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[Atped] insónia

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] insónia
From :   "isabel reis" <isabelre@ci.uc.pt>
Date :   Fri, 11 Jun 2010 08:39:11 +0100

Insónia

Neste artigo:

- O que é insónia?
-
Causas de insónia
-
Consequências da insónia
-
Diagnóstico
-
O que fazer para acabar com a insónia?

"A insónia não é simplesmente passar a noite toda acordado, ela é definida como um sono inadequado ou de baixa qualidade. Poder ser transitória ou crónica e ter causas diversas. O tratamento da insónia irá depender do seu tipo e causa, mas existem alguns cuidados importantes que ajudam na obtenção de um bom sono."

O que é insónia?

A insónia não é definida pelo número de horas de sono ou pela dificuldade de dormir. As pessoas normalmente variam na sua necessidade e na sua satisfação com o sono. A insónia é o sono inadequado ou de baixa qualidade devido a um ou mais dos seguintes factores:

• Dificuldade para iniciar o sono;
• Acordar frequentemente durante a noite com dificuldade para voltar a dormir;
• Acordar muito cedo pela manhã;
• Sono não revitalizante.

A insónia pode causas problemas durante o dia, tais como cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade.

A insónia pode ser classificada como transitória, intermitente e crónica. A insónia por uma única noite ou por poucas semanas é chamada de transitória. Se os episódios de insónia transitória ocorrerem de tempo em tempo, a insónia é chamada de intermitente. A insónia é considerada crónica quando ocorre na maioria das noites e por um mês ou mais.

A insónia ocorre em homens e mulheres de todas as idades, embora pareça ser mais comum nas mulheres (especialmente após a menopausa) e em pessoas com 60 anos de idade ou mais velhas.

Causas de insónia

Existem muitas causas de insónia. A insónia transitória e intermitente geralmente ocorre em pessoas que estão temporariamente passando por uma ou mais dessas situações:

• Stress
• Barulho no ambiente
• Temperaturas extremas
• Mudança no ambiente
• Problemas com os horários de sono
• Efeitos colaterais de medicamentos.

A insónia crónica é mais complexa e frequentemente resulta de uma combinação de factores, incluindo distúrbios físicos e mentais. Uma das causa mais comuns de insónia crónica é a depressão. Outras causas incluem artrite, doença nos rins, insuficiência cardíaca, asma, apnéia do sono, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, doença de Parkinson e hipertireoidismo.

Entretanto, a insónia crónica pode também ser devido a factores comportamentais, incluindo o abuso de cafeína, álcool, ou outras substâncias; interrupção do ciclo sono/vigília e pode ocorrer também com mudanças no trabalho ou outras atividades nocturnas e stress crónico.

Além disso, os comportamentos a seguir podem perpetuar a insónia em algumas pessoas:

• Expectativa e preocupação com a dificuldade para dormir;
• Ingestão excessiva de cafeína;
• Ingerir bebida alcoólica antes de ir para cama;
• Fumar cigarros antes de ir para cama;
• Cochilos excessivos durante o dia;
• Horários irregulares ou interrupções frequentes do ciclo sono/vigília.

Esses comportamentos podem prolongar a existência da insónia, e podem também ser os causadores primários do problema com o sono. Parar com esses comportamentos pode eliminar a insónia.

Consequências da insónia

Uma única noite sem dormir bem já pode trazer prejuízos e quanto maior a privação do sono maior serão os efeitos da insónia. A falta do sono pode afectar múltiplos aspectos de uma pessoa, sendo a habilidade de atenção o maior deles. São frequentes os lapsos, popularmente chamados de "pescadas", durante o dia, que podem atrapalhar nas atividades diárias.

A insónia crónica é mais complexa. É frequente entre as insónias secundárias o aumento da fadiga e sonolência diurna. Entretanto, algumas pessoas com insónia crónica são muito alertas durante o dia mesmo com a diminuição das horas de sono, o que suporta a hipótese de que a insónia seja um distúrbio de hiperactividade.

Os distúrbios mais comummente associados à insónia são os psiquiátricos, entre os quais, a depressão é mais frequente. A prevalência de distúrbios psiquiátricos está em torno de 40 a 50%. É tradicionalmente aceito que a insónia seja secundária aos distúrbios psiquiátricos, mas em alguns casos a insónia pode preceder o distúrbio psiquiátrico.

As pessoas com insónia apresentam maiores taxas de faltas na escola e trabalho, acidentes, diminuição da produtividade, diminuição da qualidade de vida, e piora da memória.

Diagnóstico

As pessoas com insónia devem ser avaliadas por um médico, que irá avaliar sua história médica e de seu sono. Estudos do sono podem ser recomendados, mas apenas se houver a suspeita de que o paciente tenha um distúrbio primário do sono, como apnéia obstrutiva do sono ou narcolepsia.

O que fazer para acabar com a insónia?

O tratamento da insónia irá depender do seu tipo e causa. Quando a insónia é secundária a um outro distúrbio, esse deve ser tratado.

Alguns medicamentos podem ser usados no caso de insónia transitória como os benzodiazepínicos, não devendo ser usados por mais de uma semana. Quando a dor aguda for à causa da insónia deve-se utilizar analgésicos para o controle da dor.

Na insónia crónica, os antidepressivos podem ser apropriados em caso de distúrbios psiquiátricos. O uso prolongado de benzodiazepínicos deve ser evitado devido à possível tolerância e dependência.

Alguns cuidados importantes devem ser tomados para se obter um bom sono:

• Manter um ciclo regular de sono/vigília. Levantar cedo da cama pela manhã, mesmo que não tenha tido um bom sono.
• Evitar cochilos durante o dia e no lugar dos cochilos, fazer exercícios.
• Preservar a cama para o sono e sexo. Evitar outras atividades na cama, como ler ou assistir televisão.
• Minimizar o consumo de álcool e evitar a cafeína a tarde e a noite. Não comer alimentos de difícil digestão logo antes de ir para a cama.
• Garanta um ambiente propício para o sono com temperatura agradável, silêncio e escuro.
• Se alguma coisa o preocupa e está te tirando o sono, coloque o problema para descansar escrevendo-o em um papel e ponha-o de lado até de manhã.
• Não fique tentado cair no sono por muito tempo, isso só irá piorar as coisas. Se você não conseguir dormir após 20 a 30 minutos, levante da cama, faça algo relaxante, e volte para a cama quando você sentir sono.
• E por último, evite a automedicação. Procure sempre um médico que irá avaliar o tipo de insónia e indicará o melhor tratamento.

 

 

Isabel Maria Paiva dos Reis

Assistente Técnico

Universidade de Coimbra • Administração

Departamento Académico • Divisão Técnico-Pedagógica

Apoio Técnico-Pedagógico a Estudantes Deficientes

Palácio dos Grilos • Rua da Ilha | 3000-214 COIMBRA • PORTUGAL

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