motivada pelo interesse em conhecer e visitar sítios arqueológicos. O Arqueoturismo ou Turismo Arqueológico, designado como ramo do Turismo Patrimonial e, por sua vez, um sub-ramo do Turismo Cultural, será, neste caso, a motivação para a deslocação dos visitantes/turistas nacionais e internacionais. O património arqueológico é, por isso, o núcleo central da visita.

Considera-se, pois, fundamental rever e continuar as investigações para ampliar o entendimento conducente à apreciação da relevância patrimonial. É igualmente adequado observar e divulgar as boas práticas que se singularizam atualmente.

No âmbito destas Jornadas de Turismo Arqueológico, reunimos um grupo de arqueólogos, cujos trabalhos e projetos de investigação abordam estas temáticas. Possibilitar-se-á a partilha de conhecimentos e de experiências sobre o modo como projetos e práticas têm triunfado nas suas regiões, em concreto no território português, partindo do binómio Arqueologia - Turismo.

 

Entidades Organizadoras

Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo – Instituto Politécnico de Bragança

CITCEM - Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» 

A chamada para POSTERS está aberta até ao dia 10 de maio de 2022. Informação disponível em:

Attachment: Call for posters JTA 2022.png
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