Notícias Dia Europeu do
Antibiótico Autoridade
europeias alertam para o consumo exagerado No Dia
Europeu do Antibiótico, que se comemorou na semana passada, a presidência sueca
da União Europeia e especialistas em saúde alertaram contra o consumo exagerado
deste tipo de medicamento, revela uma notícia avançada pela agência Lusa. O Dia
Europeu de Sensibilização para o Uso Racional do Antibiótico tem como objectivo
aumentar a consciencialização sobre a ameaça para a saúde pública da
resistência aos antibióticos e alertar para a importância do uso prudente
destes medicamentos. Durante o
seminário de arranque das celebrações europeias da efeméride, a ministra sueca
que tutela o apoio à terceira idade, Maria Larsson, revelou que "é de
importância crucial que se encoraje o uso prudente de antibióticos, de modo a
combater a resistência e salvaguardar a eficácia dos antibióticos no
futuro". Neste
seminário, foi ainda defendida a adopção de medidas que permitam o
desenvolvimento de novos antibióticos, mais eficazes do que os actuais. A direcção
do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (CEPCD) alertou, através
de um comunicado de imprensa, para "os níveis crescentes de resistência
que têm sido relatados por toda a Europa para uma série de antibióticos
essenciais", acrescentando que "o surgimento de bactérias que são
resistentes a todos os antibióticos conhecidos está directamente ligado ao uso
desnecessário destes medicamentos". De acordo
com o CEPCD, o Sistema Europeu de Vigilância da Resistência Antimicrobiana
(EARSS) demonstra também que o desenvolvimento da resistência aos antibióticos
representa uma ameaça crescente para a eficácia destes medicamentos. Ácido fólico
aumenta risco de desenvolvimento de cancro Apesar de a ingestão de ácido fólico
através da alimentação evitar muitos problemas neonatais, pode também aumentar
o risco de desenvolvimento de cancro, revela um estudo publicado no “Journal of
the American Medical Association”. Desde 1998,
muitos países decidiram começar a fortificar certos alimentos, sobretudo
farinhas, com ácido fólico (vitamina B9) com o objectivo de diminuir a
incidência de malformações do tubo neural nos fetos. Contudo, a líder deste
estudo, Marta Ebbing, revela que “a fortificação e a suplementação poderá não
ser tão segura como se pensava”. Para este
estudo, os investigadores do Haukeland University Hospital, em Bergen, Noruega,
recolheram, de dois ensaios, os dados relativos a 6.837 pacientes que sofriam
de doenças cardiovasculares. Esses dois ensaios tinham sido concebidos para
verificar se a vitamina B poderia reduzir a homocisteína, uma proteína
associada a um risco aumentado de doença cardiovascular. Nesses
estudos, que ocorreram entre 1998 e 2005, os pacientes foram divididos em
quatro grupos distintos: os que foram tratados com ácido fólico e vitaminas B12
e B6, um segundo grupo que foi tratado com ácido fólico e vitamina B12, um
outro grupo que só tomou vitamina B6 e um quarto grupo ao qual foi administrado
um placebo. Os
investigadores constataram que os pacientes que receberam ácido fólico tinham
uma probabilidade 21% maior de desenvolver cancro. Dos 341 pacientes que
receberam o ácido fólico e desenvolveram cancro, 136 morreram, o que significa
um risco de morte 38% mais elevado do que o daqueles que não tomaram ácido
fólico e desenvolveram cancro. No total,
16,1% dos pacientes que receberam ácido fólico e vitamina B12 morreram por
qualquer causa, o que aconteceu a 13,8% dos pacientes que não tomaram nem o
ácido fólico nem a vitamina B12. Suplementos de
selénio aumentam risco cardíaco Estudo
publicado no "Journal of Nutrition"Tomar suplementos de selénio pode
aumentar os níveis de colesterol e aumentar os riscos de desenvolvimento de
doenças cardiovasculares, revela um estudo publicado no “Journal of Nutrition”. O selénio é
um mineral que tem propriedades antioxidantes e que pode ser encontrado em
alguns alimentos, nomeadamente na carne, legumes e marisco. Algumas pessoas
tomam suplementos de selénio pois acreditam que este mineral reduz o risco de
desenvolvimento de cancro e de outras doenças. Para este
estudo, os investigadores da University of Warwick, no Reino Unido, avaliaram a
relação entre os níveis de selénio e a quantidade de gordura no sangue de 1.042
indivíduos com idades compreendidas entre os 19 e 64 anos. O estudo
revelou que os indivíduos com níveis de selénio no sangue superiores a 1,20
µmol / L tinham, em média, um aumento de cerca de 8% nos níveis de colesterol
total e um aumento de 10% nos níveis de colesterol LDL. Dos
participantes com os níveis mais elevados de selénio, 48,2% revelaram que
tomavam suplementos dietéticos. O líder do
estudo, Saverio Stranges, afirmou que, embora os níveis elevados de selénio no
sangue não tenham sido exclusivamente causados pela toma de suplementos
dietéticos, estes resultados representam um motivo de preocupação, dado que a
utilização de suplementos alimentares está a aumentar. Em
declarações ao sítio HealthDay, os autores do estudo referem que acreditam que
"o uso generalizado de suplementos de selénio, ou qualquer outra
estratégia que aumente artificialmente o selénio acima do nível aconselhado,
não se justifica no momento actual. No entanto, é necessária investigação
adicional para avaliar todos os efeitos do selénio na saúde”. Cancro do pulmão é
causa de morte de cada vez mais mulheres Estudo da
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto A mortalidade
por cancro do pulmão estabilizou nos homens mas aumentou nas mulheres
portuguesas, com um crescimento anual de 1,6%, revela um estudo da Faculdade de
Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Os
investigadores do Serviço de Higiene e Epidemiologia da FMUP estudaram a
evolução da mortalidade provocada por este tipo de cancro entre 1995 e 2005, em
mulheres e homens entre os 35 e 74 anos. O estudo concluiu que "a
mortalidade por cancro do pulmão em Portugal estabilizou entre os homens, mas
aumentou entre as mulheres e deverá continuar a crescer nos próximos dez
anos". O
coordenador do estudo, o investigador Nuno Lunet, explicou à agência Lusa que
esta variação entre homens e mulheres está relacionada "com diferentes
hábitos de consumo de tabaco e com uma diferente evolução nesses hábitos". "Tradicionalmente,
e ainda hoje, os homens são frequentemente mais fumadores do que as mulheres, o
que justifica taxas de mortalidade mais altas", adiantou. Por outro
lado, justificou, "há uma evolução no sentido da estabilização e até
diminuição do tabaco nos homens e o contrário nas mulheres, especialmente nas
mais jovens". Portugal
segue uma tendência observada noutros países desenvolvidos do Sul da Europa,
com declínio no consumo de tabaco nos homens e aumento nas mulheres ao longo dos
anos Meditação baixa
níveis de pressão arterial em estudantes Estudo
publicado no "American Journal of Hypertension" pressão arterial
entre estudantes universitários que praticam 20 minutos de meditação
transcendental por dia baixa consideravelmente, conseguindo estes atingir um
estado de espírito mais tranquilo, revela um estudo publicado no “American
Journal of Hypertension”. O estudo,
liderado por Sanford Nidich, da Maharishi University of Management Research
Institute, nos EUA, revelou ainda que a prática de meditação também diminuía o
sofrimento psicológico, ansiedade e depressão. No trabalho,
os investigadores avaliaram aleatoriamente 298 estudantes saudáveis, com e sem
hipertensão arterial, os quais foram colocados numa classe de meditação
transcendental ou numa lista de espera para a formação. Os estudantes, 40% dos
quais homens, tinham uma média etária de 26 anos e frequentavam universidades
da cidade de Washington. Passados
três meses, os estudantes que efectuavam meditação mostraram uma ligeira
redução da pressão arterial, enquanto os que estavam em lista de espera
mostraram, desde o início do estudo, pequenos aumentos da pressão arterial
média. Também foi
constatado que os alunos que meditavam tiveram uma maior redução de variações
de humor, ansiedade, depressão, raiva e hostilidade e uma melhor capacidade
para enfrentar as situações do dia-a-dia. Exercício físico ao
longo da vida mantém coração jovem na velhice Estudo
apresentado na reunião anual da American Heart Association prática
de exercício físico ao longo da vida ajuda os idosos a manterem o coração
saudável, revela um estudo apresentado recentemente na reunião anual da
American Heart Association, nos EUA. Na
investigação, da University of Texas Southwestern Medical Center, em Dallas,
foram avaliados adultos com mais de 65 anos, sem doenças crónicas, como
diabetes ou hiperpressão, os quais foram recrutados de um outro estudo que
tinha avaliado a actividade física semanal durante um período de 15 a 25 anos. Neste novo estudo,
os participantes foram submetidos a provas de esforço cardiopulmonar, exame de
ultra-som ao coração e vasos sanguíneos, entre outras provas destinadas a
avaliar a sua saúde cardíaca. Tal como
explicou o líder da investigação, Paul Bhella, em comunicado enviado à
imprensa, quanto mais exercício tinham feito ao longo das vidas (medido em
número de dias por semana) mais provável era terem preservado as
características de um coração jovem. Por exemplo,
os que realizaram exercício físico entre quatro a cinco vezes por semana, ao
longo da vida, tinham um benefício que rondava os 54% das características do
coração encontradas em atletas profissionais, enquanto os que faziam exercício
duas ou três vezes por semana apresentavam 42% do benefício. Os atletas
profissionais, que realizam exercício físico entre seis a sete vezes por semana
durante longos períodos, de 15 a 25 anos, mantêm 100% das características de um
coração jovem, apresentando em idades avançadas órgãos semelhantes aos de
pessoas com trinta anos. Vacina trata lesões
pré-cancerosas causadas pelo HPV Investigadores holandeses testaram a acção de uma
nova vacina contra o HPV (vírus do papiloma humano) e verificaram que esta
funciona e contribui para a regressão de lesões pré-cancerosas, revela um
estudo publicado no “New England Journal of Medicine”. Esta nova
vacina é diferente das existentes no mercado, dado que ela funciona como uma
forma de tratamento e não apenas de prevenção da doença. A neoplasia
intra-epitelial vulvar é uma doença crónica com alto risco de evolução para
cancro e está relacionada com alguns tipos de HPV, sendo o HPV-16 responsável
por 75% dos casos. A nova
vacina foi desenvolvida a partir de proteínas sintéticas semelhantes às do
HPV-16. Ao todo, os investigadores da Universidade de Leiden, na Holanda,
testaram 20 mulheres, sendo que nove apresentaram uma regressão total das
lesões e cinco relataram uma diminuição de, pelo menos, 50% do tamanho das
lesões já existentes. Ao longo de
três anos de acompanhamento, nenhuma mulher que apresentou regressão total
voltou a desenvolver a doença. Nas próximas
fases da investigação, a equipa liderada por Sjoerd H. van der Burg quer
descobrir por que razão a vacina não funcionou em todas as pacientes bem como
melhorar a acção farmacológica da vacina, de modo a verificar se funciona em
casos de cancro do colo do útero e, mesmo, noutros tumores. Vírus da gripe A sofreu mutação O Instituto
de Saúde Pública norueguês informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) de que
foi detectada uma mutação do vírus H1N1 em três pacientes. Em
comunicado enviado à imprensa, a OMS revela que os vírus foram isolados a
partir dos dois primeiros casos mortais deste tipo de gripe no país e de um
outro doente em estado grave. Os cientistas
noruegueses analisaram 70 outros casos e não foi registado "nenhum outro
sinal de mutação”, sublinhou a OMS. Também as
autoridades de saúde britânicas anunciaram, entretanto, que um novo vírus
resistente ao antiviral Tamiflu foi identificado em cinco pacientes internados
no University Hospital of Wales, em Cardiff. Citado pela BBC, fonte do Serviço
Nacional de Saúde de Gales (NPHS) acrescentou que dois dos infectados
contraíram o vírus no hospital, onde estavam a ser atendidos por outras
doenças, e sublinhou o facto de esta estirpe não parecer ser mais resistente do
que a que circula pelo Reino Unido desde Abril. Além da
Noruega, desde Abril já foram igualmente detectados casos de mutação do vírus
no Brasil, na China, no Japão, no México, na Ucrânia e nos EUA, segundo o
comunicado da OMS Novo método devolve audição a deficientes auditivo Uma nova
técnica que permite devolver a audição a doentes, independentemente do seu
nível de surdez, foi realizada pela primeira vez em Portugal, no Centro
Hospitalar de Coimbra. O novo
método terapêutico foi utilizado pela equipa do serviço de Otorrinolaringologia
do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC, EPE) e consiste num implante coclear
híbrido. Integralmente
comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde, o implante coclear híbrido vai
permitir cobrir o espectro de doentes em que outros métodos terapêuticos são
praticamente ineficazes. "Quando a surdez atinge uma determinada dimensão
em que as próteses já não conseguem ajudar, mas em que há alguma audição
impedindo o implante coclear comum, o implante coclear híbrido, que conjuga estes
dois métodos, é a solução que procurávamos", explicou à agência Lusa, o
director do serviço de Otorrinolaringologia do CHC, EPE, Carlos Ribeiro. Chá de hortelã é
tão eficaz como analgésico no alívio da dor O chá de
hortelã é tão eficaz como um analgésico no alívio da dor, revela um estudo
publicado na revista “Acta Horticulturae”. O trabalho
foi liderado pela brasileira Graciela Rocha, da Newcastle University, no Reino
Unido, e foi apresentado no International Symposium on Medicinal and
Nutraceutical Plants, recentemente realizado em Nova Deli, Índia. Em testes
laboratoriais, realizados com ratinhos, a Hyptis crenata, conhecida como “hortelã
brasileira”, mostrou-se tão eficaz a reduzir a dor como um analgésico
convencional dissolvido, a indometacina. Também foi testado o efeito placebo
através da administração de água às cobaias. No Brasil, a
planta tem sido tradicionalmente usada para tratar a dor leve, incluindo dor de
cabeça, dor de estômago, febre e dor menstrual, mas, até ao momento, nunca
tinha sido testada cientificamente. Para avaliar
a eficácia do chá de hortelã no alívio da dor, os cientistas aplicaram raios
infravermelhos quentes nas patas dos ratinhos, que respondiam lambendo
instintivamente a pata quando sentiam dor. Os roedores
que tomaram a indometacina ou o chá de hortelã demoraram mais tempo a lamber a
pata, o que indica uma maior tolerância à dor. Refere o estudo que os dois
tratamentos foram igualmente eficazes. Os
cientistas planeiam agora realizar estudos controlados com o chá em pessoas,
para estabelecer a dose recomendada. Também estão previstos mais estudos para
determinar quais os compostos farmacológicos presentes na planta que lhe
conferem as propriedades analgésicas. Vitaminas C e E
podem preservar força muscular perda de
força muscular decorrente do envelhecimento pode ser prevenida com a ingestão
de vitaminas C e E, de acordo com um estudo da University of Pittsburgh, nos
EUA, apresentado na reunião anual da Gerontological Society of America. Avaliando os
hábitos alimentares e a força muscular de mais de duas mil pessoas com 70 anos,
investigadores, liderados por Anne Newman, verificaram uma relação positiva
significativa entre a ingestão de vitamina C, encontrada principalmente em
frutas como a laranja e o morango, e de vitamina E, presente em óleos vegetais,
nozes e gérmen de trigo, com a preservação da força muscular. A média diária
avaliada foi de 144 mg de vitamina C e 11 mg de vitamina E. Contudo, os
cientistas ressalvam não terem determinado se são especificamente as vitaminas
que ajudam a manter a força muscular ou se esta é fruto de uma alimentação
saudável que engloba as vitaminas em questão nos alimentos consumidos. Por
isso, recomendam que não se tomem suplementos vitamínicos sem prescrição médica
e que se mantenha uma alimentação equilibrada e a prática de exercício físico. A força
muscular começa a declinar a partir dos 40 anos, mas reduz dramaticamente após
os 60, facto que torna as pessoas mais frágeis. É por isso importantíssimo
encontrar estratégias para retardar a perda muscular. |
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