Lista atped

Mensagem

[Atped] FW: Newsletter_ Saúde

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] FW: Newsletter_ Saúde
From :   "isabel reis" <isabelre@ci.uc.pt>
Date :   Mon, 30 Nov 2009 13:07:05 -0000

Notícias

 

 

Dia Europeu do Antibiótico

Autoridade europeias alertam para o consumo exagerado

No Dia Europeu do Antibiótico, que se comemorou na semana passada, a presidência sueca da União Europeia e especialistas em saúde alertaram contra o consumo exagerado deste tipo de medicamento, revela uma notícia avançada pela agência Lusa.

O Dia Europeu de Sensibilização para o Uso Racional do Antibiótico tem como objectivo aumentar a consciencialização sobre a ameaça para a saúde pública da resistência aos antibióticos e alertar para a importância do uso prudente destes medicamentos.

Durante o seminário de arranque das celebrações europeias da efeméride, a ministra sueca que tutela o apoio à terceira idade, Maria Larsson, revelou que "é de importância crucial que se encoraje o uso prudente de antibióticos, de modo a combater a resistência e salvaguardar a eficácia dos antibióticos no futuro".

Neste seminário, foi ainda defendida a adopção de medidas que permitam o desenvolvimento de novos antibióticos, mais eficazes do que os actuais.

A direcção do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (CEPCD) alertou, através de um comunicado de imprensa, para "os níveis crescentes de resistência que têm sido relatados por toda a Europa para uma série de antibióticos essenciais", acrescentando que "o surgimento de bactérias que são resistentes a todos os antibióticos conhecidos está directamente ligado ao uso desnecessário destes medicamentos".

De acordo com o CEPCD, o Sistema Europeu de Vigilância da Resistência Antimicrobiana (EARSS) demonstra também que o desenvolvimento da resistência aos antibióticos representa uma ameaça crescente para a eficácia destes medicamentos.

 

 

Ácido fólico aumenta risco de desenvolvimento de cancro

Apesar de a ingestão de ácido fólico através da alimentação evitar muitos problemas neonatais, pode também aumentar o risco de desenvolvimento de cancro, revela um estudo publicado no “Journal of the American Medical Association”.

Desde 1998, muitos países decidiram começar a fortificar certos alimentos, sobretudo farinhas, com ácido fólico (vitamina B9) com o objectivo de diminuir a incidência de malformações do tubo neural nos fetos. Contudo, a líder deste estudo, Marta Ebbing, revela que “a fortificação e a suplementação poderá não ser tão segura como se pensava”.

Para este estudo, os investigadores do Haukeland University Hospital, em Bergen, Noruega, recolheram, de dois ensaios, os dados relativos a 6.837 pacientes que sofriam de doenças cardiovasculares. Esses dois ensaios tinham sido concebidos para verificar se a vitamina B poderia reduzir a homocisteína, uma proteína associada a um risco aumentado de doença cardiovascular.

Nesses estudos, que ocorreram entre 1998 e 2005, os pacientes foram divididos em quatro grupos distintos: os que foram tratados com ácido fólico e vitaminas B12 e B6, um segundo grupo que foi tratado com ácido fólico e vitamina B12, um outro grupo que só tomou vitamina B6 e um quarto grupo ao qual foi administrado um placebo.

Os investigadores constataram que os pacientes que receberam ácido fólico tinham uma probabilidade 21% maior de desenvolver cancro. Dos 341 pacientes que receberam o ácido fólico e desenvolveram cancro, 136 morreram, o que significa um risco de morte 38% mais elevado do que o daqueles que não tomaram ácido fólico e desenvolveram cancro.
O presente estudo revelou também que os cancros mais associados à toma de ácido fólico foram o colorrectal, o do pulmão e o da próstata.

No total, 16,1% dos pacientes que receberam ácido fólico e vitamina B12 morreram por qualquer causa, o que aconteceu a 13,8% dos pacientes que não tomaram nem o ácido fólico nem a vitamina B12.

 

Suplementos de selénio aumentam risco cardíaco

Estudo publicado no "Journal of Nutrition"Tomar suplementos de selénio pode aumentar os níveis de colesterol e aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, revela um estudo publicado no “Journal of  Nutrition”.

O selénio é um mineral que tem propriedades antioxidantes e que pode ser encontrado em alguns alimentos, nomeadamente na carne, legumes e marisco. Algumas pessoas tomam suplementos de selénio pois acreditam que este mineral reduz o risco de desenvolvimento de cancro e de outras doenças.

Para este estudo, os investigadores da University of Warwick, no Reino Unido, avaliaram a relação entre os níveis de selénio e a quantidade de gordura no sangue de 1.042 indivíduos com idades compreendidas entre os 19 e 64 anos.

O estudo revelou que os indivíduos com níveis de selénio no sangue superiores a 1,20 µmol / L tinham, em média, um aumento de cerca de 8% nos níveis de colesterol total e um aumento de 10% nos níveis de colesterol LDL.

Dos participantes com os níveis mais elevados de selénio, 48,2% revelaram que tomavam suplementos dietéticos.

O líder do estudo, Saverio Stranges, afirmou que, embora os níveis elevados de selénio no sangue não tenham sido exclusivamente causados pela toma de suplementos dietéticos, estes resultados representam um motivo de preocupação, dado que a utilização de suplementos alimentares está a aumentar.

Em declarações ao sítio HealthDay, os autores do estudo referem que acreditam que "o uso generalizado de suplementos de selénio, ou qualquer outra estratégia que aumente artificialmente o selénio acima do nível aconselhado, não se justifica no momento actual. No entanto, é necessária investigação adicional para avaliar todos os efeitos do selénio na saúde”.

 

Cancro do pulmão é causa de morte de cada vez mais mulheres

Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto A mortalidade por cancro do pulmão estabilizou nos homens mas aumentou nas mulheres portuguesas, com um crescimento anual de 1,6%, revela um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

Os investigadores do Serviço de Higiene e Epidemiologia da FMUP estudaram a evolução da mortalidade provocada por este tipo de cancro entre 1995 e 2005, em mulheres e homens entre os 35 e 74 anos. O estudo concluiu que "a mortalidade por cancro do pulmão em Portugal estabilizou entre os homens, mas aumentou entre as mulheres e deverá continuar a crescer nos próximos dez anos".

O coordenador do estudo, o investigador Nuno Lunet, explicou à agência Lusa que esta variação entre homens e mulheres está relacionada "com diferentes hábitos de consumo de tabaco e com uma diferente evolução nesses hábitos".

"Tradicionalmente, e ainda hoje, os homens são frequentemente mais fumadores do que as mulheres, o que justifica taxas de mortalidade mais altas", adiantou.

Por outro lado, justificou, "há uma evolução no sentido da estabilização e até diminuição do tabaco nos homens e o contrário nas mulheres, especialmente nas mais jovens".

Portugal segue uma tendência observada noutros países desenvolvidos do Sul da Europa, com declínio no consumo de tabaco nos homens e aumento nas mulheres ao longo dos anos

 

 Meditação baixa níveis de pressão arterial em estudantes

Estudo publicado no "American Journal of Hypertension" pressão arterial entre estudantes universitários que praticam 20 minutos de meditação transcendental por dia baixa consideravelmente, conseguindo estes atingir um estado de espírito mais tranquilo, revela um estudo publicado no “American Journal of Hypertension”.

O estudo, liderado por Sanford Nidich, da Maharishi University of Management Research Institute, nos EUA, revelou ainda que a prática de meditação também diminuía o sofrimento psicológico, ansiedade e depressão.

No trabalho, os investigadores avaliaram aleatoriamente 298 estudantes saudáveis, com e sem hipertensão arterial, os quais foram colocados numa classe de meditação transcendental ou numa lista de espera para a formação. Os estudantes, 40% dos quais homens, tinham uma média etária de 26 anos e frequentavam universidades da cidade de Washington.

Passados três meses, os estudantes que efectuavam meditação mostraram uma ligeira redução da pressão arterial, enquanto os que estavam em lista de espera mostraram, desde o início do estudo, pequenos aumentos da pressão arterial média.

Também foi constatado que os alunos que meditavam tiveram uma maior redução de variações de humor, ansiedade, depressão, raiva e hostilidade e uma melhor capacidade para enfrentar as situações do dia-a-dia.

 

Exercício físico ao longo da vida mantém coração jovem na velhice

Estudo apresentado na reunião anual da American Heart Association prática de exercício físico ao longo da vida ajuda os idosos a manterem o coração saudável, revela um estudo apresentado recentemente na reunião anual da American Heart Association, nos EUA.

Na investigação, da University of Texas Southwestern Medical Center, em Dallas, foram avaliados adultos com mais de 65 anos, sem doenças crónicas, como diabetes ou hiperpressão, os quais foram recrutados de um outro estudo que tinha avaliado a actividade física semanal durante um período de 15 a 25 anos.

Neste novo estudo, os participantes foram submetidos a provas de esforço cardiopulmonar, exame de ultra-som ao coração e vasos sanguíneos, entre outras provas destinadas a avaliar a sua saúde cardíaca.

Tal como explicou o líder da investigação, Paul Bhella, em comunicado enviado à imprensa, quanto mais exercício tinham feito ao longo das vidas (medido em número de dias por semana) mais provável era terem preservado as características de um coração jovem.

Por exemplo, os que realizaram exercício físico entre quatro a cinco vezes por semana, ao longo da vida, tinham um benefício que rondava os 54% das características do coração encontradas em atletas profissionais, enquanto os que faziam exercício duas ou três vezes por semana apresentavam 42% do benefício.

Os atletas profissionais, que realizam exercício físico entre seis a sete vezes por semana durante longos períodos, de 15 a 25 anos, mantêm 100% das características de um coração jovem, apresentando em idades avançadas órgãos semelhantes aos de pessoas com trinta anos.

 

 Vacina trata lesões pré-cancerosas causadas pelo HPV

 Investigadores holandeses testaram a acção de uma nova vacina contra o HPV (vírus do papiloma humano) e verificaram que esta funciona e contribui para a regressão de lesões pré-cancerosas, revela um estudo publicado no “New England Journal of Medicine”.

Esta nova vacina é diferente das existentes no mercado, dado que ela funciona como uma forma de tratamento e não apenas de prevenção da doença.

A neoplasia intra-epitelial vulvar é uma doença crónica com alto risco de evolução para cancro e está relacionada com alguns tipos de HPV, sendo o HPV-16 responsável por 75% dos casos.

A nova vacina foi desenvolvida a partir de proteínas sintéticas semelhantes às do HPV-16. Ao todo, os investigadores da Universidade de Leiden, na Holanda, testaram 20 mulheres, sendo que nove apresentaram uma regressão total das lesões e cinco relataram uma diminuição de, pelo menos, 50% do tamanho das lesões já existentes.

 

Ao longo de três anos de acompanhamento, nenhuma mulher que apresentou regressão total voltou a desenvolver a doença. 

Nas próximas fases da investigação, a equipa liderada por Sjoerd H. van der Burg quer descobrir por que razão a vacina não funcionou em todas as pacientes bem como melhorar a acção farmacológica da vacina, de modo a verificar se funciona em casos de cancro do colo do útero e, mesmo, noutros tumores.

 

Vírus da gripe A sofreu mutação

O Instituto de Saúde Pública norueguês informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) de que foi detectada uma mutação do vírus H1N1 em três pacientes.

Em comunicado enviado à imprensa, a OMS revela que os vírus foram isolados a partir dos dois primeiros casos mortais deste tipo de gripe no país e de um outro doente em estado grave.

Os cientistas noruegueses analisaram 70 outros casos e não foi registado "nenhum outro sinal de mutação”, sublinhou a OMS.

Também as autoridades de saúde britânicas anunciaram, entretanto, que um novo vírus resistente ao antiviral Tamiflu foi identificado em cinco pacientes internados no University Hospital of Wales, em Cardiff. Citado pela BBC, fonte do Serviço Nacional de Saúde de Gales (NPHS) acrescentou que dois dos infectados contraíram o vírus no hospital, onde estavam a ser atendidos por outras doenças, e sublinhou o facto de esta estirpe não parecer ser mais resistente do que a que circula pelo Reino Unido desde Abril.

Além da Noruega, desde Abril já foram igualmente detectados casos de mutação do vírus no Brasil, na China, no Japão, no México, na Ucrânia e nos EUA, segundo o comunicado da OMS

 

Novo método devolve audição a deficientes auditivo

Uma nova técnica que permite devolver a audição a doentes, independentemente do seu nível de surdez, foi realizada pela primeira vez em Portugal, no Centro Hospitalar de Coimbra.

O novo método terapêutico foi utilizado pela equipa do serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC, EPE) e consiste num implante coclear híbrido.

Integralmente comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde, o implante coclear híbrido vai permitir cobrir o espectro de doentes em que outros métodos terapêuticos são praticamente ineficazes. "Quando a surdez atinge uma determinada dimensão em que as próteses já não conseguem ajudar, mas em que há alguma audição impedindo o implante coclear comum, o implante coclear híbrido, que conjuga estes dois métodos, é a solução que procurávamos", explicou à agência Lusa, o director do serviço de  Otorrinolaringologia do CHC, EPE, Carlos Ribeiro.

 

Chá de hortelã é tão eficaz como analgésico no alívio da dor

O chá de hortelã é tão eficaz como um analgésico no alívio da dor, revela um estudo publicado na revista “Acta Horticulturae”.

O trabalho foi liderado pela brasileira Graciela Rocha, da Newcastle University, no Reino Unido, e foi apresentado no International Symposium on Medicinal and Nutraceutical Plants, recentemente realizado em Nova Deli, Índia.

Em testes laboratoriais, realizados com ratinhos, a Hyptis crenata, conhecida como “hortelã brasileira”, mostrou-se tão eficaz a reduzir a dor como um analgésico convencional dissolvido, a indometacina. Também foi testado o efeito placebo através da administração de água às cobaias.

No Brasil, a planta tem sido tradicionalmente usada para tratar a dor leve, incluindo dor de cabeça, dor de estômago, febre e dor menstrual, mas, até ao momento, nunca tinha sido testada cientificamente.

Para avaliar a eficácia do chá de hortelã no alívio da dor, os cientistas aplicaram raios infravermelhos quentes nas patas dos ratinhos, que respondiam lambendo instintivamente a pata quando sentiam dor.

Os roedores que tomaram a indometacina ou o chá de hortelã demoraram mais tempo a lamber a pata, o que indica uma maior tolerância à dor. Refere o estudo que os dois tratamentos foram igualmente eficazes.

Os cientistas planeiam agora realizar estudos controlados com o chá em pessoas, para estabelecer a dose recomendada. Também estão previstos mais estudos para determinar quais os compostos farmacológicos presentes na planta que lhe conferem as propriedades analgésicas.

 

Vitaminas C e E podem preservar força muscular

perda de força muscular decorrente do envelhecimento pode ser prevenida com a ingestão de vitaminas C e E, de acordo com um estudo da University of Pittsburgh, nos EUA, apresentado na reunião anual da Gerontological Society of America.

Avaliando os hábitos alimentares e a força muscular de mais de duas mil pessoas com 70 anos, investigadores, liderados por Anne Newman, verificaram uma relação positiva significativa entre a ingestão de vitamina C, encontrada principalmente em frutas como a laranja e o morango, e de vitamina E, presente em óleos vegetais, nozes e gérmen de trigo, com a preservação da força muscular. A média diária avaliada foi de 144 mg de vitamina C e 11 mg de vitamina E.

Contudo, os cientistas ressalvam não terem determinado se são especificamente as vitaminas que ajudam a manter a força muscular ou se esta é fruto de uma alimentação saudável que engloba as vitaminas em questão nos alimentos consumidos. Por isso, recomendam que não se tomem suplementos vitamínicos sem prescrição médica e que se mantenha uma alimentação equilibrada e a prática de exercício físico.

A força muscular começa a declinar a partir dos 40 anos, mas reduz dramaticamente após os 60, facto que torna as pessoas mais frágeis. É por isso importantíssimo encontrar estratégias para retardar a perda muscular.


Mensagem anterior por data: [Atped] Fw: [Jbuc] SAIS ESSENCIAIS - JBotaniCOI 14-18DEZ09 Próxima mensagem por data: [Atped] Notícias_Os Olhares da UC
Mensagem anterior por assunto: [Atped] Fw: Museu da Ciência da Universidade de Coimbra no facebook Próxima mensagem por assunto: [Atped] Fw: Noite da Química | Poções, infusões e explosões (16 de Abril, 21H00-24H00)