Escrito por Sofia Piçarra
ratificada ontem por 140 trabalhadores Motoristas dos SMTUC mantêm greve de uma semana Apelos dos comerciantes e ?abertura ao diálogo? da administração não convenceram trabalhadores, que paralisam transportes urbanos de Coimbra O plenário de trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) sustentou a decisão do último encontro, avançando mesmo para a greve de sete dias, entre 13 e 20 de Dezembro, depois das negociações falhadas com a administração da empresa. Ontem, os 140 funcionários «ratificaram, por unanimidade, a greve, por falta de resposta do Conselho de Administração (CA)», explica o responsável do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Licínio Azedo. Os funcionários reivindicam, entre outras medidas, a actualização do sistema remuneratório aos trabalhadores com cinco menções de Bom na avaliação de desempenho, o pagamento do trabalho extraordinário no mês seguinte à sua prestação e o pagamento de subsídios de turno em 14 meses por ano, bem como a actualização dos salários com retroactivos a contar desde Janeiro de 2009, propostas que estiveram em cima da mesa em duas reuniões com o CA dos SMTUC. Nos encontros, admite Licínio Azevedo, «houve um sinal de abertura, que se traduziu na disponibilidade para dialogar e fizeram algumas propostas», mas «os trabalhadores entenderam que é uma mão cheia de nada», optando por manter os autocarros na Guarda Inglesa. Em comunicado, a administração da empresa esclarece que mandou «orçamentar para 2010 a verba correspondente ao reposicionamento remuneratório de todos os trabalhadores que tenham obtido 5 menções consecutivas de Bom, o que significaria um benefício atribuído a cerca de 218 trabalhadores», mas o sindicato responde que a medida só avançaria depois da avaliação do serviço, que só deverá estar concluída no segundo semestre de 2010. «Nada indica que antes disso o CA viesse a fazer opções no sentido da reivindicação», justifica Azedo, que refere que entretanto, os trabalhadores «perdem retroactivos e continuidade na carreira». Um funcionário que receba cerca de 850 euros mensais perde entre 140 a 175 euros todos os meses, exemplifica o responsável do STAL, garantindo que os valores «não se recuperam». Serviços mínimos garantidos Em sua defesa, os SMTUC alegam que o pagamento do subsídio de turno em 14 meses/ano «não deve ser incluído nos subsídios de Natal e Férias» por decisão do Supremo Tribunal Administrativo, e que o pagamento das horas extraordinárias «não ultrapassa um mês de atraso». A administração sustenta ainda que se tem mantido «muito atenta em relação às condições de saúde, higiene e segurança no trabalho e à formação», outra das exigências do sindicato, notando que «os trabalhadores dos SMTUC têm uma semana de 35 horas de trabalho», contra as 40 horas semanais dos funcionários da Carris e dos STCP. O CA da empresa «lamenta que o STAL não seja sensível ao período de dificuldades económicas, de desemprego generalizado, de angústia dos comerciantes pela redução das vendas, das dificuldades criadas a quem trabalha e estuda e não pode fazer greve». Durante a semana que durar a paralisação, os serviços mínimos «vão ser assegurados pelos trabalhadores que não aderirem à greve», garante Licínio Azedo, que adianta ainda a intenção de realizar uma manifestação no dia 15, entre a Guarda Inglesa e a Câmara Municipal de Coimbra (CMC), onde será entregue um caderno reivindicativo. Comércio ?vai sofrer consequências? em época de maior movimento A data escolhida para a greve dos transportes, em altura de Natal, tem motivado várias posições, quer dos comerciantes quer dos vereadores da autarquia. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC), Paulo Mendes, acredita que «a actividade económica vai sofrer consequências, particularmente em altura de Natal», que aponta como «a época de maior movimento na Baixa». Para além «dos constrangimentos na vida particular das pessoas, o comércio vai ser prejudicado», realça o responsável, que esteve em contacto com a administração dos SMTUC e sindicatos. O tema foi também alvo de prolongada análise na reunião do executivo de ontem. «A greve no período natalício põe em causa o comércio tradicional da Baixa, que está em crise significativa», sublinhou Álvaro Maia Seco, líder da bancada do PS, antes de acrescentar: «Os trabalhadores têm todo o direito a fazer greve, mas tenho de fazer um apelo a que não façam neste período sensível. Podem fazer noutro período e ter o mesmo impacto». O socialista Carlos Cidade assumiu tratar-se do «pior período para se exercer um direito legítimo», atirando «as maiores responsabilidades» para a Administração dos SMTUC e para o presidente da Câmara». Depois de entregar um memorando à vereação, Encarnação revelou que «75 por cento das demandas são ilegais», assumindo tratarem-se de «questões nacionais e não locais». «Era possível fazer uma coisa e foi feita [pagamento da presença dos formandos em regime de trabalho extraordinário e aquisição do equipamento para dar formação], mas as outras não», acrescentou, antes de constatar: «É uma greve nociva para os SMTUC, que afecta os trabalhadores e a população». 10 Dezembro Luís Barata
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