diplomas entregues em
coimbra
Novas Oportunidades para 1.255 deficientes
Até ao momento, 1255 pessoas com deficiências e
incapacidades já se envolveram na iniciativa Novas Oportunidades. O número
foi divulgado ontem, na Quinta da Conraria, nas instalações da Associação
de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), durante a cerimónia de entrega de
65 diplomas a formandos do Centro Novas Oportunidades (CNO) da APCC, um
dos seis centros inclusivos existentes em Portugal. Destes 65 diplomados,
seis têm deficiências e são ou já foram utentes da associação presidida
por José Mendes de Barros. Ontem, cinco receberam o certificado de
equivalência ao 9.o ano. O elemento em falta do sexteto alcançou o
12.o ano.
A iniciativa serviu para apresentar o guia
metodológico para o acesso das pessoas com deficiências e incapacidades ao
processo de reconhecimento, validação e certificação de competências -
nível básico. O trabalho para alargar o processo ao nível secundário já
está em curso. Editado pela Agência Nacional para a Qualificação, o guia
resulta de uma colaboração entre várias instituições e os seis CNO
inclusivos, visando apoiá-los na promoção da qualificação das pessoas com
deficiências e incapacidades, através da operacionalização do Referencial
de Competências-Chave de Educação e Formação de Adultos - Nível
Básico.
Na Quinta da Conraria, o Governo esteve representado por
Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade Social; Idália
Moniz, secretária de Estado adjunta e da Reabilitação; e Valter Lemos,
secretário de Estado da Educação. O CNO inclusivo da APPC engloba o
atendimento, com a necessária qualidade técnica, a cidadãos com
deficiência, acolhendo, ainda, população - todos os adultos com idade
igual ou superior a 18 anos e que não possuem o 4.o , 6.o, 9.o ou
12.o ano de escolaridade e/ou qualificação profissional - sem
qualquer tipo de deficiência, «num trabalho com resultados de partilha e
inclusão extremamente positivos».
Depois de destacar os 850 mil
portugueses adultos que se «enraizaram» nas Novas Oportunidades, o
ministro Vieira da Silva realçou as 1255 pessoas com deficiências e
incapacidades que aderiram à iniciativa. «É um número significativo, mas
terá de crescer para ser representativo e ter a capacidade de resposta que
já têm as Novas Oportunidades», admitiu o governante, antes de dizer que
esta iniciativa «é capaz de promover a igualdade». Sobre o guia
metodológico, orientado para o nível básico (9.o ano), Vieira da Silva
considerou que «torna muito mais potente a capacidade do sistema chegar a
essas pessoas».
José Mendes Barros, presidente da APCC, falou de
«um longo, duro e difícil caminho por todos aqueles que hoje [ontem] vêem
reconhecidas, validadas e certificadas as suas competências», referindo-se
à entrega dos primeiros diplomas por parte do CNO da APPC, antes de
revelar esperar «ter contribuído para o mundo competitivo e exigente em
que vivemos». Valter Lemos falou de «um acto de elementar justiça o de
conceder a oportunidade a todos os portugueses de se qualificarem», com o
secretário de Estado a manifestar o desejo que as Novas Oportunidades
contribuam para que «a procura de uma sociedade mais justa e solidária
seja uma realidade».
Fonte - http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=2020&Itemid=135
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